06/10/2008

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Assim que Hatori e Arisa saíram da casa indo para as termas, a ansiedade de Tohru aumentou. Estava muito preocupada com o Yuki, não sabia o que havia acontecido, a única informação que tinha sido passada para o médico é que o garoto tinha caído e estava ferido.

Shigure estava ainda mais ansioso do que ela, não queria imaginar que aquele ferimento tivesse sido feito pelo próprio Kamisama, mas sabia que aquela possibilidade era grande. Imaginava que o garoto tivesse rejeitado Akito por ela ser mulher e tendo mais um ataque de fúria, ela tivesse o ferido. Se aquilo fosse a verdade não restaria outra alternativa para ele, teria que enfrentar o patriarca, e se mesmo assim, Akito insistisse em apagar as memórias da Tohru, ele iria fugir com ela, para bem longe dos Sohmas.

A garota andava de um lado para o outro da sala, e saber que não tinha condições de acalma-la, uma vez que ele próprio estava ainda mais nervoso, o deixava ainda mais angustiado. Inventou que tinha que terminar um capítulo do novo livro e se trancou na biblioteca. Tohru não agüentando mais ficar sozinha naquela sala, sobe para o quarto.

Ao chegar em seu quarto, a garota fica olhando para os espaços vazios que haviam surgido naquela tarde. Todas as coisas da Kisa já tinham sido levadas para a sede. Sentia uma pequena tristeza em seu coração, já estava muito acostumada com a presença da menina naquela casa. Ela olha para a foto da mãe e pega o porta-retrato em suas mãos.

#Pelo menos a Kisa-chan eu poderei ver quando quiser.#

A garota abraça aquele porta-retrato como se estivesse abraçando a própria mãe. Ela sabia que não deveria chorar mais pela sua ausência, mas a saudade doía muito e ela tinha certeza de que aquela dor jamais deixaria o seu coração. Ela respira profundamente e coloca a fotografia no criado-mudo.

-Mas agora tenho uma nova família.

Ela pega o porta-retrato que guardava ao lado da fotografia da mãe. Era uma foto dela com o Shigure, o Kyo, o Yuki e a Kisa tirada ainda no inverno durante uma tarde de chuva, todos estavam sentados a mesa e o Shigure havia programado a máquina para o automático.

#Devo ser sempre grata por ter conhecido a família Sohma. Nenhum deles imagina como me ajudaram. Eles conseguiram curar um ferimento que eu imaginei que fosse me matar um dia.#

A garota passa o dedo sob a imagem de Shigure e dá um lindo sorriso.

#Não se preocupe, mamãe, eu tenho uma pessoa que sempre estará comigo.#

Ela leva a imagem até os lábios e a beija suavemente. Shigure que havia subido até o seu quarto atrás de um livro e que não havia resistido a tentação de espia-la, a vê beijando a foto.

-Aham.... Pra que beijar um pedaço de papel já que tem o original aqui do seu lado?

-Glump.... Eu... eu... eu...

A garota estava vermelha de vergonha e tal cena só a deixava ainda mais bonita. O possuído sorri e entra no quarto se aproximando dela.

-Vai me dizer que prefere beijar a fotografia?

Ainda segurando o porta-retrato em suas mãos ela balança a cabeça falando que não. O escritor segura em seu queixo e beija suavemente os seus lábios.

-Viu? Assim é bem melhor.

-É sim.

Ela fecha os olhos novamente e inclina um pouco mais a cabeça esperando por um outro beijo, Shigure não consegue ver aquela imagem sem abrir um sorriso que estava muito próximo de uma risada, a imagem de uma jovem colegial ansiosa por mais um beijo do namorado chegava a ser engraçada para ele, isso porque em seus livros sempre havia uma cena daquele tipo e ele mesmo nunca tinha imaginado que viveria um momento daquele.

Ele a beija dessa vez como um homem na idade dele sabia beijar. E fazia aquilo com o objetivo de despertar na garota desejos que ela estava começando sentir aos poucos ao lado dele. Tohru sentia que suas pernas estavam ficam tremulas, e queria que aquele beijo nunca chegasse ao seu final.

by Kyo

Um comentário:

Anônimo disse...

ain!!

continua!!
ta muito bom!!

amei!!

(LL)
;*

* é... vcs me viciaram nisso!