21/04/2008

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- Tohru-chan? – O escritor abaixou um pouco sua cabeça curvando-a para poder ver o máximo que podia do rosto da menina pelo lado sem ter que sair de trás dela ou encostar-se nela, enquanto ela virava o rosto pra trás para olhá-lo um pouco séria e triste, mas forçou um sorriso.

- Não dói quase nada mais! O Hatori cuidou bem de mim sim, Shi, Shenhor Shigure.

* Sua expressão debochada foi substituída por uma expressão séria, uma que a menina nunca tinha visto antes. Ficou olhando pra ela calado por algum tempo até que abaixou sua cabeça e encostou na cabeça dela. *

# Será mesmo possível? Não, não, ele nunca faria nada com ela, tenho certeza. Também tenho certeza, ela quase falou o meu nome outra vez, eu não to imaginando isso. Mas por que ela está tão triste assim? #

* O coração da Tohru parou por um segundo quando Shigure baixou sua cabeça e encostou na dela, não estavam com o rosto face a face, mas ela pensou nitidamente que ele iria beijá-la e nem passou por sua cabeça esquivar desse beijo. Estava completamente vermelha e mal respirava enquanto sentia a respiração calma do escritor por cima de sua orelha. *

- Então por que você não está sorrindo de verdade? Ainda não percebeu que é o seu sorriso que vêm curando a todos?

* Ela ouviu aquelas palavras quase sussurradas em um tom tão sério que nunca ouviu o escritor usá-lo, com o coração disparado. Ela tentou olhar para ele que levantava sua cabeça da dela, estava tão assustada e surpresa que falou sem pensar. *

- Shigure o que você disse?

# Ela falou o meu nome?! Ela falou. Eu ouvi nitidamente o meu nome. #

* Shigure nunca se importou de ser chamado de Senhor, até que ela havia chamado Hatori pelo nome. Ouvir seu nome da boca dela era um objetivo óbvio e egoísta de não perder para o primo outra vez, e tinha decidido na mesma hora que descobriria como ele havia feito para poder conseguir a qualquer custo ter o mesmo que o primo.
Mas agora que finalmente ele ouviu o seu nome dito de uma forma tão espontânea e suave, com aquele rosto preocupado e assustado o olhando, seu coração se apertou e um calafrio lhe percorreu a espinha. Se sentiu tonto e eufórico, ao mesmo tempo teve medo e vontade de chorar.
Ele estendeu a mão direita e colocou sobre o rosto da garota, mas antes que ele pudesse pensar em qualquer outra coisa, o médico entrou na cozinha. *

- Por que estão demorando tanto, Aaya está ameaçando vir fazer a sobremesa para o irmão de... – Hatori parou a frase quando olhou para a cena diante de si. Shigure com a mão no rosto da Honda e tão perto dela e ela vermelha e séria.

- Er... Ha-Ha-To-rii... nós, nós já estávamos levando as coisas sim. Er..eu vou levar esses aqui, vocês poderiam levar o resto? Eu to- to in-indo na fre-fre-frente.

* A menina sai da cozinha com uma bandeja na mão e completamente roxa de vergonha. *

by Leandra

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