24/04/2008

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* Yuki caminhava pelo corredor da casa arrastando os pés, tinha o olhar perdido e a boca entre aberta, no rosto o sangue escorria um pouquinho, tinha sido “cicatrizado” pela saliva de Akito. As empregas não tiveram coragem de falar com ele e até mesmo a senhora Yoko o olhou estranho. Ele chegou do lado de fora e parou olhando o céu e a neve que caía. Não conseguia pensar em nada, apenas olhava a neve cair. Voltou a caminhar arrastando os pés na neve, depois de muito tempo conseguiu chegar á casa de Hatori. Estava encharcado até os joelhos por se arrastar na neve, com a boca e as mãos roxas, o sangue nem escorria mais no rosto. Hatori o levou as pressas para dentro de casa e buscou sua maleta médica. *

- Yuki, o que Akito fez com você?

* Ao ouvir aquele nome, Yuki começou a chorar. *

- Yuki, mas o que aconteceu?

* Vendo que o menino não respondia apenas chorava, e o estado que se encontrava levantou-se para ligar pra o Shigure para ajudá-lo com a situação. *

- Yuki, vou preparar um banho quente pra restabelecer a temperatura do seu corpo e ligarei para o Shigure vir te buscar. Por favor enquanto esperar se aqueça no cobertor.

* O menino apenas segurou a calça do médico quando ele se levantou, balançou a cabeça em negativa. *

- Você não quer que eu chame o Shigure?

* O rapaz afirmou com a cabeça. *

- Aki... – a voz do rapaz saí tão fraca entre o choro que mal dava pra ouvir – Akito... você...

* O médico reparou que as mãos dele começaram a tremer quando ele pronunciou o nome do patriarca. *

# Isso parece sério. Não posso imaginar algo que Akito tenha feito que tenha sido pior do que todas as torturas psicológicas que já fez com ele durante sua infância. Eu nunca vi o Yuki nesse estado. #

- O Patriarca quer me ver é isso? – Yuki afirma com a cabeça novamente – Está bem, irei cuidar de você primeiro. Prefere que eu ligue para o Hatsuharu então? – o menino nega novamente com a cabeça, o primo era o último que queria que o visse nesse estado. – Yuki não posso deixá-lo sozinho assim, irei ligar para o seu irmão então.

* Não houve objeção nem afirmação, Yuki apenas soltou a calça do médico e se afundou no cobertor que o envolvia. Hatori ligou para o Ayame apenas dizendo que o Yuki pediu vir vê-lo na sede, e teve a resposta esperada, e a certeza de que em poucos minutos ele estaria ali, assim lhe explicaria a situação. Hatori fez o curativo no rosto dele e o deixou tomando banho na banheira, com a porta aberta pra qualquer emergência. *

by Leandra

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