11/10/2008

430


Ren olha a garota loira de cima até embaixo e depois fala com um tom de desprezo.

-Ah, é você a tal da garota órfã que mora de favor?

-EIH! DOBRE A SUA LÍNGUA SUA BRUXA! A TOHRU NÃO É NENHUMA “TAL” NÃO!

-Arisa, por favor, volte para o quarto.

Hatori segura na mão da garota e ia começar a leva-la para fora do quarto, mas as risadas da Ren faz com que eles parem e lhe olhem.

-AHAHAHAHHAHAHAH...... ARISA?? SEGURANDO NA MÃO DA GAROTA? AHAHAHAHHAHAHAH..... NÃO SABIA QUE TINHA ESSE TIPO DE FETICHE, HATORI-KUN..... AHAHAHHAHAHA.... SE SOUBESSE DISSO ANTES TERIA ARRUMADO UMA OUTRA GAROTA PARA O MEU PLANO..... AHAHAHAHHA... FOI POR ISSO QUE NÃO DEU CERTO! A IDIOTA DA KANA ERA MUITO VELHA PARA VOCÊS.... AHAHAHHAHAHAHA

A imagem da mulher rindo em desespero era algo um pouco assustador, mas a Arisa queria entender o que aquela mulher estava dizendo.

-Hatori, de que plano ela está falando?

-Ela está sofrendo um forte desequilibro emocional. É melhor você ir agora.

-QUER MESMO SABER DE QUAL PLANO ESTOU FALANDO, FEDELHA? PELO VISTO O HATORI-KUN NÃO QUER QUE A MENININHA SAIBA DA EX-NAMORADA DELE. VEM CÁ QUE EU VOU TE CONTAR TUDO. VÊM.

Ren estendia a mão para a Arisa, mas o médico caminha até a mulher e lhe segura nos ombros.

-Ren, é melhor você se deitar.

-QUER SABER QUAL ERA O MEU PLANO? EU SEMPRE SOUBE O QUE TINHA QUE SER FEITO PARA ACABAR COM A MALDIÇÃO. SEMPRE! SEMPRE! O MEU AMADO AKIRA ME CONTOU! MAS ESSES CRETINOS NÃO FORAM CAPAZES DE AMAR AQUELA IDIOTA MAIS DO QUE ELES AMAVAM O KAMISAMA DELES. AQUELA ABERRAÇÃO DO AKITO-SAN. EU USEI A KANA! FUI EU QUEM FEZ A KANA COMEÇAR A TE USAR PARA PROVOCAR O SHIGURE. FUI EU!

Hatori ao escutar aquilo solta a mulher e dá um passo para trás. Arisa se mantém firme na frente da mulher, escutando, mas querendo não acreditar naquilo que ouvia.

-FUI EU QUEM COLOCOU NA CABEÇA DAQUELA FRACA QUE ELA PODERIA TER UM AMOR COMO EU TIVE. EU LHE FALAVA QUE UM DOS SOHMAS DE DENTRO PODERIA SER O AKIRA DA VIDA DELA. E QUIS A HIRONIA DO DESTINO QUE ELA CONHECESSE O SHIGURE. A IDIOTA REALMENTE SE APAIXONOU POR ELE. ACREDITAM QUE ELA AMA O SHIGURE ATÉ HOJE...... AHAHAHAHAHHAHAHAHA....... EU ME DIVERTIA TANTO COM AS HISTÓRIAS DELA.... CADA COISA QUE O SHIGURE LHE FAZIA ELA VINHA CORRENDO ME CONTAR.... AHAHAHAHAHAHAH..... MAS AQUELE COVARDE NÃO PARECIA QUE ESTAVA DISPOSTO A ENFRENTAR O SENHOR PATRIARCA, E FOI AÍ QUE EU PERCEBI QUE DEVERIA TE USAR HATORI-KUN! QUANDO A KANA ME CONTOU QUE IA DEIXAR DE TRABALHAR COM VOCÊ PORQUE HAVIA PERCEBIDO QUE VOCÊ ESTAVA GOSTANDO DELA. EU PERCEBI QUE PODIA TE USAR PARA PROVOCAR O CÍUMES NO SHIGURE E ASSIM OBRIGANDO O IDIOTA A TOMAR UMA ATITUDE.

-Então foi você? Foi você que colocou aquelas coisas na cabeça dela?

O médico não tinha coragem de olhar para ninguém, olhava apenas para o chão.

-FUI EU SIM! EUZINHA! MAS O SHIGURE NEM SE IMPORTOU QUANDO ELA LHE DISSE QUE IA SE CASAR COM VOCÊ. AHAHAHAHAHAHHA..... TINHA QUE VER A TRISTEZA DELA.... AHAHAHAHHAHAHAH...... MAS DEPOIS EU A FIZ VER QUE ELA ESTAVA FAZENDO UM BOM CASAMENTO, QUE ELA IA SE CASAR COM UM SOHMA BEM RICO..... UM MONSTRO, MAS RICO!

Arisa ainda não estava sabendo que o médico havia apagado as memórias da Kana, olhava com muita pena dele e lhe segura na mão, apertando com firmeza, entretanto o médico não a olha.

-AHAHAHAHAHHAHA.... E QUANDO ELA DESCOBRIU A SUA MALDIÇÃO? AHAHAHAHAHAHAH ELA COMEÇOU A SENTIR NOJO DE VOCÊS PORQUE EU FIZ ELA FICAR COM NOJO.... MAS MESMO ASSIM AQUELA CRETINA ACEITOU FICAR COM VOCÊ SÓ PARA SE VINGAR DO SHIGURE, QUERIA ESFREGAR NA CARA DELE O QUE TINHA RECUSADO. E FOI POR ISSO, SÓ POR ISSO QUE ELA ACEITOU SE CASAR COM VOCÊ. MAS VOCÊ TAMBÉM É UM MONSTRO COVARDE! QUANDO AKITO TE NEGOU A PERMISÃO, NÃO QUIS LUTAR POR ELA. E AINDA APAGOU AS MEMORIAS DELA. VOCÊS FIZERAM O MEU PLANO DAR ERRADO.

by Dona Kyon

429


Yuki nota o olhar triste no olhar de Akito e a abraça.

-Agora todos nos estamos livres, principalmente a Akito-san.

O coração de Akito dispara não apenas pelo fato do Yuki a ter defendido, mas principalmente por ele ter se referido a ela como mulher. Hatori apenas os observa, gostaria de conversar com Akito-san para saber quais eram os seus planos com relação aos possuídos, mas acha melhor conversar com ela no outro dia.

-Bem, o curativo está feito. Está sentindo alguma dor?

-Nada de muito forte, apenas com um pouco de dor devido a queda.

-Tente descansar por essa noite. Se precisar mande me chamar.

Hatori se levanta da cama e a Akito se aproxima dele e lhe fala baixinho.

-Vá ver aquela louca. E se possível lhe dope, não quero ouvir mais nenhum escândalo daquela mulher.

O médico afirma que sim e sai do quarto, mas antes de ver a mulher, ele caminha para o quarto onde estava a Arisa, precisava abraça-la mais uma vez e lhe contar que a maldição de fato tinha chegado ao seu final.

Assim que abre a porta do quarto a garota que estava olhando pela janela no lado oposto sai correndo pisando em cima dos futons e se joga nos braços do médico e cruzando as suas pernas ao redor de seu corpo.

-Eih, isso poderia ser perigoso! E se eu me transforma-se?

-O meu sexto sentido falou que isso não ia acontecer.

Hatori a abraça pensando em várias coisas que gostaria de lhe falar, principalmente pela alegria que sentia de ter uma garota como ela pendurada em seu corpo, mas apenas lhe dá um sorriso e a coloca no chão.

-Akito-san acabou com a maldição.

-QUE?? Akito-san não é o patriarca e o kamisama de vocês?

-É sim.

-Caraca.... Mas como foi? Deu na veneta dele e ele acabou?

-Não foi bem assim, mas agora não poderei te contar os detalhes. Tenho que ver uma outra paciente.

-Então vou tomar um banho ao ar livre, quero te esperar bem cheirosa.

Arisa lhe beija suavemente, mas depois lhe mordisca no lábio inferior e sai pulando pelo quarto. Hatori sente vontade de ir atrás dela, queria lhe dar algumas palmadas de brincadeira por ela ter lhe mordido, mas o dever profissional fala mais alto e ele vai ver a Ren.

Ao entrar no quarto, a cena que encontra era de algo muito próximo aos rastros deixado pela passagem de um grande furacão. Ren estava deita de barriga para baixo e a cara enfiada no futon.

-Ren, vim lhe examinar.

A mulher vira a cara para olhar no rosto do médico, e Hatori pode sentir um olhar cheio de raiva e ódio para ele. O médico engole a seco e se aproxima da mulher.

-Seu covarde! Você sempre foi um grande covarde!

O rapaz finge que não tinha escutado aquele insulto e abre a maleta.

-Nem eu dando uma mulher de bandeja para você e aquele idiota do Shigure. COVARDES! VOCÊS SEMPRE FORAM UM COVARDES! VOCÊ E O SHIGURE SÃO DOIS COVARDES!

Arisa estava passando diante da porta do quarto e pára ao escutar aqueles gritos e o nome do escritor. Ela olha pela fresta da porta e vê o namorado e uma mulher.

#Será que é essa a tal paciente do Hatori?#

-Calma Ren. Eu preciso lhe examinar.

-ERA PARA O SHIGURE TER ACABADO COM A MALDIÇÃO. FOI POR ISSO QUE EU PLANEJEI TUDO. EU QUE COLOQUEI NA CABEÇA DAQUELA CRETINA QUE ELA PODERIA SE CASAR COM UM DOS SOHMAS DE DENTRO DA SEDE.

Ren se levanta e começa a rir bem alto pelo quarto enquanto balançava a cabeça.

-AHAHAHAHAHHAHAHAH.... Ela acha tão linda a minha história de amor com o Akira. AHAHAHAHAHHAHA..... Imagina que ela queria ter um amor como o que vivi com o Akira? AHAHAHAHAHHAHAHAHA..... NUNCA! NUNCA QUE MONSTROS COMO VOCÊS AMARIAM COMO O MEU AKIRA.

-EIH DONA! ELES NÃO SÃO NENHUM MONSTRO NÃO.

-Arisa?!

A garota ao escutar aquele insulto não consegue ficar apenas escutar e invade o quarto ficando ao lado do Hatori. Ren imediatamente reconhece a jovem que tinha visto na casa o Shigure no começo daquela semana.

by Kyon

10/10/2008

428


Hatori nem acompanha a Arisa até o quarto, indo direto para o quarto onde estava hospedado o patriarca e bate na porta antes de entrar.

-Sou eu, Akito-san.

-Entra

Akito estava deitada ao lado do Yuki que agora estava dormindo e o médico senta-se na cama ao lado do garoto, já examinando o ferimento.

-O Yuki desmaio na terma e bateu a cabeça no chão.

-Não se preocupe pelo visto não foi nada grave. Foi apenas um corte, mas será melhor leva-lo até um hospital para fazermos maiores exames.

-Eu estou bem...

Yuki respondia com uma voz um pouco sonolenta e procurando pela mão de Akito, a segurando e entrelaçando os dedos. Hatori sente um grande alivio ao ver aquela cena.

-Mas o Hatori tem razão. Devemos voltar para a cidade amanhã bem cedo.

-Eu não quero. Quero passar o final de semana aqui com você.

-Por hora é melhor fazer um curativo nesse ferimento, pelo que vi não será necessário levar pontos.

O médico começa a realizar os procedimentos médicos enquanto que Akito e Yuki, sentados na cama, conversavam baixinho sobre se deveriam ou não voltar para a cidade.

#Será que Akito-san não percebeu o que aconteceu?#

O rapaz não sabe como abordar aquele assunto, e começa a fazer o curativo em silêncio. Akito apenas o observava, tão pouco sabia o que iria falar, agora não era mais o Kamisama deles, mas durante toda a sua vida ela sempre tinha conversado com eles dessa maneira. Nem mesmo com o Hiro e a Kisa, que estavam ali no quarto do lado ela tinha ido falar o que tinha acontecido, mas sabia que deveria falar.

Como aquele silêncio estava ficando insuportavelmente pesado, o médico resolve verificar as razões do ferimento do garoto.

-Hum... Por que você desmaiou Yuki-kun?

-Err.... Eu posso falar Akito-san?

-O Hatori, o Shigure, o seu irmão e o Kureno sempre souberam da verdade.

-QUE??? O MEU IRMÃO SABIA E NÃO ME FALOU NADA? EU VOU MATA-LÓ!

-Calma Yuki. Não se movimente tão rápido assim.

-Ele sabia que eu estava me martirizando por imaginar que fosse gay e mesmo assim não me contou que era uma mulher.

#Hunf, aquele lá mesmo se pudesse falar, duvido que contaria a verdade ao irmão. O Ayame deve ter se divertido muito com a situação.#

Hatori sentia um pouco de pena do garoto.

-Foi por isso que desmaiou então?

-Foi sim Hatori. Ele entrou justamente na hora que eu estava saindo da piscina.

-Bom, pelo menos agora não esconde nenhum segredo dele.

Akito se lembra do segredo que a mãe havia guardado por todos aqueles anos e baixa a cabeça falando com um tom de voz um pouco triste, mas tranqüilo.

-Hatori, a Ren está aqui. Ela estava escondida aqui nas termas.

-O que?

-Ela está trancando em um dos quartos. Assim que voltarmos para a sede, eu gostaria que providenciasse a internação dela em um lugar apropriado.

-Mas você sempre foi contra isso. Por mais que eu recomenda-se.

-Eu a mantinha na sede em consideração ao meu pai. Sabia que ele a tinha amado muito e imaginava que seria um desejo dele de que ela ficasse na sede, mas o que ela fez não merece essa consideração. Ela traiu a confiança que o meu pai tinha nela. Ela não me contou..... Não me contou o maior segredo do clã dos Sohmas, o segredo de como acabar com a maldição dos possuídos....

Hatori a olhava apenas, apesar de saber que não era mais um amaldiçoado era difícil acreditar naquelas palavras.

-Eu acabei com a maldição de vocês..... Ao declarar o meu amor ao Yuki acabei com a maldição.

-Então foi por isso?! Quer dizer que todos os possuídos não são mais possuídos?

-Sim.

Hatori sentia um grande alivio em seu coração, todos poderiam levar uma vida normal a partir de agora, e ele não seria mais obrigado a apagar a memória de ninguém por saber da maldição.

-Quer dizer que estamos livres?

Akito escutou aquela frase com um pouco de dor em seu coração, sabia que o enlace era algo muito doloroso para todos eles, mas que havia deixado um dano muito mais forte e para sempre em Hatori.

by Kyo

09/10/2008

427


Kyo descia correndo do Táxi.

-Eih Kyo, a gente tem que pagar o táxi.

-Paga aí, Kagura.

Ele entrava correndo em casa e a garota efetuava o pagamento e depois corre para dentro da casa também.

-Tá vendo! Eles não estão também no escritório.

Kyo lhe falava em quanto a garota tirava os sapatos.

-Calma Kyo.

-Que calma que nada. Cadê aquele cão sardento?

Ele olha para as escadas e sobe direto para o quarto da Tohru.

-Aff... Pra que fazer tudo isso?

A garota vai atrás dele, mas subindo sem correr e quando chega ao final da escada, o vê parado na porta olhando de boca aberta para dentro do quarto, quando chega ao lado dele, Kagura descobre o por que daquela reação, o quimono do Shigure estava no chão e nenhum dos dois estavam no quarto.

-SHI-GU-REEEEEE...

Ele vai direto no quarto do primo e abre a porta e não encontra ninguém.

#Sem duvida alguma, a maldição do Gure-nii terminou também.#

-SHI-GU-REEE....

Ele olha para a porta do banheiro e a abre. Kagura percebe pela reação dele que os dois estavam lá. A cara do garoto era a mesma de um pai que pega a filha pela primeira vez com o namorado.

-AHHHH SEU CÃO SARNENTO!!!

-KYO...

Kagura vai atrás do namorado que tinha entrado no banheiro, segurando-o antes que ele chegasse perto do Shigure. Os dois estavam tomando um belo banho no ôfuro, a Tohru estava escondida atrás das costas do Shigure com o rosto vermelho de vergonha.

-O QUE VOCÊ FEZ COM ELA SEU PERVERTIDO??

-Ixi, o meu sogrinho me pegou. Agora não tem jeito, serei obrigado a reparar o meu erro. Terei que me casar com a Tohru-chan.

-PÁRA DE BRINCADEIRAS SHIGURE.

-AHHAHAHAHAHAH... O Gure-nii tem razão o Kyo está parecendo que é o pai da Tohru.. AHAHAHAHAHAHAH.

-Pode ficar tranqüilo sogrão. Nós não tínhamos feito nada. Viemos primeiramente tomar um banho juntos. O qual gostaria muito de terminar, poderia se retirar?

-QUE TERMINAR QUE NADA! TRATE DE SAIR DESSE ÔFURO!!

-Tá Ta... Vamos esperar que eles saem do furo lá fora.

A garota o arrasta para fora do banheiro e o garoto fica andando de um lado para o outro pelo o corredor.

-Tá vendo?! Ainda bem que viemos para cá e não fomos para a sede. Vai saber o que esse cão safado iria fazer com ela.

Logo Shigure e Tohru saem do banheiro vestidos com quimonos, a garota ainda estava muito envergonhada pelo fato do Kyo a ter pegado naquela situação e mantinha-se atrás do Shigure, esse por sua vez agia como se nada tivesse acontecido.

-Humm... pelo visto a maldição de vocês também terminaram.

-Sim, Gure-nii. Será que isso aconteceu com todos? A gente estava pensando em ir até a sede....

-MAS AINDA BEM QUE NÃO FOMOS!!

-Ainda bem mesmo, por que não ia adiantar nada. O patriarca não está na sede.

-Onde Akito-san está?

Kagura perguntava enquanto voltava a abraçar o garoto para que ele parasse de gritar.

-Foi para as termas. O Yuki e as crianças também estão lá.

-Sim... mas o Yuki-kun se machucou e o Hatori já está indo para lá?

-O que aconteceu com a ratazana?

-Não sabemos ao certo, mas parece que se feriu ao cair. Daqui a pouco teremos noticias, pedi para o Haa-san ligar.

-Gure-nii, sabe o que aconteceu?

-Eu não sei Kagura-chan. O melhor é a gente esperar o Haa-san ligar, talvez Akito-san saiba o que aconteceu.

-Err, eu vou me trocar...

A garota começa a caminhar e a Kagura vai atrás dela.

-Não era melhor a gente ligar para o traveco ou para algum outro dos possuídos?

-Não sou estraga prazeres como você!

-EHII!!

-Eu também vou me trocar.

Shigure ao passar ao lado do garoto coloca a mão em seu ombro e fala:

-Não se preocupe, eu vou me casar com a Tohru, mesmo sem ter acontecido nada.

-Hunf, disso eu nunca duvidei. Está mais do que na cara que vocês se casariam.

O escritor lhe sorri e entra no quarto. Kyo olha em direção da porta do Yuki e se preocupa com o primo.

by Kyo

08/10/2008

426


-Au au quer carinho...

Tohru começa a coçar atrás de sua orelha e ele se encosta ao seu corpo, podendo assim sentir o volume de seus seios, sem ficar constrangido, principalmente quando começa a sentir que os seios da garota estavam reagindo ao contato dele.

#Até que ser um possuído tem as suas vantagens. Mas se um dos garotos me vissem assim com ela, certamente me mandariam para ser castrado.#

Ao se lembrar dos garotos ele volta a se lembrar de Yuki e Akito e olha para o relógio.

Daqui a mais ou menos uma hora e meia o Haa-san já estará nas termas, espero que esteja tudo bem com o Yuki.

-Shigure.... acha que o senhor patriarca deixará que a gente fique juntos? Acha que ele permitirá que a Uo-chan namore o Hatori também?

-Isso não importa. Tanto o Haa-san com eu já decidimos que lutaremos para ficar com vocês.

-Eu ficarei muito mais feliz se vocês não precisarem brigar com o senhor patriarca.

Esse também era o seu desejo, mas sabia que talvez não tivesse uma outra maneira. Akito Sohma não era apenas o patriarca do clã, mas também o kamisama dos possuídos e esse fato aumentava ainda mais o seu sentimento de tristeza por lutar contra Akito.

Tohru deixa que o seu corpo caia na cama e sem soltar o cachorro, se deitando na cama e o Shigure agora fica deitado sob os seus seios.

-Nhaa... É tão bom ficar abraçada assim com você.

#Ainda bem que estou assim. Certamente não agüentaria ficar assim, sem sentir os seus seios com a minha boca.#

-Vamos aproveitar então que o Kyo também não está em casa. Que tal a gente brincar que eu sou seu cachorrinho de estimação?

Shigure começa a se esfregar nos seios da Tohru enquanto lhe lambia a cara. A garota dava risadas, sem perceber o quanto que o possuído estava gostado de ficar daquela forma com ela.

tlintlim

Shigure sente que seu corpo estava formigando todo e também um forte aperto no coração.

Bounf

O rapaz havia voltado a sua forma humana mesmo sendo abraçado pela garota. Está nu em cima da Tohru que lhe olhava sem entender nada. Os dois não conseguiam falar, tinham medo de que uma única palavra fizesse com que aquele momento deixasse de existir, apenas olhavam um nos olhos do outro.

Tohru sentia todo o peso do Shigure sob o seu corpo, e o bater acelerado de seu coração em cima de seu seio. Aos poucos a respiração dos dois foi ficando mais acelerada. Mesmo com medo, Shigure leva a sua mão direita até o rosto da garota e lhe acaricia.

-Isso não é um sonho. Eu posso sentir o toque de sua pele.

Shigure passa delicadamente as pontas dos dedos sob os lábios da garota e lhe beija. Tohru o beijava entre lágrimas e o abraça ainda mais. Finalmente podia abraça-lo por mais de alguns segundos. Shigure sentia que o seu corpo estava ficando todo arrepiado, estava nu, a beijando e sentindo o calor de seus braços em volta de seu corpo, podia sentir os bicos dos seios dela em seu peito, e via como aquela sensação era muito melhor do que havia sentindo a minutos atrás.

Aquela era a primeira vez em sua vida que podia sentir o corpo de uma mulher tão próximo ao dele, e não era o corpo de qualquer mulher, era o corpo da mulher que ele amava. O Rapaz começa a passar delicadamente os seus dedos pela pele da garota indo do rosto até o seio dela, e o segura. Tohru ao sentir aquele toque solta um pequeno gemido e o escritor percebe o que tinha acabado de fazer e tira a mão, sentando-se rapidamente na cama, e jogando o lençol sob a parte de baixo de seu corpo.

-O que está acontecendo?

Tohru não conseguia controlar as reações que o seu corpo estava sentindo. Estava muito feliz, extremante feliz pelo fato de poder abraçar o namorado, mesmo sem entender o que estava acontecendo e nem o porque que aquilo tinha acontecido.

Ela se senta na cama e o abraça pelas costas. Ao sentir o roçar dos seios dela em suas costas, Shigure sente o seu corpo se arrepiar todo, e segura um gemido antes que saísse pela sua boca.

-Tohru, acho que a minha maldição acabou...

Shigure ainda sentindo o corpo dela em suas costas começa a chorar. O final da maldição estava abrindo um novo futuro para ele, e começa a sentir as quentes lágrimas da Tohru em suas costas e não consegue se segurar, a coloca sentada em seu colo voltando a lhe beijar cheio de desejo e enquanto os dois choravam. Tohru passa os seus braços em volta do pescoço do namorado e respondia aquele beijo com o mesmo desejo. Quando a necessidade de respirar se faz obrigatória eles se separam, mas mantendo os rostos muitos próximos sem tirar o olhar do outro.

trimm trimmm

O telefone começa a tocar na sala, mas os dois fingem que não estavam escutando enquanto se beijavam novamente. Suas almas estavam tão leves que sentiam que a qualquer momento poderiam sair voando pelo quarto. Quando novamente são obrigados a respirar, Shigure a abraça e fala em seu ouvido.

-A Tohru-chan realizaria um sonho meu?

Ela somente afirma com a cabeça.

-Gostaria de tomar um banho com você. Esse sempre foi o meu sonho, ficar num ôfuro com alguém e poder ter as minhas costas esfregadas por ela. Adoraria realizar esse sonho com você.

A garota lhe olha com um sorriso e um pouco envergonhada, mas feliz por poder realizar aquele sonho dele agora. Ela se levanta e segurando em sua mão o leva até o banheiro.

by kyo

07/10/2008

425


O corpo de Tohru estava respondendo de uma maneira que ela jamais havia sentido antes, mas que agora ela sabia exatamente o que era, graças a uma conversa que tinha tido com a Arisa e a Saki durante a semana, sabia que aquilo era o que a Uo-chan tinha chamado de tesão. O corpo do próprio Shigure já estava começando a apresentar sinais do mesmo desejo e ele deixa de beija-la rapidamente.

Eles ficam por alguns segundos se olhando enquanto respiravam ofegantes.

-É melhor eu voltar para o meu capítulo.

Ele se vira mais não consegue dar o terceiro passo, a garota o segura pelo quimono, e ele olha para trás, Tohru estava com a cabeça baixa, mas falava com um tom muito sensual em sua voz.

-Fique!

-Err... Tohru-chan...

-Por favor, fique!

Shigure sabia exatamente o que significava aquele fique e o seu coração começa a bater novamente tão rápido como estava a poucos minutos atrás. Era evidente que ele também estava desejando o mesmo que ela. Queria poder ama-la, senti-la viva, ver como ela reagiria a cada toque, carícia e beijo dado em seu corpo.

O possuído se aproxima da garota, pega o porta-retrato de sua mão e apóia a cabeça dela em seu peito, e dá um pequeno sorriso ao se lembrar de uma frase que acabará de ler em uma obra de Goethe.

# “Desde que ela me ama, pergunto a mim mesmo até que ponto me tornei mais respeitável.” .... Agora entendo perfeitamente aquela frase.#

Sabia que não poderia ceder aos desejos de seus corpos, não apenas pelo fato de ter prometido para os dois garotos, mas principalmente por que queria ter a certeza de que Akito não apagaria as memórias da Tohru. A amava acima de tudo e queria que a primeira vez deles fosse uma coisa mágica e única, que os dois lembrariam para os restos de suas vidas. Imaginar que a garota pudesse esquecer daquele momento tão especial para os dois, machucava o coração dele.

A garota mantém a cabeça encosta ao peito do possuído.

-A Uo-chan me explicou o que tenho que fazer para que não se transforme.

-Eih?! Que tipo de conversas vocês andam tendo?? Estou começando a ficar com dó do pobre do Haa-san. Aquela garota deve ser de botar medo.

Ele se afasta um pouco e a olha em seus olhos.

-Eu te amo muito e é por isso motivo que não posso fazer isso. Nunca irei te machucar.

Ele a beija suavemente na testa e coloca o porta-retrato sob a cama.

-Mas...

O escritor olha para a namorada e vê que essa está ainda mais vermelha do que antes e se mantinha com a cabeça baixa, e se aproxima novamente dela.

-Tohru-chan, você quer tanto assim fazer amor comigo?

Shigure não acredita ao ver que a garota estava roxa agora, ele procura novamente os seus lábios para beija-la uma vez mais. Tohru segurava em seu quimono com muita força. Ela desejava muito ele, sabia que era o homem com quem se casaria e confiava no amor dele por ela, por essa razão achava que não precisariam esperar. Enquanto a beijava Shigure pensava em alguma desculpa, não queria que a garota imaginasse que ele não a desejava, o que não era a verdade. A deseja, e muito. Sentia que a cada dia ficava mais difícil manter a sua promessa de castidade.

#Ainda bem que sou um amaldiçoado.#

O rapaz a abraça propositalmente e se transforma em um cachorro.

bounff

Tohru o olha como se um enorme pingo estivesse em sua cabeça e o cachorro começa a se enroscar em suas pernas.

-Desculpe-me Tohru-chan. É que não resisti a vontade de te abraçar, mesmo sendo por poucos segundos eu precisava te abraçar.

Olhar para o namorado naquela forma, com ele andando entre as pernas dela e abanando o rabinho a fez com começasse a rir.

-Ahahahaha....

-Aposto que pensou que ganhou um animal de estimação também.

-AHAHAHHAAHAHAH

Era exatamente aquilo que ela tinha pensado e por isso ria ainda mais agora e se senta na cama para ficar rindo, o possuído também sobe e se estica todo em suas pernas.

by Kyo

06/10/2008

424


Assim que Hatori e Arisa saíram da casa indo para as termas, a ansiedade de Tohru aumentou. Estava muito preocupada com o Yuki, não sabia o que havia acontecido, a única informação que tinha sido passada para o médico é que o garoto tinha caído e estava ferido.

Shigure estava ainda mais ansioso do que ela, não queria imaginar que aquele ferimento tivesse sido feito pelo próprio Kamisama, mas sabia que aquela possibilidade era grande. Imaginava que o garoto tivesse rejeitado Akito por ela ser mulher e tendo mais um ataque de fúria, ela tivesse o ferido. Se aquilo fosse a verdade não restaria outra alternativa para ele, teria que enfrentar o patriarca, e se mesmo assim, Akito insistisse em apagar as memórias da Tohru, ele iria fugir com ela, para bem longe dos Sohmas.

A garota andava de um lado para o outro da sala, e saber que não tinha condições de acalma-la, uma vez que ele próprio estava ainda mais nervoso, o deixava ainda mais angustiado. Inventou que tinha que terminar um capítulo do novo livro e se trancou na biblioteca. Tohru não agüentando mais ficar sozinha naquela sala, sobe para o quarto.

Ao chegar em seu quarto, a garota fica olhando para os espaços vazios que haviam surgido naquela tarde. Todas as coisas da Kisa já tinham sido levadas para a sede. Sentia uma pequena tristeza em seu coração, já estava muito acostumada com a presença da menina naquela casa. Ela olha para a foto da mãe e pega o porta-retrato em suas mãos.

#Pelo menos a Kisa-chan eu poderei ver quando quiser.#

A garota abraça aquele porta-retrato como se estivesse abraçando a própria mãe. Ela sabia que não deveria chorar mais pela sua ausência, mas a saudade doía muito e ela tinha certeza de que aquela dor jamais deixaria o seu coração. Ela respira profundamente e coloca a fotografia no criado-mudo.

-Mas agora tenho uma nova família.

Ela pega o porta-retrato que guardava ao lado da fotografia da mãe. Era uma foto dela com o Shigure, o Kyo, o Yuki e a Kisa tirada ainda no inverno durante uma tarde de chuva, todos estavam sentados a mesa e o Shigure havia programado a máquina para o automático.

#Devo ser sempre grata por ter conhecido a família Sohma. Nenhum deles imagina como me ajudaram. Eles conseguiram curar um ferimento que eu imaginei que fosse me matar um dia.#

A garota passa o dedo sob a imagem de Shigure e dá um lindo sorriso.

#Não se preocupe, mamãe, eu tenho uma pessoa que sempre estará comigo.#

Ela leva a imagem até os lábios e a beija suavemente. Shigure que havia subido até o seu quarto atrás de um livro e que não havia resistido a tentação de espia-la, a vê beijando a foto.

-Aham.... Pra que beijar um pedaço de papel já que tem o original aqui do seu lado?

-Glump.... Eu... eu... eu...

A garota estava vermelha de vergonha e tal cena só a deixava ainda mais bonita. O possuído sorri e entra no quarto se aproximando dela.

-Vai me dizer que prefere beijar a fotografia?

Ainda segurando o porta-retrato em suas mãos ela balança a cabeça falando que não. O escritor segura em seu queixo e beija suavemente os seus lábios.

-Viu? Assim é bem melhor.

-É sim.

Ela fecha os olhos novamente e inclina um pouco mais a cabeça esperando por um outro beijo, Shigure não consegue ver aquela imagem sem abrir um sorriso que estava muito próximo de uma risada, a imagem de uma jovem colegial ansiosa por mais um beijo do namorado chegava a ser engraçada para ele, isso porque em seus livros sempre havia uma cena daquele tipo e ele mesmo nunca tinha imaginado que viveria um momento daquele.

Ele a beija dessa vez como um homem na idade dele sabia beijar. E fazia aquilo com o objetivo de despertar na garota desejos que ela estava começando sentir aos poucos ao lado dele. Tohru sentia que suas pernas estavam ficam tremulas, e queria que aquele beijo nunca chegasse ao seu final.

by Kyo

05/10/2008

423


tlintlim

Faltava pouco centímetro para que o bumbum da Mine tocasse o degrau da escada quando o possuído consegue alcança-los e a segura nos braços. O coração de Ayame parece que está a ponto de explodir. Respirava com dificuldade e devagar. Sentia que uma gota de suor estava escorrendo de seu rosto. Olhava para aquele homem magro e baixo que estava parado na sua frente e com as mãos apoiadas nos joelhos.

-Trie bien... trie bien...

Ayame olhava ainda muito atordoado para frente, e começa a sentir aquela sensação que aquele homem estava sentindo até a poucos segundos atrás, sentia o peso da Mine em seus braços.

-Ainda bem que o Monsieur Sohma-san conseguiu chegar a tempo.

O rapaz olha para a Mine que ainda estava desmaiada em seus braços, mas pouco consegue enxergar, logo sua vista estava embaçada por causa das lágrimas.

-OHHHH..... Não precisa chorar, Monsieur Sohma! Ela está bem em seus braços. O amigo está realmente muito apaixonado pela mademoiselle Mine-san. AHH.... Como é lindo l´amor...

Ayame apóia sua cabeça no peito da garota e a abraça com força. Não entendia o que havia acontecido, mas estava com ela em seus braços e não tinha se transformado. Ele sente o toque da mão do chef de cozinha em seu ombro e tem a certeza de que não estava sonhando.

-Agora será mais fácil levar a mademoiselle para cima. Tenha cuidado com as suas unhas.

O rapaz não conseguia falar nada, apenas chorava e começa a subir os degraus com ela em seus braços. Mine ainda estava desacordada no momento em que o Ayame a colocou no sofá.

-Mil desculpas, Pierre-san. Mas agora terei que cuidar da Mine-san.

Ayame falava enquanto conduzia o homem em direção da escada.

-Ahn? Ah... Claro...

-Assim que ficar pronto a minha maravilhosa criação te ligaremos.

Ayame falava enquanto o homem descia as escadas, e assim que volta a ficar sozinho com a Mine, corre para a abraçar ainda mais.

Mine abre os olhos e sente um peso em cima do seu corpo.

-AIIIII, SOCORRO AYAME!!! SOCORRO!!!

Ela se debatia e batia na pessoa que estava em cima dela mantendo os seus olhos fechados, e gritava com toda a força.

-Calma Mine.. Calma!!

-SOCORRO CHEFINHO.... SOCORRO....

-Mine, sou eu... Fique calma.

Ayame a segura pelos ombros e faz com que a garota olhe para ele.

-Sou eu Mine, sou eu.

Ele volta a abraçar e a garota fica com os braços estendidos ao lado do corpo, com a boca aberta e o coração que batia ainda mais forte do que antes.

-Che-fi-nho..... Você..... Você...

-Eu estou te abraçando Mine-san. Finalmente eu posso te abraçar.

Mine começa a chorar e abraça o namorado.

-Agora sim, sou realmente o homem que pode dizer que te fará muito feliz.

-Eu estou em seus braços.... Estou te abraçando Chefinho....

-Não haveria um melhor momento para ter acontecido isso. Eu não sei o que está acontecendo, mas finalmente pude te ter em meus braços. E quando você mais precisou de mim. Eu consegui te ajudar, Mine...

Ele se lembra de que ela tinha desmaiado e se afasta um pouco para lhe olhar.

-Está se sentindo bem? O que aconteceu? Porque desmaiou?

-Err... Eu fiquei emocionada... -A garota responde super envergonhada- Nunca imaginei que o Aya-san fosse querer casar comigo.

Ayame passa a mão delicadamente em seu rosto e aproxima os seus lábios dos dela e lhe beija suavemente.

-Você aceitaria ter esse homem ao seu lado? Aceitaria ser a única mulher a qual eu amarei até morrer? Aceitaria ser a mulher pela qual farei de tudo para que seja a mulher mais feliz do mundo? Mine, aceitaria se casar comigo?

A garota volta a abraça-lo e começa a chorar ainda mais em seu peito. Era difícil determinar o que estava a deixando mais feliz naquele momento, se era aquele lindo pedido de casamento ou se era pelo fato dela poder chorar sentindo a sua respiração e o bater acelerado do coração do namorado.

-É claro que a Mine aceita!

by Kyo