# Eu não vou fazer isso. Não ia mudar nada contar isso pra ele mesmo. E o Kureno parece tão doce e gentil...#
_ Não era nada não.. Bom, falávamos da Kana, não era?
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_ Kureno? Está composto? *Akito chama na porta do quarto de Kureno*
_ Sim, senhor patriaca. Pode entrar... *Kureno levanta-se da cama, e passa a mão para alisar a colcha semi-amarrotada. Akito abre a porta e fecha-a em seguida*
_ Hoje eu que vim te visitar. *Akito fala com um sorriso que poderia ser confundido com um deboche*
_ Desculpa não ter ido no teu quarto hoje.. Me destraí, nem vi o dia passar.
_ Está bem Kureno.. Me conte, como foram seus dias de liberdade? *Kureno olha espantado pra Akito. Antes ela nunca teria se interessado pelo mundo lá fora*
#Porque esse interesse repentino? Fiquei agora curioso com o que terá acontecido naquela viagem...#
_ Kureno?
_ Ah.. Foram interessantes. *Kureno desvia o olhar. Ele não sabe mentir e tem medo que Akito perceba isso*
_ Interessantes? O que foi interessante?
_ Hum.... *Caminha até o outro lado do quarto* O mundo la fora é muito bonito. Depois de passar praticamente a vida toda trancado aqui dentro, vendo sempre as mesmas pessoas, as mesmas paredes, qualquer coisa diferente disso que eu veja, já me deixaria encantado.
_ Está cansado de ver as mesmas pessoas sempre, Kureno? *Akito se aproxima de Kureno. Não está mais sorrindo como antes, e tem um olhar precupado no rosto*
_ Não é isso, Akito. Uma coisa é você ver todo dia as pessoas que você gosta porque você quer.
_ Eu já imaginava que você não gostava de mim. Pelo visto, é mais um que só vem me ver por obrigação! *Akito passa ventando até a porta, e bate com tanta força que derruba um vaso de plantas que estava perto, esfarelando o vidro por todo o quarto. Kureno fica de pé, paralisado com a cena. Segundos depois, abaixa e começa a juntar o vidro*
#Como eu gostaria que ela também conhecesse esse mundo...#
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