09/05/2008

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# Então eu estava realmente certo? É por isso toda aquela conversa esquisita do Yuki sobre sentir ou não desejo por Akito. Hum... mas olhando bem eu estava errado em uma coisa. Parece que isso não é algo unilateral! Pensando bem... está na cara dela que é muito bem recíproco! #

* Akito respira forte e olhava para Ayame com uma mistura de raiva, frustração e desespero. Ayame sorriu ao constatar que era ela a mais apaixonada da história e nem tinha noção disso. Ele se sentou direito e levou a mão ao rosto dela sem se aproximar, ela não evitou o contato. *

- Fico feliz que tenha me contado de uma maneira tão clara! Mas... é por isso que não me permitiu beijá-la? É tão desinteressante assim só por que eu sei que você é mulher e não ficarei confuso com isso?

- Do-do que você está falando? É CLARO QUE NÃO FOI POR ISSO!

- Hum... que bom! Pensei que você só tinha beijado meu frágil e inocente irmão para deixá-lo confuso e se divertir com isso! Afinal ele não é como eu... ele não sabe que você é uma linda dama, muito menos ele é como eu, porque mesmo se eu não soubesse disso, não me importaria com esse detalhe.

* Akito empurrou a mão do Ayame e se levantou nervosa e descontrolada. Ayame levantou junto mas não tentou contê-la. *

-DETALHE? DETALHE? VOCÊ REALMENTE NÃO TEM NOÇÃO, NÃO É? DETALHE AYAME? ELE ACREDITA QUE EU SOU UM HOMEM. UM HOMEM AYAME. ELE PENSA QUE FOI BEIJADO POR UM HOMEM. E VOCÊ VEM ME DIZER QUE ISSO É UM DETALHE? SUMA DAQUI SEU IDIOTA, NÃO QUERO MAIS OLHAR PRA SUA CARA HOJE!

* Akito empurrou Ayame para fora do quarto mas ele segurou a porta antes que ela fechasse. *

- Akky-chan, esse tipo de pensamento só abrange o desejo. Amor... amor não tem sexo. – Akito empurrou-o mais uma vez e fechou a porta, ele falou ainda mais alto – APESAR DE QUE NO CASO DE VOCÊS É MERAMENTE UM MAL ENTENDIDO.

* Akito respirou fundo e refletiu alguns minutos naquela última frase, mas quando voltou a abrir a porta, Ayame já tinha desaparecido dali. *

by Leandra

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- Para mim, se parece com uma mulher vestida de homem que não tem noção de que ser alguém ou algo, não tem nada a ver com o que se veste ou qual papel se interpreta!

* Akito o olhou ainda mais surpresa. Ayame sabia aonde estava mexendo. Ele tinha quase certeza que estava certo sobre o que realmente aconteceu entre ela e seu irmão. Mas queria ouvir da boca dela de alguma forma. Então novamente tentou beijá-la e mais uma vez foi empurrado por ela que dessa vez se afastou dele. *

# Esse energúmeno está mesmo falando serio? TUDUM TUDUM TUDUM Ele só pode estar de brincadeira... Mas... mas... mas ele é o irmão do Yuki! Yuki... ele... ele deve ter contado... se não esse idiota nunca... ele sempre esteve aqui... sempre me tratou como mulher... mas nunca, nunca deu a entender que... não! Com certeza o Yuki disse... é por isso, ele deve ter ficado com ciúme... de mim? Ou do Yuki? AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH #

- PÁRA AYAME! O QUE VOCÊ QUER COM TUDO ISSO? O QUE YUKI DISSE PARA VOCÊ? EU NÃO... EU NÃO...

- Ora Akky, meu amado irmãozinho tinha algo à me dizer a seu respeito?

- NÃO FINJA QUE NÃO SABE DE NADA, IDIOTA!

- Hum... e por que eu faria isso, Akky?

- PÁRA COM ESSE JOGUINHO, AYAME. FALE DE UMA VEZ O QUE VOCÊ QUER? ESTÁ COM RAIVA DE MIM É ISSO? EU NÃO TIVE A INTENÇÃO ESTÁ BEM? EU QUIS... MAS NÃO... EU NÃO QUERIA FAZER ELE SOFRER, EU NÃO QUERIA QUE ELE PASSASSE MAL, ESTÁ BEM?

- E o que você fez Akky?

- NÃO FINJA QUE AQUELE FOFOQUEIRO NÃO FOI CORRENDO LHE CONTAR. ELE FOI PRA SUA CASA DEPOIS DAQUILO E VOCÊ ESTAVA LÁ NA CASA DO SHIGURE COM ELE. NÃO SE FAÇA DE BESTA, NÃO FINJA QUE NÃO SABE QUE EU BEIJEI O YUKI!

by Leandra

141


* Sua intenção estava muito longe de beijá-la, a pretensão era provocá-la e descobrir se sua suspeita estava certa. E parecia estar dando certo. *

* Akito empurra Ayame, ficando com os dois braços estendidos com as mãos agarradas na roupa dele. Vermelha, com os olhos arregalados, respirando apressadamente e sem conseguir dizer uma só palavra, Ayame sorri e mesmo tendo os braços dela o afastando, tenta aproximar seu rosto do ouvido dela. Passando sua mão por trás de sua nuca. *

- O que foi Akky? Por que ficar assustada eu sei que você é mulher e uma bela mulher. E eu sou um homem, um homem que sempre valoriza você como a mulher que você é!

* Akito relaxava os braços enquanto ouvia aquelas palavras da boca dele imaginando Yuki as pronunciando. Ela sempre dizia que Yuki e Ayame não pareciam irmãos, mas na verdade era mentira, era como se um fosse a versão do outro um mais novo e o outro mais velho. E pensar nisso ouvindo aquilo, a deixava com as pernas bambas. Ayame tentou beijá-la novamente, mas ela desviou do beijo no último instante. *

- O que... o que deu em você, seu idiota? Falando essas coisas... fa-fazendo essas coisas...

* Akito estava vermelha e confusa, mas não reagia com violência contra Ayame, não tentava fugir nem largá-lo, afastou-o novamente com os braços mantendo-o preso pela roupa agarrada em suas mãos. *

- Algum problema nisso, Akky? O que há de errado em um homem querer beijar uma mulher?

- E-e-eu sou o pa-patriarca... O PATRIARCA. Eu não posso... não posso...

* Akito escorregava o corpo devagar para o chão chorando, enquanto Ayme abaixava junto com ela segurando seu rosto para manter um contato visual com Akky. *

- Ora, só porque você é o patriarca não faz de você uma mulher?

- Você é estúpido ou o que? Idiota... um patriarca não pode ser uma mulher... o kamisama não pode ser uma mulher... Olha pra mim... o que eu pareço ser, seu idiota?

by Leandra

140


* Akito olhou estupefata de boca aberta para o maravilhoso kimono feminino na cor creme com lindas sakuras rosas bordadas à mão. Ela não podia negar.... o quimono era perfeito. Mas ela simplesmente ficou parada de boca aberta, completamente vermelha e olhando fixo para o quimono. *

# Ele... ele... eu não ouvi o que ele disse? Ouvi? E-ele fe-fez is-isso pro pro Yuki? #

TUDUM TUDUM TUDUM

* Akito continuou parada de boa aberta, mas agora olhava para Ayame como quem estivesse olhando para uma aberração? Ayame olhou para ela surpreso e olhou de volta para o quimono inclinando seu corpo de lado para olhá-lo de frente sem virá-lo pra si. *

- O que foi Akky? Não gostou? Hum... é talvez você tenha razão... acho que para você um quimono lilás com flores vermelhas combinaria mais não? Hum...

# O que esse idiota ta falando? Não tem nada a ver com a estampa... e sim com a inspiração! E-ele fez mesmo isso pensando no Yuki? #

* Enquanto Aaya analisava outras alternativas pro quimono, mas na verdade olhava de canto de olho para Akky, ela roia o canto do dedo olhando para os bordados do quimono. Imaginar Yuki vestido naquele quimono feminino a deixava incomodada, envergonhada e extremamente sem graça, porque ela tinha certeza que ele ficaria lindo vestido daquele jeito. Percebendo que havia conseguido o seu objetivo Aaya resolve se pronunciar com um tom mais sério quase sexy. *

- Akky, algum problema com o quimono? Não se preocupe eu sei que você é uma mulher então pode vesti-lo na minha presença.

* Ayame puxa Akito pelo braço fazendo-a ficar de pé, então puxa o rosto dela pelo queixo até bem perto do rosto dele quase encostando os narizes, e fala de uma maneira muito sensual e sedutora. *

- O que foi minha bela dama, precisa de ajuda para se trocar? Ou está querendo meramente uma desculpa para que eu lhe toque? - Antes que ela respondesse Ayame encosta de leve seus lábios nos dela.

by Leandra

139


* Ayame observa que todas as empregadas estavam reunidas em uma sala sendo repreendida pra governanta Yoko, então vai direto ao quarto de Akito-san. *

- AKKYYYYYYYY-CHAAAAAAAAAAAAAANNNNNNNNNNNN!!!!!!!!!!!!!!!!!!

* Akito sente uma gota gelada percorrer toda sua espinha com aquele grito escandaloso na forma de tratamento totalmente no feminino. Ela corre e escancara a porta “bufando” de raiva. *

- VOCÊ FICOU LOUCO?

- Boa Tarde, Akky! Nossa, mas que cara mais feia, nem é tão tarde para estar tão acabada assim!

* Akito na mesma hora que ouviu o estridente grito de Ayame arrependeu-se de seu impulso em chamá-lo e tentava impedir que ele entrasse e ficasse mais tempo. Mas como sempre Aaya consegue desviar de Akky e entra no quarto com a maior liberdade do mundo já bisbilhotando o quarto todo. *

- AYAME!

- Sim, Akky? Ah... claro! – Ayame abre o pacote que carregava e estende seu conteúdo na frente de Akito com o sorriso mais feliz e provocante do mundo - Essa magnífica e única criação exclusiva de minha parte foi inspirada na inocência do meu amado e idolatrado irmãozinho, mas tenho a ligeira impressão que ele não usaria! Então, Toma! É um presente minha de todo coração para a minha linda e mal humorada kamisama! Não ficará tão perfeito em você quando no meu perfeito e magnânimo irmão, mas também ficará linda com ele! Vamos, vamos, pegue-o e vista!!! Quero ver se o tamanho ficou bom!!!! Ande!!!!

by Leandra

07/05/2008

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* Aayme que dispensou seu motorista e o carro, fez Hatori levá-los até a sua residência para deixar Mine e pegar um misterioso pacote, e de lá partiram para a sede. *

- Aaya, por que essa cara de feliz se irá ver Akito depois de uma convocação dessa? Provavelmente ele está furioso com alguma coisa que você fez.

- Ora, ora Haa-san! Por que a tratar no masculino entre nós que conhecemos o segredo? Akky será sempre Akky! Ela não é o monstro que aparenta ou demonstra ser.

- Aaya, você tem consciência do que está falando? Mesmo que nenhum de nós consigamos culpar ou desobedecer Akito, isso não muda os pecados dele.

- Sim, Haa-san! Mas será que os pecados dela não são os nossos próprios pecados? Um dia, Haa-san, eu espero que você e os outros possam e consigam compreender isso!

* Hatori não quis discutir, era mesmo inútil. Ayame era o único entre todos os possuídos que era capaz de tratá-la sem medo nem cerimônias, também era o único capaz de infernizar a vida dela sem que ela se enfurecesse como com os demais. E era o único que a defendia mas nunca contando o porque.
Quando chegaram na sede, Ayame dispensou a companhia de Hatori com um lindo sorriso escancarado e a nítida impressão que Hatori acabaria sendo chamado as pressas quando ele fosse embora. *

- Tenho certeza que ele ira infernizar Akito-san mais uma vez. E do jeito que ela estava esses meses, ou ela irá se enfurecer com ele pela primeira vez ou será ela a ter que ser internada com um colapso.

* Hatori ficou olhando o primo caminhar sorridente, saltitante e cantarolando para a casa do patriarca. Abaixou a cabeça e respirou fundo. *

- Não tenho a menor duvida.... ou Akito-san o mata dessa vez ou me mata de trabalho.

* O médico acendeu um cigarro e deu uma tragada olhando para as flores de sakura. Retirou o cigarro da boca e ficou olhando-o por um tempo. *

- Hum... isso eu nunca perguntei para o Shigure ou diretamente para ela! O que a Tohru pensa a respeito de fumar? – Hatori sorriu e apagou o cigarro. – Com certeza ela sorriria e diria que não se importa. Ela é gentil demais para dizer a verdade sobre um hábito tão grande, acho melhor parar de fumar!

* E o médico caminha sorrindo de volta para casa. *

by Leandra

137


-Kyo, você quer chá ou suco. Comprei o de uva que é o seu favorito.

-Hunf, achei que tinha esquecido que eu estava aqui.

-Ahahahhahah, isso é um impossível Kyo. Afinal estamos te vendo daqui, né Kaa-chan.

#Mas o que deu nele? Que piada idiota foi essa?# *Kyo se levanta e vai até o balcão que separa a cozinha da sala* #E por que ele não vai para a casa dele? Será que a Kagura está namorando mesmo com ele?# *O possuído pega um dos copos e se serve do suco, sem falar mais nada.*

#Espero que o Kyo volte a tratar o Kunimitsu como sempre o tratou. Não faz sentido ficar com ciúmes por causa do professor.#

-Kaa-chan, vou colocar a água para fazer o nosso chá.

#nosso chá? Esse Kunimitsu está muito folgado# *Kyo coloca o copo de volta no balcão e fica do lado da cozinha, para ficar mais próximo aos dois*

-Deixa eu pegar a chaleira aqui em cima.

*Kagura fica exatamente no meio dos dois e se estica para pegar a chaleira no armário de cima, porém ela acaba se desequilibrando e o Kyo percebe que ela estava quase caindo em cima do Kunimitsu*

-KAGURA.... *Kyo consegue ser mais rápido e a abraça ficando ele encostado com Kunimitsu*

TUDUM TUDUM TUDUMMM

#Eu estou abraçada com o Kyo. Essa foi a primeira vez que ele me abraçou#

*Kunimitsu olha para os dois sem entender o que havia acontecido, ele estava ao seu lado lendo a caixa do chá enquanto esperava a chaleira*

-Você se machucou?

*Eles ainda estão abraçados, Kagura levanta a cabeça e olha nos olhos do Kyo*

#Nunca o senti tão próximo de mim como estamos agora. Será que ele consegue sentir o meu coração batendo mais forte?#

-O que aconteceu?

*A voz de Kunimitsu a faz se afastar dele* -Errrr, eu quase cai em cima de você. Obrigada, Kyo.

-AHAHAHAHHA, poderia ter caido, eu não sou feito de cristal.... ahahahhaha

*Kyo e Kagura se olham entre si e começam a dar risadas, deixando o outro rapaz com um enorme ponto de interrogação em cima de sua cabeça*

by Kyo

136


#É melhor não falar mais nada. Está evidente que ele está com ciúmes da minha amizade com a Kagura# *Kunimitsu passa a mão em seus cabelos e evita olhar para o garoto*

-Então..... você fica muito com ela aqui?

-Normalmente jantamos juntos. A Kaa-chan não gosta de comer sozinha.

#Eu não sabia disso# *Kyo vê que a prima está entrando correndo no prédio* -É bom ver que ela está bem.

*A voz dele sai muito baixa, mas mesmo assim Kunimitsu escuta o que ele falou e olha em sua direção percebendo que o garoto olha para baixo e tinha um olhar muito diferente do que via normalmente*

#Não pode ser verdade! Não! Será que ele começou a gostar dela? Justamente agora que parece que ela está começando a esquecer esse amor obsessivo que tinha por ele?# *Kunimitsu abaixa a cabeça e fecha as mãos* #Isso não é justo! Eu esperei tantos anos por isso e agora posso perde-la sem ao menos ter me declarado para ela#

Blam

-Voltei meninos. *Kagura coloca a sacola sob a mesa e tira um pacote de chá de laranja* -Olha Kunimitsu, encontrei o seu chá favorito.

-Obrigado Kaa-chan. #De tanto que estou tomando chá de laranja aqui, estou começando a gostar#*Ele se levanta e vai até a cozinha* -Deixa-me lhe ajudar a guardar as compras.

*Kyo continua sentado apenas observando a maneira com a que os dois conversavam enquanto guardavam as compras* #Sim, eles estão muitos amigos. Na verdade....... *um arrepio de medo percorre o seu corpo*.... parecem até um casal de namorados#.

*Kagura já estava tão a vontade com a companhia do rapaz que agia sempre com grande naturalidade, tal comportamento deixou ainda mais de mal humor* #Ela nunca foi tão próxima de uma outra pessoa que não fosse eu. E agora nem parece que eu estou aqui.#

#Será que é melhor eu ir embora e deixar os dois sozinhos? Não. Eu não quero. Me desculpe, Kazuma-sensei, mas agora o Kyo é o meu rival.#

#O Kunimitsu realmente parece que é o meu irmão mais velho. Está com medo de me deixar sozinha com o Kyo. hehehehe#

by Kyo

135


-Entre Kyo, fique a vontade...

*Kyo tira os sapatos, enquanto olha para a pequena sala conjugada com a cozinha* -Até que está bem legal..

-Está bacana, Né? Mas ainda não tenho todas as coisas. Agora que está chegando o verão preciso comprar um ventilador.

*Ela vai para a parte da cozinha e ele vai se sentar ao lado da janela nas almoçadas que serviam como sofá. Apesar de está mantendo uma postura, no intimo a garota estava muito nervosa, aquela era a primeira vez que ela ficava sozinha com o Kyo.*

#Nhoo...Sempre sonhei em ficar sozinha com ele, e agora que estou não sei o que fazer.# *Ela abre a geladeira atrás de algo que poderiam beber, mas percebe que não havia nada* #Nhoo... eu deveria ter feito comprar ontem#

-Kyo... Eu vou até o armazém que tem aqui na esquina buscar algo para te servir agora..

-Não esquenta... *apesar de falar aquilo, ela já estava fechando a porta do apartamento* #Hunf... ela nunca me escuta# *ele fica observando pela janela e a vê saindo correndo do prédio*

#Esse jeito estabanado ela não perdeu ainda.#*O garoto dá um longo suspiro e relaxa*#Pelo visto em algumas coisas a Kagura nunca mudará#

toc toc toc

*Kyo não pensa duas vezes e vai abrir a porta do apartamento, e encontra o Kunimistu*

-A Kagura não está.

-Boa Tarde Kyo. Eu sei que a Kaa-chan não está. *o rapaz continua na porta esperando ser convidado a entrar* -Foi ela que me pediu para ficar aqui com você, a encontrei saindo do prédio. *Como ele se toca de que o garoto não vai manda-lo entrar, ele entra e fecha a porta*

*O garoto volta a se sentar no local onde estava antes e o outro fica sentado no tatame num outro canto*

-A Kaa-chan está se virando muito bem sozinha, o Kazuma-sensei estava um pouco preocupado com....

-Vocês ficaram muito amigos, não é?

-É natural, afinal trabalhamos juntos e moramos ao lado do outro.

-Sei...

*Kunimitsu sabia da grande paixão que a Kagura sempre teve pelo Kyo e sempre o via sendo muito grosso com ela*

by Kyo

134


-Kyo-senpai, o professor está na casa dele.

*Um dos alunos da turma infantil de Karatê corre para avisar ao possuído que tinha acabado de chegar no Dojo*

-Falou... #Odeio quando vem com esses "senpais" "san" e "kun"# *ele dá meia volta e caminha em direção da casa.*

Tuntch

*Kyo olha todo assustado para ver quem é que tinha esbarrado nele*

-...KYO? Me desculpe. Estava tão entretida com esse livro que não vi que estava ai.

-Tome cuidado, né Kagura. Pensou se esbarra em outra pessoa?

-Com o professor não haveria problemas, mas se fosse o Kunimitsu...

-Por que? Ainda não contou para o seu novo amigo?

*Kagura estranha o tom de voz usado pelo garoto, desde que eles começaram a trabalhar no Dojo, o possuído estava agindo de maneira muito mais agressiva com relação ao outro discípulo do mestre*

-Por que está fazendo isso?

-Isso o que?

-Por que está tratando tão mal ao Kunimitsu? Não gostou do mestre ter dado uma nova turma para ele ser o professor e não você?

-Eu estou o tratando como sempre o tratei. *ele fala ao mesmo tempo em que se vira para entrar na casa, sendo seguido pela prima*

-Não está mesmo, Kyo. Você sabe que ele está um pouco mais à frente de você, mesmo que vocês dois tenham faixa preta.

#Nem eu sei o porque que estou tão irritado com ele# -.....

*Kyo fica calado. Não queria mais falar sobre aquilo e a Kagura compreendeu o seu silêncio*

#É melhor não me meter. Se isso tudo é ciúmes por causa do professor, eu não posso fazer nada.#

-O que está fazendo aqui? Não é a sua folga?

-Eu vim buscar esse livro que esqueci aqui ontem.

-Ahh... E vai fazer o que agora?

-Vou para casa.

*Kyo pára de caminhar o que faz com que a Kagura esbarre novamente nele* -Eu posso ir?

-Ahn?

-Posso ir até a sua casa agora?

*O coração dela começa a bater mais forte* #O Kyo finalmente me pediu para ir até a minha casa# -Claro.

*Aquela resposta o alegre, finalmente iria conhecer o apartamento dela e os dois vão para lá*

by Kyo

133


* Akito estava impaciente, voltou a andar de um lado pro outro na varanda roendo os cantos dos dedos. *

# Será que aquela energúmena conseguiu falar com o Ayame? Por que aquele imprestável não chega logo? Quando ele quer apenas me perturbar ele chega aqui tão rápido! Droga. #

- Akito-sama!

- Ora, quanta demora! Está ficando incompetente e impertinente, Yoko! Anda, diga logo, conseguiu falar com aquele imprestável desagradável do Aaya?

- Sim, Akito-sama. Aproveitei e dei um bom puxão de orelha naquele insolente do possuído pelo rato que nem voltou para se desculpas com seu Kamisama depois daquilo. Aquele lá..

- O QUE VOCÊ FEZ?!

* A governanta olhou assustada pra Akito que parecia furiosa. *

- Eu apenas disse umas boas verdades para aquele possuído pelo ....

- VOCÊ FALOU COM O YUKI?

- Sim, como eu ia dizendo, eu disse para que ele viesse...

- VOCÊ O QUÊ? QUEM LHE DEU ORDENS PARA PEDIR PARA ALGUÉM MAIS ALÉM DO AYAME VIESSE ME VER? QUEM LHE DEU ORDENS PARA DIZER QUALQUER COISA PARA O YUKI?

- Eu apenas pensei....

- PENSOU? QUEM LHE DEU PERMISSÃO PARA PENSAR ALGUMA COISA? SUMA DAQUI SUA IDIOTA, NÃO QUERO VER SUA CARA NA MINHA FRENTE, E NUNCA MAIS FAÇA NADA QUE EU NÃO LHE ORDENE. VOCÊ ESTÁ ME ENTENDENDO? SOU EU, EU SOU O PATRIARCA, EU SOU O KAMISAMA. VOCÊ NÃO ESTÁ AQUI PARA FAZER NADA ALÉM DO QUE EU MANDAR. SAIA. SAIA DAQUI SUA INÚTIL!

* A governanta fechou a cara e saiu sem dizer uma única palavra. Não conseguia entender no que o seu ato de “boa fé” pode ter desagradado tanto ao patriarca. Uma vez que ela sempre reclamava que eles não lhe davam atenção. Pensou que nesse tempo que ficou isolada era apenas uma pirraça pela ausência de todos. *

# Droga! Por que aquela governanta chata e intrometida tinha que falar logo com o Yuki? E o que o Yuki estava fazendo na casa do Ayame? Será que a relação de irmãos deles está tão intensa assim? Então é possível não é? Que o Yuki tenha dito alguma coisa a respeito para aquele escandaloso e ele logo correu aqui para me enfernizar! Sim... foi uma boa idéia chamar aquele inútil aqui! Mas... #

* Akito sentou-se novamente no chão na beirada da varanda abraçando os joelhos. *

# Será que ele virá me ver? Será que eu poderei vê-lo novamente? Mas se for assim, ele virá só porque aquela mau humorado brigou com ele... eu quero que ele venha por conta própria. Quero que ele venha por “minha” causa e não por causa do kamisama!... #

* Akito jogou seu corpo sua cabeça para trás olhando o céu azul com algumas nuvens brancas a passear e sorriu. *

# E o que importa o motivo se eu puder vê-lo novamente? #

by Leandra

05/05/2008

132


- Akito-san, Yuki? Aconteceu alguma coisa com Akito-san agora na sede? Ayame não conseguiu falar com Akito nenhuma vez em que foi para a sede, ele não aceitou falar com nenhum dos possuídos! Aceitava apenas a minha presença quando não sentia-se bem!

* Yuki olhou para Hatori ainda mais envergonhado! Não pretendia dar essa bandeira logo para o Hatori. Tentou pensar em alguma desculpa, em alguma forma de desfazer aquela impressão errada e estranha que apenas ele acreditava que havia naquele momento. Mas não conseguiu pensar em nada, além de Akito sentado solitário e aborrecido na Janela. Por fim, abaixou a cabeça, respirou fundo e deu o recado ao seu irmão. *

- Akito-san mandou chamá-lo Ayame! Aquela governanta ligou e disse que Akito-san quer você lá imediatamente...

- Então era isso? Hum.... o que deu nele dessa vez? Normalmente ele não requisita a minha presença, normalmente tenta fugir dela! Ahuahauhuahuahauhaua

* Mas Yuki não riu da piada. Hatori estava ocupada guardando suas coisas e não reparou na expressão desanimada e confusa do Yuki. *

Bzzz – Não se preocupe tanto! Akito não se esqueceu de você!

* Yuki ficou novamente vermelho com o sussurro do irmão e seu largo sorriso. Não quis perguntar o porque ele estava dizendo aquilo. Mas seu coração encheu-se de uma esperança que nem ele mesmo sabia explicar de que! *

- Bom Yuki, é melhor descansar pelo resto do dia. Tenho certeza que sua repiração irá normalizar, mas qualquer alteração ligue-me imediatamente. Espero você o quanto antes no consultório para fazer os exames. Vamos Ayame, antes que Akito tenha outro ataque por você não atendê-lo imediatamente como ele quis.

- Até mais meu idolatrada e magnânimo irmãozinho! Espero visitas suas ao meu humilde e maravilhoso palácio para um chá! E... Bzzz faça o que seu coração quiser, sem medo! Estarei aqui pra te apoiar!

by Leandra

131


* Aaya pára com a conversa ao sentir que seu irmão se mexia em seus braços e respira mais calmamente. Yuki abria os olhos devagar, meio tonto, ainda estava confuso e sentia-se pesado. Olhou para seu irmão que aguardava um daqueles gritos e brigas para que o soltasse, mas Yuki apenas ficou olhando pra ele. *

# Ayame?! Sim, eu tenho que falar para ele. Akito..... #

* Seu coração bateu novamente mais forte e pesado, ele ergueu o corpo rápido dos braços do irmão, mas logo suas vistas escureceram e ele caiu novamente nos braços do Aaya. Passou a mão pelo rosto e começou a respirar fundo para se acalmar. *

- Não deve levantar tão rápido. Você teve outra crise! Acho melhor ir até o meu consultório fazer uns exames mais completos, nos últimos tempos suas crises tem estado mais intensas!

- Voltar para a sede?!

* Novamente seu coração disparou e sua respiração falhou um pouco, ficou vermelho e eufórico, ao mesmo tempo com medo e com dor. Aaya percebeu na mesma hora que a menor mensão da sede ou qualquer coisa que lembrasse Akito era o motivo de deixá-lo daquela forma. *

- Yuki! Nós ouvimos o telefone tocar um pouco antes da Honda derrubar a bandeja. Era alguém da sede não era? Akito requisitou a sua presença?

* Yuki levanta-se novamente dos braços do irmão e vira-se para encará-lo. Estava roxo de vergonha e seu coração havia disparado novamente, mas ele controlou a respiração. *

# Está tão na cara assim? É tão óbvio assim? Eu-eu não contei nada para ele! Tenho certeza! Eu não disse nada para ele! Espera... então Akito quer conversar com ele... porque ele... o que ele falou para Akito? #

- Ayame o que você falou para Akito-san?

by Leandra

130


* Ayame é o primeiro a chegar até o irmão o pegando no colo e correndo até o quarto dele sendo seguido pelo médico que gritava com ele falando que só vai piorar a situação se sacudi-lo tanto. Shigure segurou as moças na sala pedindo para que não atrapalhassem nem se preocupassem porque o Hatori daria um jeito. Aaya coloca o menino na cama e é expulso de perto do garoto por Hatori que precisava examiná-lo logo. *

- Haa-san, o meu irmãozinho?

- Acalme-se Ayame!

* Hatori examina Yuki e percebe que ele desmaio devido a uma outra crise, mas quando pensou que seria melhor interná-lo percebeu que sua respiração voltava ao normal lentamente. *

- Ele teve outra crise, mas já está se recuperando!

- AAAAHHHH meu amado, idolatrado irmãozinho!!!!!

* Antes que Hatori pudesse fazer ou dizer qualquer coisa, Aaya já havia sentado na cama com as pernas dobradas e abraçado Yuki, trazendo-o para encostar em seu peito, balançando-o como se estivesse abraçado a um ursinho de pelúcia muito estimado. *

- AYAME! Ficou louco? Ele acabou de ter uma crise, você me sobe com ele no colo sem que eu verificasse se ele havia se machucado no desmaio e agora você o agarra dessa maneira? Essa família definitivamente quer me matar pelo cansaço ou pela loucura!

- Ora, ora Haa-san! Não vê que temos um enfermo no local? Não fale tão alto! Irá perturbar a frágil e delicada saúde do meu magnífico irmãozinho!

* Hatori colocou as mãos sobre os olhos e respirou fundo. *

- Aaya, você é o único que está perturbando a saúde dele!

- Haa-san, que calúnia? Sou apenas um devotado e preocupado irmão tomando conta de seu irmãozinho menor!

by Leandra

129


# Akito-san! Akito-san quer falar com meu irmão! O-o que, o que ele quer com o meu irmão? Ele-ele não não contaria pro meu irmão não é? Aki-ki-to-san, e-ele fi-ficou daquele je-jeito por mim? Por por minha causa? Então aquele beijo... ele... ele também... ficou... abalado... #

* Mine correu pra acudir Yuki assim que ele caiu de joelhos antes mesmo de deixar o telefone soltar de suas mãos. Ele respira com dificuldade mas por seu coração estar batendo forte demais do que por sua própria crise respiratória. Estava vermelho e quente e não consegui pensar em mais nada além de reviver em sua mente todo a cena daqueles dois beijos com o patriarca. *

- Maninho,você está bem? Maninho por favor me responda! Eu vou chamar o chéfis e o priminho médico!

* Assim que ela ameaçou levantar Yuki agarrou a barra do seu vestido com um olhar que implorava para que ela ficasse. Sentiu suas vistas escurecer enquanto a imagem de Akito dançava em sua frente, deixou o corpo tombar pro lado mas antes que Mine pudesse ameaçar abraçá-lo Tohru entrou na sala e deu um grito tão alto derrubando a bandeja de chá que a Mine recuou assustada, deixando o menino cair no chão. Tohru correu até ele chamando alto pelo seu nome que toda a casa seria capaz de escutar, mas o rapaz não respondeu. *

by Leandra

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*Ayame descruza as pernas e desce de cima da mesa* #Eu queria ter conversado com ela a respeito disso também. Se ela contasse a verdade para eles, certamente não estariam nesse estado que estão#

#Tudo o que não quero falar agora é desse casamento, é melhor mudar de assunto#-E quem é essa moça que está com você, Aaya?

-Ela é linda, né Tori-san? É a minha fiel assistente.

-Ahhh, então essa é a sua versão da minha Tohru?

-Sua??? *A voz do médico sai firme e forte*

-Ué... ela não mora aqui?

-Sim, mas da forma que falou dava a impressão de que esse minha fosse outra coisa.

-ahahahhahahah, eu ainda não a fiz ser minha.... ahahahhahah

*Hatori passa a mãos nos cabelos e balança a cabeça* #Mesmo com essa cara de morto vivo ele continua fazendo essas piadinhas sem graças# *Hatori então volta a lhe olhar mais atentamente* #Mas porque motivos ele está com essa cara?#

*O silêncio da parte do médico depois daquela piadinha deixa Shigure intrigado e ele olha para o médico* -O que foi, Haa-san? Não vai falar nada??

-Não. *ele se levanta e vai até o escritor e começa a examinar para ver se não estava com anemia* -O Aaya tem razão. Você está muito abatido Shigure.

-Estou com muito trabalho atrasado, e tenho dormido pouco.

-Aproveite para examinar a todos dessa casa, Tori-san. Todos estão com um aspecto horrível. Aposto que a Honda-san está com a cabeça nas nuvens e nem está cuidando bem do meu irmãozinho.

-Ahahahahha, é quando foi que a Tohru não esteve com a cabeça nas nuvens...ahahahha

-Vou aproveitar para examinar a todos sim. *Ele caminha até o sofá onde havia deixado a sua maleta*

-Não precisa disso. Só tenho que dormir mais.

GRACK CRECK BUM

* O barulho vem da sala e os três correm para ver o que era*

by Kyo

127


*Ao entrar no escritório, Hatori nota que o escritor está com umas olheiras bem profundas.*

#Pelo visto não sou o único que não está dormindo direito# *Hatori senta-se na poltrona que fica ao lado da janela*

#A cara feia daqueles três eu não sei o motivo, bem, talvez a do Yuki eu até já saiba, mas a desses dois eu sei muito bem. Tudo isso por quanta do casamento# *Ayame senta-se na mesa do escritor*

#O Hatori está bem abalado por causa do casamento, a cara dele não engana ninguém# *Shigure fica em pé ao lado do Hatori, encostando-se na janela*

-Um par de múmias. Ou melhor, um par de zumbis. É isso não é? Esse cosplayer de vocês é de zumbi, né?

-AHAHAHAHHAHAHAHAHAHH.... Só o Aaya para falar esses absurdos do nada.

-Mas está com uma cara muito abatida, Shigure.

-Só ele né, Tori-san. Eu não sei quem ganha a competição.

-Ele deve estar sentindo uma grande pressão com o casamento da Kana. *Shigure passa as mãos nos cabelos, tendo esconder a sua própria pressão*

#Como se ele também não estivesse. Será que algum dia o Guretti irá me contar. Tudo o que sei dele e da Kana, foi o que a Akito me contou, mas gostaria que ele mesmo confiasse em mim#

-Já passei por dias piores. Mas a maior responsável pelo meu cansaço é Akito-san. Sua saúde nunca esteve mais instável como nos últimos meses. Só sai hoje da sede, porque ela se levantou se sentindo muito bem.

-Nem a minha nobre e agradável presença ela quis. E olha, que cansei de ir até a sede. Se não ia até a sede eu ligava e mesmo assim ele não quis me atender. Teve uma vez que quase quebrou o meu lindo nariz fechando a porta de seus aposentos na minha cara.

*Shigure se senta na janela, e a suave brisa da primavera começa a brincar com seus fios de cabelos* -Isso sim é curioso, Akito-san conseguindo fugir de você.

-Para você ver. Kamisama só queria ver o nosso habilidoso doutor.

-E ele fez algum comentário sobre o casamento, Haa-san?

-Nenhum. Para ela é como se a Kana não existisse.

by Kyo

126


- Não, espere. Pensando melhor quero que me chame alguém sim. Quero o Ayame aqui imediatamente! Não importa aonde ele esteja ou o que estiver fazendo!

- Sim, Akito-sama!

* A governanta saiu e logo que tomou o corredor longe dos ouvidos do patriarca começou a reclamar sobre o seu comportamento fora do esperado de alguém que ostenta o seu posto, mas foi obedecer a ordem dada. Ao tentar ligar para a casa do Ayame encontrou a seguinte mensagem na secretária eletrônica:

“Sinta-se honrado por ligar para o meu suntuoso palácio. Mas esse magnífico e exuberante membro da realeza não se encontra no momento. Estou a desfrutar da companhia maravilhosa e única do meu meu amado, idolatrado, maravilhoso, fantástico e genial irmão. Caso seja um assunto de vida ou morte pode ligar pra casa do Guretti à vontade”. *

* Na casa do Shigure, ele, Hatori e Ayame conversavam no escritório. Yuki continuava conversando com Mine da sala enquanto Tohru e Kisa preparavam o chá e o lanche para todos. O telefone tocou e antes que a Tohru se manifestasse, Yuki levantou-se oferecendo para atendê-lo. Mine não estava prestando muita atenção até ouvir os joelhos de Yuki batendo no chão. *

- Você me escutou bem, possuído pelo rato?! Vocês todos são uns imprestáveis! Aonde já se viu? Depois de vir aqui e deixar o patriarca naquele estado nem volta para se redimir. Você deveria ter ligado ao menos pra saber como ele estava, era sua obrigação pedir desculpas ao Kamisama! Está me escutando bem, Yuki-san? Vocês todos precisam ser mais agradecidos ao Kamisama! Espero que você tenha entendido e venha logo se retratar com o patriarca. Agora dê logo o recado ao seu irmão! E pensar que ele foi o único quem procurou pelo patriarca todo esse tempo. Ande logo menino, o patriarca quer a presença dele imediatamente! -

Tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu

by Leandra

125



* Ayame puxa Hatori para o escritório junto com o Shigure e fecha a porta novamente. Enquanto isso na casa sede, Akito fica andando de um lado para o outro na varanda do jardim arrastando o quimono. *

# Ele não veio! Ele não veio! Ele não veio! Não, ele nem ligou, só aquele atrevido do Ayame que veio. Mas ele não! Ele não veio! Mas o Ayame veio, ele disse, sim, eu lembro, ele disse que queria conversar. Eu tenho certeza que aquele imprestável fantasiado disse o nome do irmão dele. Será?! Será que o Yuki havia mandado algum recado por ele?... Não, o Yuki não tem esse tipo de relação com o irmão... Então... por que aquele inútil iria querer conversar sobre o Yuki? Será que ele... O Hatori disse que ele teve outra crise naquele dia. Será que?!.. Não, ele não estaria... Claro que não! Eles teriam falado comigo, afinal eu ainda sou o Kamisama! Então, o que aquele palhaço queria comigo? Yuki deve ter dito alguma coisa! Não... provavelmente aquele lá veio querendo saber o que eu fiz pro irmãozinho querido dele! O que ele diria se eu dissesse que o beijei? #

* Akito parou de andar e olhou para as flores de sakuras e sorriu com a lembrando do beijo quente e forte, mas logo ficou vermelha e fechou a cara. *

# Burra, burra, burra. Porque eu fui fazer aquilo? Agora ele nem da sinal de vida! E se ele adoeceu por minha culpa? Burra! Você deveria tê-lo conquistado, seduzido, deveria tê-lo feito enxergá-la ao invés de agarrá-lo. Droga, aquele pirralho não passa de um moleque assustado! E pensar que foi eu a dar o seu primeiro beijo! – Akito respira fundo e senta-se na beirada da varanda – Teria sido melhor se ele não tivesse fugido de mim, se eu estivesse vestida com um vestido florido azul claro como sempre quis! Burra, burra, burra. #

* Akito batia no próprio rosto até ser interrompida pela governanta. *

- Algum problema Akito-sama? Quer que eu chame o senhor Hatori?

- Não quero que chame ninguém. Me deixe em paz logo!

- Como desejar, Akito-sama!

by Leandra

124


*Ayame leva o Shigure para o escritório e fecha a porta. Yuki se senta ao lado da Mine-chan e começa a conversar com ela. Kyo vendo que não tinha nada para fazer na sala, e muito menos em casa, se levanta da escada onde estava sentado e resolve ir para o Dojo. Já Kisa vai até a cozinha, achando que poderia ajudar a Honda*

-O Maninho está bem melhor agora. Mas ainda tem um ar um pouco triste. O Chefinho não agüentava mais e por isso ele veio até aqui.

-E te arrastou junto com ele.

-Na verdade, fiquei muito feliz pelo convite dele. Queria muito conhecer os primos de quem ele tanto fala.

*Yuki percebe que ela está com um sorriso bem amável e tranqüilo e que o seu olho brilhava cada vez que ela falava do Ayame*

Ding Dongg

-Pode deixar que eu irei abrir *Tohru sai da cozinha, passa por eles e abre a porta*

TUDUM TUDUMM TUDUMMM

-Hatôrii....

-Boa tarde Tohru. *O médico coloca a mão em sua cabeça e entra, mas logo fica parado na sala quando encontra aquela jovem empregada sentada conversando com o Yuki*

blamm

-NÃO. OS MEUS OUVIDOS NÃO ME ENGANARAM.

-Ayame. #Não acredito que ele está aqui.#

-Que saudades, Tori-san. Mas creio que está tendo muito trabalho com o nosso patriarca a sua cara também está medonha.

*O coração do Yuki bate mais acelerado só de escutar a menção ao patriarca. Depois daquele beijo, Akito nunca mais o tinha chamado para ir até a sede. E o possuído tinha certeza de que tudo não tinha passado de mais um capricho do Kamisama. E isso o deixava ainda mais triste, pois para ele aquele beijo ainda estava muito vivo*

-Está doente, Hatori? *Tohru lhe pergunta toda aflita*

-Não. Apenas estou trabalhando muito e dormindo pouco.

-Mine-chan, esse é o terceiro homem do trio amigos do peito, Hatori Sohma.

-Muito prazer, Priminho...

-Boa tarde senhorita. #Priminho?? Bem sendo amiga do Ayame e com essa roupa, é melhor não me espantar com mais nada.#

123


*Ayame senta-se no sofá e olha para o rosto de cada um deles* -Cruzes, vocês quatros estão medonhos. Me desculpe se sou sincero, mas não dá como não ver essas caras de zumbis que vocês tem. Nem parece que a primavera chegou nessa casa.

*Os quatros se mantêm em silêncio, sabiam que aquilo era verdade*

-Só a Kii-chan está uma linda. *Ayame a coloca sentada em seu colo* -Minha adorável Mine-chan tire as medidas dessa princesinha, temos que criar um modelito exclusivo para ela.

-Já está tudo anotado chefinho. Assim que a vi já fui tirando as medidas.

-HOHOHO.... A Mine-chan sempre está a um passo a minha frente. *ele para de rir e olha sério para a Tohru* -Cadê o nosso chá com bolo? É assim que recebe as visitas que o meu amado, idolatrado, maravilhoso e fantástico irmão recebe?

-ERRR... Não... bem.... errr..... eu já estou indo.... *ela foge para a cozinha*

-Ayame, já falei que a Tohru não é a nossa empregada. *Yuki o repreende antes do Kyo, que já estava com a boca aberta para lhe responder.*

-Eu sei meu amado, idolatrado, maravilhoso, fantástico e genial irmão. Isso é apenas uma brincadeirinha que faço com a Senhorita Honda.....??? *Ele se levanta e corre para segurar o irmão pelos ombros* -VOCÊ A CHAMOU DE TOHRU?

-Sim.. *Yuki já estava tão acostumado de lhe chamar pelo nome que não entendeu o susto do irmão*

-Hei, Guretti.... E você? Ainda está sendo chamado de "Senhor Shigure"?

*O Escritor que estava sentado no tatame ao lado da porta do escritório, lhe abre o sorriso dos vitoriosos* -Não. Ela me chama pelo nome também.... hehehe

-AH.. Então ela começou a te chamar pelo nome também? #Até parece que ele ia deixar que apenas o Hatori fosse tratado com essa informalidade#

*Mine continua sentadinha ao lado do Ayame apenas observando a todos.* #Como os priminhos também são todos bonitos.#

-Minha linda Mine-chan. Preciso conversar com esse meu primo aqui. Será um grande sacrifico para a sua pessoa, se ficar alguns minutos longe de minha companhia?

-Vou sobreviver, chefinho

by Kyo

122


-IUUUUU......Cadê os meus súditos e o meu amado príncipe? *Ayame nem havia tocado a campainha, estava tão eufórico que foi entrando como se a casa fosse dele*

-HUMM?? *A cabeça da Tohru surge da cozinha* -Senhor Ayame, a quanto tempo....

VUMMMM

-TINHA RAZÃO CHEFINHO. ELA É A PRINCESA PERFEITA PARA O MANINO. *Mine fica a olhando por todos os lados.* -AIIIIII, PORQUE A GENTE NÃO TROUXE O QUIMONO QUE CRIAMOS....

-Errrr.... *Tohru estava super sem graça e um pouco assustada* #Mas quem é essa moça?*

-Ayame... Senhorita Mine... *Yuki ao escutar a voz do irmão desce para a sala*

-ÔÔÔ... Que imagem mais bela é essa. O Yuki com toda a sua áurea de alteza real descendo as escadas. Melhor dizendo, ele não desce, ele flutua pelo ar e chega até nós. Que sorte a senhorita Honda tem de poder passar o dia todo qual uma figura tão iluminada como o meu amado irmão. Que honra tem a senhorita Honda de cuidar de cada peça de roupa do meu amado e idolatrado irmão. Que felicidade tem a senhorita Honda de preparar a comida que toca os lábios de meu amado, idolatrado e maravilho irmão. Que sorte....

Blam

-....Que sorte tem a Tohru de morar aqui e não na sua casa. *Shigure sai do escritório e pela cara toda amassada parecia que estava dormindo*

-Credo Guretti, está com uma cara horrível. Parece até que foi atropelado por uma balsa.

-Pode se dizer que sim... *Ele olha para a jovem fantasiada de empragada atrás do Ayame* -E quem é essa linda flor atrás de sua pessoa?

-Mana Mine muito prazer. *ela se inclina para o cumprimentar*

-Ah, então é você a pobre que tem que suportar o louco do Aaya?

#Para mim os dois são uns loucos# *Yuki permanece ao lado do irmão*

-Tio Ayame... *Kisa desce as escadas e corre para abraçar o Ayame*

-Está ainda mais bela, Kii-chan...

-Tinha que ser você mesmo. *Kyo desce as escadas com as mãos nos bolsos*

-O Kyon-kitty continua com a mesma cara feia de sempre, né Kii-chan? hohohoho..

*A presença do Ayame trás todos de volta para a sala*

by Kyo

121


* Hatori depois da última conversa que teve com Shigure e constatando que estava pensando como o primo, e ainda assombrado pelo sonho erótico e a imagem do delicado sutiã da Tohru, tomou a decisão de evitar ao máximo se encontrar com a jovem. Para tanto deixou de ir frequentemente a casa do primo com a desculpa de que estava atarefado demais com Akito. Mesmo assim, ainda ligava de vez em quando em um horário que sabia que seria a Tohru a atender, apenas para poder ouvir sua voz e ter a certeza que Shigure não tentara nada de errado. Por mais que não admitisse, a simples lembrança da voz da jovem levava para longe os sentimentos sombrio sobre a Kana e o casamento que tanto era comentado na sede.

Shigure por sua vez depois de tanto tempo voltou a pensar em tudo que havia acontecido em relação à Kana. Também lhe passava pela cabeça os últimos acontecimentos entre Hatori e Tohru, e sua mente não parava de repetir o mesmo filme e a sensação de ser trocado mais uma vez. Decidiu se isolar de todos para tentar organizar seus pensamentos e esse sentimento triste que o casamento de Kana lhe trouxe de volta. Com a desculpa de que sua editora estava ameaçando-o de morte se não terminasse seus livros passava a maior parte do tempo no escritório e o tempo que passava com a Tohru ele apenas limitava-se a contemplá-la em silêncio sem que os outros – todos absortos nos próprios problemas – percebessem.

Tohru se via no meio de um tiroteio, todos ao seu redor estavam estranhos e desanimados. Era evidente, por mais sonsa que ela pudesse ser, que havia algo muito errado com todos. Mas tendo medo de que ela fosse a “coisa” errada e não tendo coragem de se intrometer na vida de todos, preferiu não perguntar. Mas sempre que possível deixava claro que poderiam contar com ela se precisassem. Por mais estranho que lhe parecesse, sentia muito mais falta das constantes brincadeiras e deboches do Shigure, assim como a seriedade e a cortesia de Hatori, do que dos demais possuídos que freqüentavam a casa. Contentava-se então, nesses três meses com a companhia da Kisa e as freqüentes visitas mau humoradas de Hiro, e as histórias sobre sua mãe que a Uo-chan lhe contava.





* Foram três meses estranhos para todos. Com pensamentos e sentimentos que não experimentavam antes, dúvidas e preocupações que não podiam nem queriam dividir, os possuídos e Tohru preferiram passar esse tempo mais dentro de si do que convivendo com os outros. No final, tendo certeza ou não do que era certo ou não era, do que podia ou não podia, decidiram que a melhor saída era arriscar, correr atrás, lutar por aquilo. Afinal de contas, para eles amaldiçoados o máximo que podia era fazer valer a pena cada dia. *

by Leandra

120


*A amizade entre Kagura e Kunimitsu foi ficando mais forte, uma vez que além de colegas de trabalho também eram vizinhos. O discípulo tinha deixado passar 15 oportunidades de lhe contar sobre os seus sentimentos, mas cada vez que se preparava para se declarar falava as coisas mais absurdas.

A possuída e o Kyo apenas se encontravam no Dojo, os dois convites feitos por ela para que ele fosse ao seu apartamento foram recusados, apesar do rapaz estar com muita vontade de conhecer o apartamento dela, justamente nas duas vezes que foi convidado ele tinha que estudar para provo no outro dia na escola, o que Kagura interpretou como seu uma desculpa e não o convidou mais.

Seu sentimento pelo Kyo ainda era muito forte, mas estava tão ocupada com a faculdade, o trabalho, a casa nova e se divertindo com a amizade do Kunimitsu que os meses passaram sem que ela tivesse se dado conta.*

*Já para o possuído, nunca o tempo demorou tanto para passar. Ver a Kagura conversando tanto com o Kunimitsu o deixava ainda mais irritado, e ao ver que ela não o convidava para ir a sua casa, fez com que ele se isolasse ainda mais de todos. Levantava ainda mais de mau humor e quando estava em casa, ou ficava dentro do quarto ou em cima do telhado. Tohru estava percebendo que os dois garotos estavam com problemas, mas respeitava a vontade deles não falarem sobre o assunto*

*Kisa estava muito apegada a Tohru, o plano da Kagura havia dado certo. A pequena estava conversando mais, e apesar de sofrer ainda os mesmos abusos na escola, esses já não a machucavam tanto. Agora ela tinha um abraço sincero e cheio de amor de uma amiga.

Hiro por sua vez, estava a cada dia com mais raiva da Honda. Sentia que não era mais a pessoa mais importante da vida da Kisa. E sempre que ele ia até a casa do Shigure, já sabia que o assunto principal deles era a garota, que para ele era a pessoa mais chata do mundo. Ele simplesmente não entendi o porquê que a Kisa gostava tanto daquela menina tonta, sem graça, sonsa e lesada*

by Kyo

119


* Depois da conversa entre Hatori e Shigure sobre o casamento da Kana, passaram-se três meses e já estamos no meio da primavera. Nesse tempo os possuídos e demais, preferiram ficar com seus próprios sentimentos e problemas.

Yuki havia passada alguns dias na casa do Ayame, mas apesar de estreitar os laços de amizade e irmandade, e se acostumar um pouco com o jeito espalhafatoso do irmão, preferiu não tocar mais no assunto Akito. Decidiu primeiro colocar seus pensamento e sentimentos em ordem para assim saber se expressar com alguém. Ao voltar para a casa do Shigure e escola, tentou agir da maneira mais normal possível mas evitava de todas as maneiras conversar com quem quer que seja por muito tempo, sempre usando o grêmio ou sua base secreta como desculpa.

Akito durante todo esse tempo só permitiu a presença de Hatori quando não estava se sentindo muito bem. Não requisitou novamente a presença do Yuki porque desejava que esse viesse por conta própria, apesar de acreditar que ele jamais voltaria. Não permitiu as várias tentativas de conversa de Aaya, mesmo dizendo que queria falar sobre seu irmão. O kamisama nunca havia rejeitado tanto os seus possuídos por tanto tempo.

Ayame tentou várias vezes conversar com Akito, mas foi severamente rejeitado assim como todos os outros possuídos. Decidiu então esperar até que o mau humor de Akky passasse. Até mesmo porque agora tinha o seu irmão com quem se preocupar e Hatori, uma vez que o casamento de Kana estava próximo. Havia pensado em ficar mais presente na vida do irmão, mas percebeu que este queria o seu próprio tempo e espaço, então contentou em ligar para ele de vez em quando. Enquanto isso continuou seus trabalhos no atelier junto de Mine, por quem amizade e afeto crescia cada dia mais.

by Leandra

04/05/2008

118



*Shigure fica observando o primo que está terminando de fumar o cigarro*

-Você ainda fica abalado só de vê-la, não é mesmo?

*Hatori olha para o primo e depois para o cigarro que estava no meio de seus dedos, sempre que estava nervoso o médico fazia aquilo, em três tragadas acabava com o cigarro, ele caminha até a mesa e apaga o resto no cinzeiro*

-Não adianta mentir. *ele se senta na frente do escritor*

-Para mim não. *Shigure lhe dá um sorriso muito sincero*

-Ela vai se casar na primavera.

-Akito-san me contou na festa de ano novo.

-.......Acho que eu nunca imaginei que ela iria se casar com um outro homem...

*Shigure ao escutar aquelas palavras abaixa a cabeça e sente um nó na garganta* #Eu já senti essa dor antes. Quando ela me falou que tinha se decidido a casar com você.# *ele volta a olhar para o primo que está perdido em seus pensamentos* #Não imagina a culpa que sinto Haa-san. Um dia ainda irei pedir o seu perdão. Mas antes disso, vou cumprir com a minha promessa, de que não deixaria que nunca mais a Kana ou a Akito lhe ferisse*#

-Ainda me lembro do dia que me apresentou. *Hatori olha para o primo* -Você tinha razão, ela foi uma ótima ajudante....... Porque você não continuou com a amizade que tinha com a Kana?

-Porque ela se esqueceu disso também.

-É, precisei apagar toda a memória dela com relação a qualquer um de nós possuídos, essa foi uma ordem do Akito-san. Mas você poderia ter voltado a ser amigo dela....

*Shigure pega um cigarro e acende* #essa conversa está indo para um caminho que não me agrada, ainda não me sinto confortado para falar sobre ela ou eles#

*Os dois ficam em silencio por alguns instantes. Mas Shigure repara que em um determinado momento o primo ficou um pouco corado. Shigure dá uma tragada e resolve provocar o médico*

-Aposto que se lembrou do sutiã da Tohru... *Shigure vê que o médico estava agora completamente roxo e ele fica de pé com as mãos na mesa* -O QUE??? NÃO ACREDITO QUE ACERTEI.

-...... #eu sou um mostro!#

by Kyo

117


tap tap tap tap

*Assim que escuta os passos que sobem as escadas, o possuído voa até a porta e a abre*

-Bom dia, Kyo. *Tohru estava justamente passando na frente do seu quarto*

-Oi. *Ele olha com o canto dos olhos na esperança de que mais alguém estivesse subindo as escadas*

-Err.....está com algum problema? *Tohru percebe que o semblante dele estava um pouco preocupado*

-Nada. O almoço vai demorar?

-Ah, já vou começar a preparar, vou preparar uma coisa bem gostosa para as visitas...

-VISITAS??? * coração dele fica um pouco mais acelerado*

-Sim, o Hiro-kun e o Hatori estão aqui.

-Ahhh..... *o desapontamento estava estampado em seu rosto*

#Por quem será que ele estava esperando?# *Apesar da curiosidade a garota acha melhor não perguntar nada*

-OK. Me chama. *ele volta a se trancar no quarto novamente*

#Será que o Kyo e a Kagura-chan brigaram? Faz tempo que ela não vem até aqui.# *Tohru que estava toda pensativa na porta do quarto do gato vê a porta do quarto do Yuki se abrindo e as duas crianças saindo*

-Já voltou ao normal, Hiro-kun.

-HUNFF *Ele vira à cara de lado*

-Errr.... #Acho que ele não gostou de ter vindo no meu colo# -Kisa-chan, vou preparar o seu prato favorito hoje.

-Obrigada, Tohru-chan.

*Hiro volta a olhar para as duas garotas* -Você sabe preparar Gyudon - Gyudon?

-Sei sim, Hiro-kun. O senhor também gosta?

-Gosto de tudo o que a Kisa gosta. *Ele a segura pela mão* -Vamos Kisa, vamos brincar um pouco lá fora. *ele nem dá tempo para ela responder e eles descem*

#Parce que a Kisa-chan é a melhor amiga dele. # *ela caminha em direção de seu quarto* #Acho que a amizade entre os possuídos é forte para todos, isso porque ter amizade com alguém de fora dos doze é algo praticamente impossível para eles.#

*Tohru entra no quarto e fica parada* #Acho que a amizade entre o Shigure e o Hatori também é muito forte. Naquele dia que eles brigaram eu fiquei muito preocupada, mas ainda bem que eles resolveram a diferença rapidamente#

by Kyo

116


Tap tap tap tap tap

#Essa foi a Tohru# *Kyo estava sentado ao lado da janela, olhando o lindo dia de sol mas com um vento de inverno que fazia lá fora, refletindo ainda mais o branco da neve*

-É aqui, Hiro-kun

-Espera um quarto melhor por ser o do rato

Blaammm


#Os fedelhos também já voltaram# *O possuído se levanta, caminha até a cama e se deita um pouco desanimado, olhando para o teto*

#Aposto que a Kagura já está no seu novo apartamento. Ela sempre falou que queria morar sozinha antes de se casar comigo, mas nunca acreditei que fosse verdade.# *Ele dá um longo suspiro* #Acho que nunca acreditei, principalmente no fato de que ela realmente queria casar comigo.#

Tap tap tap tap tap

#Humm, a Tohru está descendo novamente. Será que???# *ele se senta na cama de supetão* #Será que a Kagura está aqui?# *Kyo vê o seu reflexo refletido na janela do seu quarto e por um instante não se reconhece* #Mas que %$#@( foi essa? Por que agi dessa maneira só de pensar na Kagura?# *Ele volta a se jogar de costa da cama* #Eu não entendo o que está acontecendo. Mas tudo isso ainda é culpa daquele maldito sonho# *Kyo fecha os olhos e coloca o braço direito em cima deles, mas tal ato dura muito pouco, logo ele o tira e fica olhando assustado para o teto*

*O rapaz se recorda que o discípulo do Mestre, tinha ficado de ajudar a possuída com a mudança, e sente uma sensação estranha* #Aquele?? Aquele rapaz que aparecia com a Kagura no meu sonho....... Será que era o Kunimitsu??# *Kyo volta a ficar sentado na cama e passa a mão pelos fios laranjas de seus cabelos* #Eu não consigo me lembrar quem era aquela pessoa do sonho#

*cheio de raiva o possuído ergue o braço esquerdo e acaba dando um forte soco na parede* #Mas o que &¨%$* é essa que estou sentindo? Por que estou ainda tão incomodado com aquele sonho?#

by Kyo

115


* Tohru pediu licença e retornou para o seu quarto percebendo que os dois estavam no meio de uma conversa. Shigure e Hatori vão para o escritório onde o escritor sentou-se em sua mesa e o Médico preferiu fumar outro cigarro na janela. *

- Haa-san, como assim uma próxima vez? Afinal de contas o que aconteceu?

- Eu vi a Kana hoje!

* Um profundo silêncio se instalou entre os dois. Esse nome muitas vezes soava como uma maldição maior do que os 12 signos. Shigure respirou fundo, relembrou de sua própria promessa e disse. *

- E isso é motivo para você molhar a blusa de uma garota inocente só pra espiar seu sutiã?

* Hatori imediatamente ficou vermelho e perdeu a costumeira calma. *

- Você perdeu o juízo, Shigure? Já disse que foi o Hiro-kun quem derrubou o suco!

- Hauhauhauah. Eu sei, eu sei, Haa-san. Mas vê-lo com aquela expressão triste por causa dela valia a piada.

- Hunf.

by Leandra

114


- Obrigado por devolvê-lo! Não se preocupe quanto a isso, o importante é que você não se resfriou. Voltarei de carro para a sede então não haverá problemas.

* Com um sorriso muito gentil, Hatori conseguiu fazer com que a garota não se preocupasse mais. Mas estar ali tão perto dela e olhando-a tão diretamente nos olhos fez o seu coração bater mais acelerado de uma maneiro sutil como não acontecia a muito tempo. *

# Isso deve ser por causa da Kana. Tudo isso acontecendo junto está me deixando louco. Até pensar em saber se ela trocou o sutiã e como ele seria agora, eu cheguei a pensar. #

* Ele olha para o Shigure com um olhar ameaçador, e o pobre do cachorro sem entender nada ficou imaginando o que fizera de errado dessa vez. Ele tira a mão sobre a cabeça da Tohru e caminha em direção ao escritório para colocar o casaco sobre a poltrona. *

# A doença pervertida do Shigure é definitivamente contagiosa. #

- Hatôrii, er... obrigada por ter me emprestado o casaco, eu não ia conseguir mesmo secar... – ela fica um pouco vermelha, mas olha pra ele e sorri ainda mais alegremente – Mas da próxima vez eu prometo que não vou ser estabanada!

* O médico parou e olhou pra ela com uma expressão de surpresa. *

# Da próxima vez?! Então ela não estava se sentindo tão incomodada com a minha companhia quanto eu imaginei? #

- Na verdade foi o Hiro-kun, Tohru! Você não foi estabanada! – Ele sorriu – Na próxima vez eu escolho um lugar mais calmo!

# Sim, se ela mesma mencionou uma próxima vez não há porque não. Não é como um encontro ou uma coisa do tipo. Não é como se eu me tornasse de repente alguém como o Shigure interessado numa colegial. A companhia dela me faz bem, assim como faz bem a todos dessa família, não existe mal algum em recompensá-lo por tudo de vez em quando a levando aos lugares diferentes. #

by Leandra

113


* O médico olhava pensativo pela janela enquanto fumava seu cigarro, enquanto o primo sentou-se no chão e ficou em silêncio observando-o. Após alguns minutos o médico vira-se em direção a Shigure mas permanece olhando a neve lá fora que dava sinais de começar a derreter. *

- O inverno está terminando, parece que a neve já começou a derreter outra vez.

- Sim, é isso o que sempre acontece não é, Haa-san? A neve sempre derrete para a primavera chegar!

* O médico lembrou-se das palavras de Kana respondendo a sua pergunta, seu coração se angustiou por um momento, mas antes que pudesse realmente ficar triste a voz da Tohru dando a mesma resposta com aquele sorriso puro, o faz sorrir sem perceber. *

- Hum... no que você está pensando pra sorrir dessa maneira?

* Hatori fica um pouco envergonhado quando foi avisado por Shigure que sorria, mas antes que respondesse Tohru desce as escadas com a blusa devidamente trocada e o casado dele nos braços. *

- er... E-eu não quis a-atrapalhar, Shigure, Hatôrii...

- Não está atrapalhando nada, Tohru. – O médico estende o braço pra pegar o paletó e por um segundo demora-se na blusa da garota.

# Mas o que eu to fazendo? #

- Eu preferia entregá-lo limpo e seco, Hatôrii. Mas ainda está frio lá fora! Mas... mas o-o casaco está um pó-pouco úmido. – Ela fala um pouco envergonhada sem poder fazer as coisas direito.

* Hatori coloca a mão sobre a cabeça dela se aproximando mais enquanto ela olha diretamente para o seu rosto. *

by Leandra