06/02/2010

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-O que está fazendo aqui? Cadê a Akito?

-Vim com a Saki. Elas foram até o banheiro.

-A Hanajima adivinhou que a Akito estava aqui?

Hatori havia feito aquela pergunta com um tom de riso e que foi respondido da mesma forma pelo gato.

-Não. Ela veio pegar uns remédios para a avó.

-É muito bom ver a Akito se dando bem com as garotas, não é?

-Ela nem parece com o patriarca que eu conhecia.

-Essa é a verdadeira Akito..... E essa é a personalidade do kamisama que a gente conheceu pela primeira vez.

-Há muito tempo venho observando-a. És uma pessoa misteriosa e incrível. Não pude evitar de me encantar por ti. Sou apenas um humilde gato sem dono. Mas, por favor, conceda-me a honra de ficar ao teu lado.

Por alguns segundos o possuído pelo espírito do gato viu a imagem de uma linda mulher com cabelos negros e compridos como os da Hanajima, que lhe estendia a mão enquanto estava ajoelhada a sua frente com um tímido sorriso em seus lábios. Kyo volta a se sentar colocando a sua mão direita na testa, e Hatori percebe que o garoto estava um pouco pálido.

-O que foi Kyo?

-... Nada...

O médico segura em seu pulso para tomar a sua pressão, mas o som de um sapato muito apressado o impedi de se concentrar.

#-Que pessoa mais inconveniente, vir com um sapato tão barulhento a um hospital. #

-Tori-san... Quem bom que ainda está aqui.

O barulho dos sapatos para exatamente ao lado do médico. Era o Ayame que chegava todo afobado e suado.

-Tinha que ser você.

-O Guretti está te ligando desesperadamente. Por que não atendeu?

O médico tira o celular do bolso do paletó e mostra ao possuído.

-Estou num hospital, eu o desliguei.

-Graças aos céus que te achei aqui. Por pouco não acontece uma desgraça.

-Me lembro muito bem, onde vocês dois me mentiam quando viam com esse papo de que uma desgraça ia acontecer.

Ayame coloca a sua mão no ombro do médico e lhe fala com um tom bem sério em sua voz.

-É sério Tori-san. O Pai do Kyo está espionando a casa do Shigure.

-OQUE?

Ao escutar aquilo o gato se levanta rapidamente da cadeira.

-Por sorte o Guretti teve que sair de casa e ao voltar o reconheceu dentro de um dos nossos carros que está parado diante da ladeira que leva até a casa.

-Mas o que o meu pai está fazendo lá? Será que ele veio me buscar?

Hatori coloca a mão no ombro do garoto e percebe o quanto que ele estava tremendo.

-Fique calmo Kyo. O Higuchi-san não está ali por sua causa.

-Exatamente. O Guretti está desesperado lá. Estávamos com medo de você chegar com a Akito e o Higuchi-san a ver.

-Mas porque o meu pai está preocupado com a Akito?

-Não é bem o seu pai, mas sim a tia dele, a Yoko-san.

-Que?? Aquela velha da mansão é tia do meu pai?

-O Kyon-kitty não sabia disso? A Yoko-san é sua tia-avó.

-Já falei pra não me chamar assim, seu traveco. Eu não sei de nada relacionado ao meu pai biológico.

-A velha Yoko está desconfiada que a Akito esteja na casa do Shigure.

-Mas como foi que ela relacionou as coisas, Tori-san?

-Essa é uma boa pergunta Aaya, mas aquela mulher não é nada boba. A Yoko-san deve estar desesperada para que Akito retorne. O Kazuma-san levou a Ren-san para morar na mansão.

-A Ren? Mas porque o professor fez isso.

-Parece que a Ren sabe de mais um segredo dos Sohmas.

-Outro segredo? Cruzes, nunca vi um clã que tenha tantos segredos como o nosso. E cadê a nossa linda patriarca?

-Está no banheiro com a Saki.

Ayame sente que o seu celular havia começado a vibrar dentro da pequena bolsa de mão que estava carregando e com uma enorme agilidade e delicadeza ele o atende.

-Guretti, já encontrei o Tori-san.

-Graças aos céus. Deixe-me falar com o Haa-san.


Ayame passa o aparelho para o médico.

by DonaKyon