04/12/2009

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Kazuma havia chegado todo ofegante na casa, e esperava em pé no meio da sala, por sua ilustre moradora.

-A que devo a honra de sua visita, Kazuma-san

-Como está Ren-san?

O homem se inclina de maneira bem respeitosa a sua frente.

-Veio me avisar que finalmente aconteceu ao Akito o mesmo que a mim? O trancaram em algum lugar alegando que ele ficou louco?

-Vim avisar a esposa do nosso antigo patriarca que nesse atual momento sou eu a pessoa quem ocupa as funções de seu falecido esposo.

-Você? E Akito? O que aconteceu com ele?

-Devido a um problema de saúde Akito-sama teve que se afastar por alguns dias da sede.

Ren se senta no tatame e Kazuma se senta a sua frente.

-Agradeço a consideração que o Kazuma-san teve ao vir me avisar disso. A minha prisão domiciliar continuará sendo essa mesma, ou irá me transferir para outro lugar? Não me diga que irá me mandar para o retiro? Não foi lá que os Sohmas deixaram o seu avô preso por vários anos?

Ren odiava todos os Sohmas e não perdia a oportunidade de ferir a qualquer um deles. Kazuma já imaginava que aquela conversa não seria fácil, mas estava disposto a conversar com aquela mulher, afinal, ela tinha sido a esposa do patriarca anterior.

-Se eu pudesse derrubaria aquele lugar.

-O Kazuma-kun sempre foi um Sohma que me intrigou muito. Sempre teve um posicionamento diferente dos demais do clã, principalmente com relação aos possuídos. Foi até mesmo capaz de adotar aquele garoto quando ele ficou órfão de mãe.

-Creio que com relação aos possuídos pensamos a mesma coisa.

-Que são pobres coitados? Que Akito os faz de brinquedos com essa história estúpida de enlace? Se pensar assim, então de fato pensamos a mesma coisa.

-Por que a Ren-san sempre pensou isso?

-Porque essa é a única verdade.

-Gostaria de entender as razões dos pais odiarem os seus próprios filhos.

-Sim, nesse ponto eu sou igual ao sobrinho daquela velha nojenta. Ambos odiamos os nossos filhos.

-Você deveria dizer que odeia a sua FILHA.

Ao escutar aquilo, Ren fecha com forças as suas mãos.

-Então já descobriu esse segredo?

-Descobri ontem. Mas não poderei contar os detalhes.

-Hunf!! Certamente foi aquela velha asquerosa da Yoko. Ela sempre jogou na minha cara o fato de eu não ter gerado um filho homem para o meu amado Akira. Que se o meu amor fosse realmente tão grande por ele, que eu teria lhe parido um filho macho.

-Pelo visto, a Ren-san odeia ainda mais a Yoko-san do que o Akito-sama.

-É, pode ser que tenha razão.

-Curioso, isso até parece ser aquelas relações de amor e ódio entre nora e sogra.

-AAHAHAHAHHAHAHAHAHAH

Ren ria sem parar e Kazuma a olhava espantado.

-O Kazuma-san de fato é um Sohma bem diferente dos outros, o senhor consegue pensar.... ahahahahhahaha Aquela pobre infeliz da Eiko-chan deve estar tranqüila vendo que o filho é criado por alguém como o senhor... ahahahah

- É claro!!! A Ren-san conheceu a mãe do Kyo!

-AHAHAHAHHA.... Não estou falando!! O Kazuma-san é o único de todo o clã que deve ter uns 3 ou 4 neurônios. Ahahahahha... Esse clã maldito que é formado de burros e cegos....... ahahahah.... Não é a toa que ficou como o novo patriarca.... ahahahah

Kazuma percebe que aquela era a oportunidade que ele estava esperando para lhe perguntar o que queria de fato saber.

-Por um acaso a Ren-san sabe de outros segredos dos Sohmas e é por isso que nos chama de burros e cegos?

Ren para de rir e olha atentamente para o Kazuma.

#Será que ele conseguiria realizar o meu desejo? Não perderei nada se tentar, e ganharei a minha vingança se ele descobrir.#

-Quem dentro desse clã não guarda uns dois ou três segredos? Acredito que deveria aproveitar que está com um tempo livre, agora que é patriarca, e estudar melhor a árvore genealógica da sua família. Se olhar com atenção verá que tem certas coisas que não batem.

O homem a olhava atentamente e sabia que apesar de não ter entendido o que ela havia falado, certamente aquela era alguma dica para ele encontrar a resposta de sua pergunta.

A Mulher se levanta e lhe sorri de forma muito sarcástica.

-Depois venha me contar o que encontrou, Kazuma-SAMA.

A mulher se inclina em sinal de respeito e o professor vai embora.

#Eu prometi a Tsukiko-sama que nunca contaria esse segredo para ninguém, mas nunca lhe prometi que iria protegê-lo.#

Kazuma voltava para a mansão com passos bem apressados, queria analisar todos os documentos antigos sobre a árvore genealógica dos Sohmas.

by DonaKyon

02/12/2009

169


Kazuma fica um pouco sem ação ao escutar aquilo. Shigure e Ayame apenas o olhavam sem entenderem o que estava acontecendo.

-.... Por favor, Hatori, diga ao meu filho para não vir ao Dojo por esses dias. E muito obrigado, por me avisar.

O homem desliga o celular e o entrega ao seu dono.

-O que foi Kazuma-san?

-Shigure, acho que você tinha razão.

-O que o Haa-san descobriu?

-A Yoko-san acabou de mandar para trabalhar no Dojo uma empregada que se parece com a Eiko-san.

-Mas Akito a tinha mandado trabalhar bem longe da sede.

-Parece que a Yoko-san fez questão de não cumprir justamente essa ordem.

-Eu sabia. Aquela velha está escondendo alguma coisa.

-Do que estão falando?

-Não se preocupe, Aaya. Lhe contarei tudo no caminho. Kazuma-san, tome muito cuidado.

Os dois possuídos saem da biblioteca deixando o professor todo pensativo.

#Com qual objetivo a Yoko-san mandou para o Dojo uma empregada que é parecida com a Eiko-san? Será que ela só queria perturbar o Kyo com isso? Mas por quê?#

Yoko da janela do seu quarto tinha uma visão que lhe favorecia ver quem chegava e quem saia da mansão, e depois de ver que o Shigure e o Ayame tinham saindo da casa, ela vai até a biblioteca. A governanta bate na porta e ao escutar a ordem para entrar ela a abre.

O homem tinha voltado a revirar a ampla biblioteca atrás de alguma informação para terminar com a maldição, e agora estava sentado no tatame com duas pilhas enormes de livros a sua frente.

-Kazuma-san, o que desejará comer agora à noite?

-Pode ser qualquer coisa.

-Que bom que todos do clã o aceitaram como patriarca.

-Será por poucos dias.

-É por isso que está tão desesperado para encontrar o que procura?

O professor fecha o livro que lia colocando-o no chão e olha para a mulher que estava a pé ao lado da porta.

-E isso lhe preocupa?

-Claro. Como governanta da mansão dos patriarcas dos Sohmas, e quem viu o nascimento nessa casa dos dois últimos patriarcas, eu tenho a obrigação de me preocupar com o bem estar e os desejos dos patriarcas.

-A Yoko-san está aqui na mansão desde quando?

-Cheguei alguns anos antes morte do avô de Akito-sama.

-Akio-sama, lembro-me um pouco dele. O Akira-sama era o seu filho mais novo, e foi o seu único filho homem também. Eu cheguei a brincar algumas vezes com o antigo patriarca, creio que ele teria uns dois ou três anos mais do que eu se estivesse vivo.

-Ele seria quatro anos mais velho que o senhor.

-Sem dúvida a senhora tem uma ótima memória.

-Não está mais tão boa como era antes.

-A última vez que estive com Akira-sama, foi um pouco antes do seu casamento com a Ren-san.

-Aquela mulher o roubou para ela. Depois que se casaram ninguém mais chegava perto do Akira-sama. É por isso que ela odiou tanto o Akito-sama quando ele nasceu. Ele foi o único que conseguia afastar o patriarca dela.

O homem se levanta e cruzas os braços.

-Yoko-san, me lembrei de que tenho um compromisso agora. Voltarei antes da hora do jantar.

#Como não me lembrei dela antes#

Kazuma passa pela mulher a deixando sozinha na biblioteca. O que lhe dá a oportunidade de ir ver quais tipos de livros ele estava lendo.

#Esse livros são de histórias antigas a respeito da maldição dos doze signos do zodíaco. Será que ele acha que existe alguma maneira de acabar com a maldição deles? É isso que ele está procurando? Esse homem ama tanto assim aquele monstro? Logo ele que desprezava o avô quando era criança, agora está aqui, desesperado a procura de uma maneira de acabar com a maldição do filho adotivo.#

Yoko pega um dos livros mais antigos e que era escrito a mão e o esconde na manga de seu quimono.

#Pode ser que o Higuchi-kun tenha razão. Talvez possamos nos livrar do Kazuma-san da mesma forma que nos livramos da Eiko-san.#

by DonaKyon

29/11/2009

168


Shigure abria a porta da biblioteca ainda chorando de tanto que estava rindo, e ao seu lado estavam os dois primos.

-Kazuma-san, o senhor infelizmente perdeu a melhor parte da reunião do clã.

- O que aconteceu, Shigure?

-A minha querida ”sogrinha” começou a protestar novamente pelo fato do marido dela não ser o patriarca, e aí o Aaya lhe fala que se ela queria tanto assim ser a esposa do patriarca bastava que ela separa-se do marido e se casa-se com o senhor.... ahahahhahaha

-Acredito que o Kyo não irá aceitar isso.

-AHAHAHAHHAHAHAH, É VERDADE A SHINSEN-SAN FICARIA SENDO A MÃE DE TRÊSPOSSUÍDOS.... AHAHAHHAHAHAHA

-É verdade Guretti. Até euzinho me esqueci disso... ahahahahhaha

Hatori deixa os possuídos se matando de tanto rir e pergunta ao novo patriarca.

-O senhor já tem separado os documentos para enviarmos ao Hanajima-kun?

-Sim, Hatori. São esses daqui.

-Ora, ora.... Vejam só a pressa que o nosso médico está!

Hatori apenas olha furioso para o Shigure, mas esse nem se intimida com o seu olhar. O médico pega a pilha de documentos, tudo o que ele queria agora era ir para perto da Akito.

-Ficará parado aí ou irá comigo?

-Pode deixar Tori-san. Eu mesmo levarei o Guretti para casa.

-Por que vocês não aproveitam para fazer uma lua-de-mel?

Ayame e Shigure olham-se entre si e começam a rir.

-Ahahahahha, escutou essa Aaya? Ele já a quer só para ele.

-Ahahahhah, o nosso Tori-san finalmente está agindo como um homem apaixonado.


BLAMMM


-AHAHAHAHHAHAHAHAH

#São dois idiotas mesmo.#

O médico deixa os dois possuídos rindo dentro da biblioteca e começa a caminhar com passos bem largos pelo corredor da casa quando escuta o Kazuma a lhe chamar.

-Hatori... Poderia me fazer um favor?


-Certamente que sim, Kazuma-san.

-Deixe esses papéis lá no Dojo.

-Se tiver qualquer problema, por favor, me ligue, Kazuma-san.

-Mande lembranças ao meu filho.

O médico volta a caminhar pelo corredor.

#De fato, estou agindo como um homem apaixonado, mas aqueles dois não precisam fazer piadas disso.#

Hatori entra no carro, e coloca os documentos no banco de trás.

#Em pensar que ontem ela estava aqui atrás. Tão perto e ao mesmo tempo tão longe de mim. Não vejo a hora de tê-la nos meus braços. #

O médico por pouco não se esquece que tinha que passar no Dojo, ele para o carro e buzina. Uma jovem empregada sai de dentro da casa.

#Mas aquela é.... O que ela está fazendo aqui?#

-Pois não, Hatori-san?

-Você não é a empregada da casa do patriarca que eu cuidei a duas noites?

-Muito obrigada pelos seus cuidados. Não tive a oportunidade de lhe agradecer antes.

-Achei que o Patriarca a tivesse mandando trabalhar em outra de nossas propriedades.

-A Yoko-san, me pediu para cuidar do Dojo do novo patriarca, durante a ausência de Akito-sama.

#Por que a Yoko-san não obedeceu a uma ordem tão direta de Akito?#

-Por favor, o patriarca mandou esses documentos para o seu assistente.

A mulher pega os papéis e volta para dentro da casa enquanto que o médico saia com o carro e procurava pelo celular dentro do bolso do paletó.

#Isso é muito estranho!#

Com um pouco de dificuldade, por estar dirigindo, ele liga para o celular do Ayame.

-Alôo...

-AHAHAHHAHAHAHAHHA

#Que vontade de desligar!# -Ayame, é sério! Ainda estão com o Kazuma-san?

Ao perceber que a voz do médico estava bem séria, a serpente fica apreensiva e para com a brincadeira.

-Estamos sim, Tori-san

-Me passe para ele.

- O que foi Hatori?

-O senhor está com uma nova empregada, não é mesmo?

-Sim. A Yoko-san a mandou para o Dojo hoje.

-O senhor já a viu?

-Não. Por quê?

-Essa moça que está trabalhando no Dojo se parece com a Eiko-san.

Kazuma fica um pouco sem ação ao escutar aquilo. Shigure e Ayame apenas o olhavam sem entenderem o que estava acontecendo.

by DonaKyon