29/05/2009
88
#Os Sohmas são realmente muito curiosos. Existe uma coisa neles que o afastam dos outros. Mesmo eu que sou uma Sohma por causa do meu marido, não sei nada deles, e eles parecem que fazem questão de me ignorarem. Será que é porque eu não sou uma japonesa?#
Elisa percebe que o Hatori a olha mais uma vez, só que dessa vez percebe também uma certa hostilidade em seu olhar.
#Isso não é uma impressão minha. Parece que ele me odiar. Mas por quê? Eu nunca lhe fiz nada...#
Momo solta da mão da mãe e a mulher olha para ver onde a menina tinha ido.
-Eu vou falar com o papai, Momi-kun. Quem sabe o papai não me deixa ter aulas de violino junto com você?
Momiji lhe sorri um pouco nervoso, imaginando que o pai fosse brigar com ele, mas ao mesmo tempo estava feliz por poder sonhar um pouco que poderia passar algumas horas do dia com a sua irmã. A menina vai até a Tohru para se despedir e depois atravessa a rua de mão dada a mãe e voltam para casa.
-A Honda-san quer conversar comigo agora?
-O que é que a Tohru-chan quer falar com o Harry?
-Ahahahahah.... Ela vai se declarar para o nosso charmoso médico, Momicchi....
Ao escutar aquilo, Momiji se aproxima da Tohru com um olhar cheio de piedade.
-É isso mesmo, Tohru-chan?? Você gosta do Harry?
-NÃO... NÃO... NÃO É VERDADE! Eu... Eu só quero lhe perguntar algo sobre a Elisa-san...
-Sobre a minha mãe?
-Sim. É possível o efeito da hipnose passar com o tempo?
-Não. Isso nunca aconteceu antes. Por que está perguntando isso?
-É que a Elisa-san me contou que às vezes ela tem a sensação de que se esqueceu de algo muito importante.
-Talvez ela estivesse se referindo a outra coisa. É impossível que ela se lembre do Momiji.
-Mas ela fala no Momiji-kun com muito carinho.
-É por que ela pensa que sou apenas um sobrinho qualquer.
Tohru percebe que aquele era um assunto que machucava muito o garoto e acha melhor não continuar. Não queria dar falsas esperanças para o possuído, e se o médico tinha falado que era impossível que a mulher lembrasse o que aconteceu, não adiantava continuar com aquela conversa.
-Tenha muito cuidado Momicchi. A sua irmã não pode descobrir a verdade sobre a maldição.
-Eu sei Shii-chan.
-Momiji-kun, o senhor aceitaria almoçar comigo e as minhas amigas?
-Sim... sim...
-Ah, Honda-san. O Shigure me contou que uma amiga sua descobriu o segredo da maldição.
-Não se preocupe senhor Hatori. A Hana-chan nunca irá contar para ninguém.
-A minha maior preocupação não é essa. Mas sim o fato dela estar namorando o Kyo. Se Akito-san descobrir isso, temo que algo muito ruim poderá lhe acontecer.
Tohru já sabia que o namoro era uma farsa entre os dois, mas não se acha no direito de contar tudo para eles.
-Será que Akito-san nunca nos deixará ter uma vida um pouco normal?
Diferentemente de todas as outras vezes que o médico escutava alguém falando mal de Akito, dessa vez ele sente um pouco de irritação.
-Momichi, dentre todos nós, Akito-san é a pessoa que tem a sua vida bem mais longe de ser normal.
-E é por isso que o patriarca faz o que faz?
Hatori faz uma menção de responder ao coelho, mas percebe que não poderia lhe falar nada, uma vez que não poderia fazer com que ele entende-se a dor de Akito sem revelar o maior segredo dos Sohmas.
#Não posso falar que ela é uma mulher......#
Os possuídos e a colegial que estavam prestando atenção na conversa do médico e do coelho se assustam com a expressão que o médico estava fazendo agora. Sua face era ao mesmo tempo de perplexidade e de choque.
-Eih, Haa-san?! O que houve?
O médico olha para o escritor e coloca as mãos em seus ombros.
-É isso! Shigure, é isso!
-Isso o que??
-Depois a gente conversa melhor. Boa noite, Honda-san. E trate de ir para casa logo, Momichi, senão ficará doente.
O médico começa a caminhar rumo de casa, mas muito pensativo.
by DonaKyon
27/05/2009
87
Hatori acompanhava Shigure até o portão principal da sede. Aquela visita ao final não tinha se tornando o grande suplicio que o médico imaginou que seria, pois foi sido graças a ela, que ele agora podia entender um pouco mais do sofrimento de Akito. Os dois tinham bebido um pouco mais do que deveriam e caminhavam lentamente enquanto iam conversando.
-Hihihi.... O Harry e o Shii-chan estão vermelhos....
-Ahh, se não é o pequeno Momicchi, o que está fazendo aí?
Momiji dá um salto e desce de cima do muro ficando ao lado dos possuídos.
-Estou esperando a Tohru-chan. Ela já deve estar saindo da casa dos meus pais.
-Mas deveria está com pelo mesmo um cachecol, assim poderá pegar um resfriado.
-Sem problemas, Harry. O calor do meu coração aquece o meu corpo todo.
Hatori dá um sorriso para o Momiji. O possuído pelo espírito do coelho era o único que estava acostumado a ver aqueles breves momentos de afetividade do médico. O dragão tinha um carinho muito grande pelo coelho, se sentia responsável pela grande solidão que o garoto sentia, e desde de que havia apagado as memórias de sua mãe, o tinha adotado como se fosse um irmão mais novo.
Os três possuídos caminham até a calçada e ficam esperando pela colegial, que poucos minutos depois surgia do outro lado da calçada acompanhada pela Elisa e a Momo.
-Olha Mamãe... Olha... Lá está o Momi-kun... MOMI-KUN... MOMI-KUN...
A pequena criança solta da mão de sua mãe e atravessa a rua correndo para ir falar com o Momiji. Tohru corre atrás da menina temendo que ela fosse abraçar o possuído.
-Oi Momo-chan. Gostou de ficar com a Tohru-chan?
-Sim, mas eu queria que você também fosse. Eu gosto muito de brincar com você também.
-Muitíssima boa noite, senhor Hatori, senhor Shigure.
#Ah, então esses são o médico que cuida do Momiji e o escritor com quem a Honda-chan mora.#
Elisa atravessava a pequena rua arborizada que separava os dois mundos dos Sohmas e se inclina para os cumprimentarem. Ato repedido pelos três possuídos de uma maneira bem formal.
-Como está Momiji-kun.
-Eu estou bem senhora Sohma.
-Momiji-kun, você pode ir brincar comigo amanhã?
-Errr.... eu não posso Momo-chan....
Hatori que até então estava olhando a conversa entre os dois irmãos, percebe que alguém estava o observando fixamente e ele levanta a cabeça e encontra os olhos de Elisa em cima dele. O médico desvia rapidamente o olhar. Só havia duas mulheres no mundo que ele não gostava; a Ren Sohma e a Elisa Sohma.
-Me desculpe. Mas tenho a impressão de já lhe conhecer, Hatori-san.
-Eu estive auxiliando no dia do parto da senhora.
-Ah... Muito obrigada! Mas tenho a sensação de que conheço de algum outro lugar também....
Os outros dois possuídos e a colegial olham um pouco aflitos para eles.
-Provavelmente do almoço do primeiro dia do ano.
-É... Pode ser isso...
-Mamãe, posso começar a ter aulas de violino também?
Elisa se abaixa para falar com a filha e Tohru se aproxima do médico e do escritor, ela queria conversar com o médico, mas sabia que não podia lhe perguntar nada na frente da mulher e da menina.
-Não é melhor a gente entrar, Haa-san?
-Vamos ficar só mais um pouco.
O médico não tinha coragem de interromper aqueles poucos segundos de alegria do Momiji. Ele conversava com a irmã com um brilho nos olhos que era capaz de cativar qualquer coração.
-Err, senhor Hatori, eu gostaria de conversar depois com o senhor, posso?
-Não vai se declarar para o Haa-san, né Tohru-kun?
-NÃOOO.... É CLARO QUE NÃOOO...
Shigure começa a rir, ele se divertia muito quando deixava a menina sem graça com alguma de suas brincadeiras. Elisa ao ver o escritor rindo se levanta e olha para o grupo.
by DonaKyon
24/05/2009
86
A garota se abaixa e fica lhe olhando sem entender o motivo daquelas risadas, certamente ele não estava rindo apenas da sua frase e ela não se lembrava do que estava pensando naquele instante em que tinha falado.
-AHAHAHAHAHAHAH..... Tá explicado...... AHAHAHAHAHAH..... É por isso.....AHAHAHAH.... por isso que a gente se deu tão bem assim..... AHAHAHAH
#Entendi agora. Mas é bom vê-lo tão leve e feliz assim. Nunca tinha visto essa expressão em seu rosto. Ele está ainda mais lindo. O meu maior desejo agora era de lhe beijar novamente.#
Kyo escuta os pensamentos da garota e se lembra da imagem dela soltando os cabelos e seu coração volta a bater mais forte. O possuído para de rir e aproxima o seu rosto do dela, tocando suavemente em seus lábios. O coração dos dois batia muito mais forte e ao mesmo tempo eles fecham os olhos e se beijam abaixados no meio da calçada sem se importarem com as pessoas que estavam passando pela rua.
#-Ele.... Ele.... ele a beijou..... Eu te odeio, sua bruxa maldita#
A jovem colegial que estava se escondendo atrás de uma árvore ao ver a cena, começa a caminhar com os olhos cheios de lágrimas. Não conseguia ficar ali vendo aquela cena por mais tempo. O beijo era cheio de sentimentos de ambas as partes, mas sentimentos que nenhum dos dois podia descrevê-los. Kyo é o primeiro que abre os olhos. E vê que aquela imagem da garota com alguns fios de cabelo soltos em seu rosto e de olhos fechados a deixavam ainda mais linda.
-.....realizei o seu desejo.....
A garota abre os olhos e se vê dentro do olhar do Kyo. Parecia que se coração ia explodir de tanta felicidade. Aquele sentimento que estava em seu peito era totalmente diferente do que tinha vivido antes.
-Uhuuuu..... É o amorrrrr......
Um grupo de estudante passa ao lado deles e começam a fazer algumas gracinhas obrigando os dois a se levantarem cheios de vergonhas. Só agora tinham se dado conta de onde estavam. Hanajima volta a caminhar, mas com a cabeça baixa, e o Kyo que caminhava ao seu lado se manteve com a cabeça erguida e um pequeno sorriso nos lábios.
#Por que ele me beijou? Ele não precisa ser tão realista nesse falso namoro.#
Kyo ao escutar aquilo para de caminhar e a fica olhando.
-Foi mal tá. Eu apenas fiz aquilo que queria que eu fizesse.
A colegial se lembra do que estava pensando antes e percebe que o garoto havia lido os seus pensamentos.
-Desde quando você estava lendo os meus pensamentos?
Kyo nada lhe responde e volta a caminhar, deixando a garota um pouco irritada.
-Isso é horrível! Eu não vou conseguir ficar assim por muito tempo. Me irrita vê-lo tão tranqüilo, parecendo que está lendo os meus pensamentos.
-Não parece. Eu estou ouvindo.
#Será que ele sabe do meu crime?#
-Se não quer que eu saiba de tal crime, então não pense nele, e continue falando qualquer coisa que lhe venha à mente. Por mais que fique irritada, agora é tarde. Eu continuarei com esse falso namoro e também quero saber o porquê que não consegue ler a minha mente.
-E por quê? Por que quer me ajudar tanto assim?
Kyo abre a boca, mas não consegue lhe dar uma resposta. Ele mesmo não sabia as razões de desejar ajudar aquela garota.
-Eu já sei o caminho daqui. Pode voltar para a sua casa. Amanhã eu te espero na porta da escola.
Ele se vira e começa a caminhar em direção da estação. Hanajima tentava não pensar em nada. Sentia-se muito insegura, não só por não poder controlar os seus pensamentos, como também por sentir que seu coração estava um pouco machucado, devido a ausência de uma resposta pelo garoto a sua pergunta. Ela realmente queria saber o porquê que ele estava querendo a ajudar tanto.
by DonaKyon
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