18/12/2007

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-Você não tem jeito mesmo. Não falei que era para vir apenas a tarde? *O médico volta para a mesa onde já estava o escritor*

-Eu sei. Mas não agüentei. Precisava ver-la acordada. *Ele percebe que a fisionomia do médico está um pouco pesada* Haa-san, o que ela tem?

-Fisicamente ela está bem. Parece que teve realmente uma crise nervosa com causas emocionais. Mas tenho que esperar todos os exames ficarem prontos para ter certeza que não é nada neurológico.

-Mas e aquele sangue?

-Ela durante a crise nervosa que teve enquanto dormia, acabou mordendo a língua. E o corte foi bem profundo.

*O possuído se inclina para trás na cadeira* -Que alivio, Haa-san. Cheguei a achar que ela tinha alguma doença bem grave.

-Shigure.... *o médico faz uma pausa, tentando encontrar as palavras certas*

-Hum? O que foi? *o escritor olha um pouco intrigado para o primo que está sentado a sua frente*

-Só peço que não me odeie. O que fiz foi a pedido dela.

*Shigure nota que o médico está muito emocionado e ele joga o corpo para frente para falar com o médico*

-Ela me pediu... Não! Ele me ordenou mesmo. *ele abaixa a cabeça, não consegue olhar para o rapaz*

-O que foi? Fala logo. O que ela tem? *Shigure começa a chacoalhar o médico, mas logo pára quando percebe a movimentação dos seguranças do hospital *


---***---

*Akito consegue se segurar até o instante que escuta o barulho da porta se fechando. Ela começa a chorar bem baixinho*

#Não tem outra solução. Assim será melhor. Tenho que amar a todos da mesma maneira. Sou proibida de ter um preferido. Eu sou o deus dos possuídos, e deus deve amar a TODOS, e não apenas a um. Até mesmo o Kureno que não é mais um dos possuídos compreende que esse é o meu papel. Se eu quero que todos me amem acima de tudo, tenho que amar a todos da mesma maneira. Não posso amar o Shigure em especial. Não posso.#

by Kyo

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