04/10/2008

422


Ayame olhava aquela cena com algumas lágrimas nos olhos.

#Que humilhação! Não sou digno de ficar ao lado dela. Como poderei viver sabendo que sempre serei um inútil para ela? A Mine-san merece um homem que possa carregá-la em seus braços quando precisar. Ela merece um homem que de fato pode a proteger.... E eu não sou esse homem...#

Pierre caminhava com muita dificuldade e por umas três ou quatro vezes quase deixou a garota cair no chão. Ayame caminhava muito nervoso na frente deles, mas tentava disfarçar ao máximo.

-Muito bem. Muito bem. Agora suba as escadas com cuidado.

-Ahn... Monsieur Sohma não é melhor a pegá-la agora? Eu estou ficando sem forças...

-Oras vamos! É claro que o senhor consegue. Vamos... um pé de cada vez no degrau...

O homem coloca o pé direito primeiro e depois o esquerdo e sobe no primeiro degrau. Depois o pé esquerdo e o direito e outro degrau. Ele olha para aquela escada em caracol tentando imaginar quantos degraus ainda teria que subir. Como era um homem bem fraco a cada degrau que subia, sentia que a Mine ficava mais pesada.

#Preciso ligar para o Haa-san. O que será que a Mine-san tem? Porque que ela desmaiou?.... AHH?! Será que ela está grávida???#

O possuído dá um tapa em sua própria cabeça.

#É claro que não Ayame! Faz apenas uma semana que estão juntos.#

Ele olha novamente para a garota desacordada no colo daquele homem, pela primeira vez sentia um gosto amargo em sua boca e um aperto em seu coração. Aquilo que estava sentindo tinha um nome. Ele sabia o que era, mas nunca imaginou que um dia iria sentir aquilo. Ele sabia que estava morrendo de ciúmes. Ver a mulher que ele ama nos braços de um outro homem, estava o machucando muito.

#Como é dolorido esse sentimento.#

Ayame sobe mais três degraus e espera o homem o alcançar novamente.

#Nunca me odiei tanto por ser um possuído como estou me odiando agora. Infelizmente não poderei ficar ao lado da Mine. Eu não poderei dar a Mine a felicidade que ela merece.#

Pierre estava molhado de suor. Há muitos anos que não fazia uma atividade física, e subir aquelas escadas com a garota em seus braços estava sendo o mesmo que tivesse participado de uma olimpíada. A cada novo degrau que ele subia, olhava para cima e depois para o possuído que estava a sua frente. Sua respiração já estava muito pesada, e os seus braços dormentes.

-Monsieur Sohma-san, eu já não consigo mais. É melhor que leve a mademoiselle Mine-san agora.

-Mas falta tão pouco. Vamos Suba! Suba!

-Monsieur Sohma-san, a mademoiselle Mine-san está muito pesada...

-Imagina! A linda Mine-san pesa o mesmo que um anjo.

-Sim, mas eu não consigo mais. A leve com cuidado que as suas unhas não se estragaram.

Ayame fecha as mãos e abaixa a cabeça, não consegue olhar para aquele homem franzino a sua frente. Como estava parado, o Chef Pierre foi sentindo ainda mais o peso da garota, e não consegue evitar com que os seus braços abaixem ainda mais.

-CUIDADO, PIERRE-SAN!

-Eu não consigo mais... ai ai ai...

Ayame começa a ver em câmera lenta o homem a aproximar a cada segundo a Mine do chão, enquanto reclamava da dor. O Possuído começa a descer os quatros degraus que estavam o separando deles.

O rapaz estava tão desesperado que estava agindo sem pensar nas conseqüências. Tudo o que ele não queria era ver a mulher que amava caindo daqueles degraus desacordada. O Homem francês, ainda tentava encontrar as últimas forças que possuía para evitar aquela queda, mas a cada segundo a garota ficava mais próxima do chão.

-Não a deixe cair, por favor, não a deixe cair!

Ayame estava com os braços estendidos, mas não conseguia alcançar. Parecia que ainda estava no mesmo lugar, sentia que o seu sangue estava ficando ainda mais gelado, era evidente que estava faltando pouco para que ele se transformasse.

by Kyo

02/10/2008

421


Ayame estava na loja atendendo ao chef Pierre, como havia lhe prometido, estava tirando as suas medidas para criar mais uma de suas maravilhosas criações.

-Certamente o grand chef Pierre irá parar toda Paris com o modelito inspirado nas cortes do grande Rei Sol, e que irei criar exclusivamente para a sua pessoa. Acredite-me, nem a própria Rainha Maria Antonieta não teve a honra de ter um vestido tão belo e luxuoso como esse. E tudo isso porque não imagina o quanto que estou grato pelo fato do senhor ter aceitado o meu pequeno pedido, que foi feito tão em cima da hora para ser o responsável pelo menu do final de semana passado, lá na nossa propriedade do lago.

-Oui.... Oui... Trie Bien.... Sempre é um prazer ajudar a um amigo tão querido e talentoso como o monsieur Sohma.

Pierre olhava-se no espelho e já conseguia imaginar como ficaria o seu novo vestido com aqueles lindos tecidos enrolados e seu corpo. Mine estava ao lado deles anotando as medidas que eram passadas pela Ayame.

-Que maravilha. Saber que o banquete do meu casamento será preparado pelo grand chef e AMIGO Pierre me deixa ainda mais seguro de que tudo sairá perfeito nesse grandioso e feliz dia.

-OHHH.... O Amigo Sohma irá finalmente se casar. Trie Bien... trie bien.... E quem é a fabulosa mademoiselle com quem irá contrair os sagrados votos do matrimonio?

-Com a fabulosa Mine-san!

POF

Ayame que estava medindo as costas do homem escuta um baralho que vinha da frente dele e coloca a cabeça um pouco de lado para ver o que tinha causado aquele barulho e quando vê que a Mine estava caída no chão, ele empurra o chef Pierre para longe fazendo com que o homem caída do banco de onde estava em pé.

-MINE!? O que aconteceu??

O possuído se abaixa ao seu lado e começa a dar pequenos tapinhas no rosto da garota para que ela acorda-se, mas não obtém nenhuma resposta.

O Chef Pierre fica sentado no chão e com a mão direita estendida a espera de que o Ayame o ajuda-se a se levantar do chão, mas ao perceber que tal ajuda não viria, ele se levanta sozinho e se aproxima dos dois.

-Mine-san.... acorde....

-Humm..... Monsieur Sohma, não é melhor levar a mademoiselle Mine-san para um lugar mais confortável?

Ayame abaixa a cabeça. Sabia que deveria fazer isso. Sua vontade era de a pegar em seus braços e subir aquelas escadas rapidamente e leva-la para o quarto deles, aonde a colocaria com todo o carinho na cama, mas sendo ele um possuído, isso era algo impossível. Sentia-se um grande fracassado. Ele não era capaz de ajudar a mulher que ele mais ama no momento em que ela realmente precisava dele.

-Monsieur Sohma-san?!

-O senhor poderia a levar até sofá lá de cima??

-EUUU??? Mas... Mas o Monsieur Sohma é mais forte do que eu...

O Chef Pierre era um francês de cabelos castanhos curtos, olhos azuis claros, de 1,60, bem magrinho e entre 50 e 60 anos.

Ayame fecha as duas mãos com forças. Sabia que o correto era que ele mesmo leva-se a namorada em seus braços, mas como iria explicar para aquele homem que isso era impossível? Ele coloca um lindo sorriso em seu rosto e lhe responde como se aquilo fosse a verdadeira explicação e pior ainda, como se aquela resposta fosse a mais lógica possível.

-É que eu acabei de fazer as minhas unhas e não quero estraga-las... hohoho...

-AHN?!

-Vamos, chef Pierre, a Mine-san não pode ficar nem mais um segundo nesse chão frio. Quer que a minha noiva pegue uma forte gripe? Vamos... Vamos...

Ayame estava de pé e enquanto falava batia o pé direito e cruzava os braços. O homem sem entender nada, se abaixa e a pega no colo. E apesar da Mine ser levinha, ele a segurava como se tivesse 1 tonelada em seus braços, e com muita dificuldade começa a dar os primeiros passos com ela em seus braços.

by Kyo

01/10/2008

420


tlintlim

Hatori sente uma sensação no coração e coloca a mão no peito, mas aquele sentimento só foi aumentando a cada segundo e ele é obrigado a parar o carro no encostamento.

-O que aconteceu, Hatori? Está sentindo alguma dor?

O Médico encosta a cabeça no volante do carro, estava com medo de tirar a prova e perceber que aquilo não era o que estava imaginando que fosse. A garota se aproxima dele.

-Hatori, fale o que está sentindo? Estou ficando com medo.

Ele volta a se re-encostar no banco e a puxa pelo braço fazendo com que ela se sente em seu colo, e a abraça com toda força.

-Há-To-RII..

-Não fale mais nada. Apenas me abraça bem forte e me beije.

Ele não precisa pedir pela segunda vez, a garota o abraça com toda a força que tinha e o beija como se o fosse devorar por inteiro. Ela não acreditava que estava sentada em seu colo, o abraçando com todo a sua força e ele ainda estava na forma humana. Ele não havia se transformado em um chaveiro de 8 cm. Quando já não era mais possível ficar sem respirar, a garota pára de beijá-lo e se afasta um pouco para ver o lindo sorriso que ele estava no rosto.

-Pelo visto agora terei mais trabalho para te deixar pelado.

-Acredito que sim.

-Mas ainda será o meu Dragãozinho.

-Espero que sim.

Arisa volta a beija-lo mais uma vez, mas dessa vez o beijava cheia de amor e calma. Sentia a cada um do canto de sua boca e o roçar de suas línguas, com o seu coração batendo muito mais tranqüilamente agora. Quando param de se beijar, o médico a abraça mais uma vez com força.

-Eu desejo que o mesmo tenha acontecido com todos os outros.

-Eu também. A minha amiga merece ser abraçada dessa maneira pelo escritor de meia tigela.

Hatori lhe beija suavemente nos lábios, e depois a faz com que se sente no banco onde estava.

-Temos que ir.

-Sim, o Jerry precisa de você.

Ele volta a sair com o carro e a garota pega o celular dele.

-Eih, o que vai fazer?

-Preciso saber se isso aconteceu com o Shigure também.

Ela liga, mas ninguém atende.

-AHAHAHAHAHAH...... Pelo visto a maldição deve ter acabado por lá também....

-Hunf... o Shigure não é louco até esse ponto.

-O que foi? Ele tem a sua idade, e a Tohru é só um ano mais nova do que eu... Portanto....

-Portanto, nada! No nosso caso foi diferente..... Você praticamente me obrigou a fazer...

-AHAHAHAHHAHAHA..... CONTA OUTRA DRAGÃOZINHO..... AHAHAHAHAH SE ISSO FOR VERDADE ENTÃO SE PREPARE PARA ESSA NOITE, AFINAL, AGORA NÃO TERÁ COMO FUGIR DO MEU ASSEDIO SEXUAL.... AHAHAHAH...

Hatori sente um frio pela espinha, nem conseguia imaginar do que aquela garota barulhenta seria capaz de fazer agora que poderia abraça-lo. Entretanto aquele frio na espinha aumenta ainda mais quando ele se lembra de Akito.

-Arisa, posso te pedir um pequeno favor?

-humm..

-Depois eu te contarei os detalhes, mas certamente o patriarca deve estar muito desesperado por causa do Yuki, e eu nem sei se ele já sabe do que está acontecendo com os possuídos. Poderia evitar de se encontrar com ele hoje?

A garota olha para o médico e percebe que ele estava um pouco aflito.

-Tudo bem. Mas eu não irei embora sem falar com o patriarca.

-Obrigado.

-Mas em troca.... hehehehe..... se prepare para essa noite.... hehehehe....

O médico dá um pequeno sorriso, de fato ele já conhecia os pensamentos daquela garota barulhenta.

by Kyo

30/09/2008

419


-SAI DA FRENTE SEU LERDO! NÃO SABE DIRIGIR NÃO????

-Arisa!

Hatori puxava a garota pelo uniforme escolar, ela estava com o tronco todo para fora do carro xingando o motorista que antes estava na frente deles, mas antes de entrar ela mostra a língua e o dedo do meio para o motorista. Arisa volta a se sentar e começa a tremer a perna direita, era visível que ela estava tão nervosa quanto ele. Na hora que a empregada ligou para o Hatori em seu celular, ele estava na casa do Shigure e junto com a namorada, e a garota simplesmente se enfiou dentro do carro, dizendo que iria com ele de qualquer maneira. Ela estava preocupada com o Yuki, mas a principal razão de sua teimosia era que queria conhecer o Akito-san, ela não era do tipo de pessoa que gostava de viver sem deixar tudo bem às claras.

-Pô, se não sabe dirigir que fique em casa....

Hatori lhe olha pelo canto do olho e percebe que a garota agitava freneticamente a perna e coloca a sua mão em cima dela.

-Fique tranqüila. A empregada já falou que ele está consciente, não deve ser nada grave.

-Tá.

Ela coloca a sua mão em cima da dele e pára de tremer a perna.

-Daqui uma hora e meia estaremos lá.

-Tá.

-A gente terá que passar essa noite lá na terma.

-Tá.

Hatori acha um pouco engraçado aqueles três “tá” em seguida como resposta, era evidente que a garota pouco prestava atenção no que ele estava falando.

-O que acha da gente se casar quando terminar o colegial?

-Tá.

-.....

-....

-....

-O QUE FOI QUE ME PERGUNTOU POR ÚLTIMO???

Arisa agora estava sentada com os dois joelhos no banco do carro e olhando para o médico.

-Senta-se direito. Estamos na estrada agora.

-O QUE VOCÊ DISSE DRAGÃOZINHO??

-Para se sentar direito.

-FALO ANTES DISSO, O QUE ME PERGUNTOU ANTES?

-Você já me respondeu.

-MAS O QUE ME PERGUNTOU?? FOI O QUE ESTOU IMAGINANDO?

-Ah, aquilo? Apenas te pedi em casamento.

-.....

Hatori a olha pelo canto dos olhos, a garota estava branca e de boca aberta ao seu lado e ainda sentada com os joelhos no banco.

-Eih, senta-se direito.

-Tá.

Em câmera lenta a garota volta a ficar sentada corretamente no banco, mas ainda mantinha a boca aberta. Hatori teve que se controlar para não começar a rir, ao final, ele havia conseguido controlar um pouco aquela garota barulhenta. O coração de Arisa parecia que ia parar de tanta felicidade. Aquele nunca tinha sido o sonho dela. Romance nunca tinha feito parte de sua vida, ela tinha certeza de que não tinha nascido para ser casar, ter um marido, filhos, uma família. Ela nunca teve um lar quando era criança, então era certo que não teria quando fosse adulta. Mas de repente, tudo havia se transformado. O que havia começado apenas como uma brincadeira, como um desejo puramente carnal era agora um outro precioso e valioso tesouro que ela tinha.

-E você vai querer se casar com vestido de noiva ocidental ou quimono?

-.....

-Arisa?!

-Cê tá falando sério?

-Acha que sou do tipo que brinca com essas coisas?

-Não.

-Eu descobri que sou muito mais conservador do que imaginava. Para ficar com uma garota barulhenta como você, só se for como sendo a minha namorada e depois a minha mulher.

-Mas é o patriarca? E se ele te mandar apagar as minhas memórias como fez com aquelazinha?

-Humm.... Não posso deixar com que você bata em Akito, a saúde dele já é por demais frágil, isso só aumentará o meu trabalho.... Só terá uma maneira! Terei que enfrentar o patriarca dessa vez.

-Dragãozinho?! Cê faria isso por mim?

-Farei pela nossa felicidade.

Arisa abaixa a cabeça e começa a chorar e para que o médico não perceba o quanto que ela estava emocionada ela começa a falar entre risadinhas....

-Hehehe... quer dizer que eu também arrumei um papa-anjo como a Borboleta Escarlate?!... hehehe...

-Eih... Eu não sou nenhum...

tlintlim

by Kyo

28/09/2008

418


-NÃO KYO.... NÃO BATA NELE!!!

Kagura estava se abaixando para ver o ferimento do rapaz, mas o Kyo a impede segurando em seu braço e a colocando ao seu lado.

-Como foi que ele descobriu?

-O que?

-Como foi que esse cretino ficou sabendo da nossa maldição?

-Ele... Ele não sabe...

-É CLARO QUE ELE SABE. E É POR ISSO QUE VOCÊ ESTA COM ESSE PAVOR EM SEU OLHAR. ELE ESTÁ TE AMEAÇANDO, NÃO ESTÁ??

-hehehe... O gato lesado até que pensa um pouco.

O rapaz se levantava do chão com um sorriso sarcástico nos lábios, mas volta a ficar no chão dessa vez recebendo um forte chute do Kyo, e na hora que ia dá mais um chute nele, a garota o abraça pelas costas chorando muito.

-Não faça isso Kyo. Pare, por favor.... Vá embora....

-SOLTE ELE KAGURA!

Kyo percebe o olhar de inveja e raiva que o rapaz olhava para eles, e agora é a sua vez de sorrir cheio de satisfação e a abraça também.

-Isso é algo que nunca poderá fazer com ela.

Ao escutar aquilo Kunimitsu se levanta do chão e empurra o garoto para longe da garota, ficando ele agora ao lado dela, ficando ambos de frente para o garoto.

-ACEITE KYO-KUN, VOCÊ PERDEU! ELA NÃO QUIS FICAR COMIGO SÓ PORQUE EU DESCOBRI A MALDIÇÃO. ELA PREFERE FICAR COM UM HOMEM QUE SEMPRE A AMOU.

-É MENTIRÁ. EU CONHEÇO A KAGURA MUITO BEM! ELA ESTÁ COM MEDO DE ALGUMA COISA.

-FALA PARA ELE, KAA-CHAN.... VAMOS FALE! FALA QUE VOCÊ PREFERE FICAR COMIGO!

tlintlim

Naquele instante Kyo e Kagura se olham, sentem que alguma coisa estava acontecendo, surge em seus corações um sentimento que eles nunca tinham sentido antes, era como se fosse uma sensação de que estavam livres para voar.

-KAA-CHAN FALA QUE ESTÁ COMIGO PORQUE EU TE AMO E QUE VOCÊ QUER ME AMAR TAMBÉM!

Kunimitsu olha para o seu lado, e encontra uma leveza que ele jamais havia visto no olhar da Kagura.

-Me desculpe, Kunimitsu.....

Ela passa os seus braços ao redor do corpo dele.

-Me desculpe por não poder aceitar os seus sentimentos por mim..... Mas eu amo o Kyo..

Ao ver a garota abraçada com o rapaz, Kyo cai de joelhos no chão e começa a chorar.

-AAAHHHHH....... ACABOU..... ABABOU KAGURA!!

-Você está me abraçando. Mas por que não se transforma?

Kagura não conseguia falar nada, estava chorando muito. Aquele abraço era o mais valioso que ela poderia dar, era o abraço que mostrava ao rapaz que ela e o Kyo estavam livre de suas ameaças.

-Me desculpe, Kunimitsu...

Ela abre os braços soltando o rapaz e olha para o Kyo que ainda estava de joelhos no chão, e lhe estende a mão.

-Vamos Kyo. Temos que ir até a sede. Temos que saber o que aconteceu.

O garoto dá mais um grito de felicidade e em vez de segurar em sua mão ele a segura no colo e a girava no ar.

-ACABOU KAGURA.... A NOSSA MALDIÇÃO ACABOU... SOMOS PESSOAS NORMAIS AGORA...

Kunimitsu olhava espantado e um pouco assustado, não conseguia entender o que tinha acontecido, da mesma maneira que havia descoberto que ela se transformava, agora descobria que a maldição havia se acabado.

Kyo coloca a Kagura no chão e segurando sua mão, os dois começam a correr para irem até a sede.

by Kyo