27/05/2008

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“ Tohru não sabia o que dizer, o que fazer, como reagir. Ainda sentia a leve pressão sobre seus lábios e o gosto salgado das lágrimas dele. Seu coração estava disparado e sua face queimava ruidosamente, mas não sentia desespero ou euforia. O sentimento se assemelhava mais a calmaria do oceano após uma tempestade, ao arco íris depois da chuva. Era calmo e acalentava, lhe preenchia o peito e o corpo inteiro lhe deixando as pontas dos dedos dormentes. Não era desconfortável, nem tão anormal quanto imaginou ser o seu pequeno primeiro beijo. Ele havia sido tão gentil e tão doce que mesmo sem compreender o porque, pra que ou como, ela não se sentia estranha por ele não ter dito mais nada. Era verdadeiramente estranho. Ele era o dono da casa onde mora de favor, havia se tornado como um parente preocupado e mais para frente se mostrado como um grande amigo, lhe despertava interesse como homem, não poderia negar isso. Apesar de que nunca lhe havia passado pela cabeça receber um beijo, e mesmo com tudo isso, mesmo ele não a pedindo em namoro ou desculpas, Tohru não se sentia ofendida, desrespeitada ou qualquer outra coisa, pelo contrário. A única coisa que ela pode fazer antes de se virar novamente para o escritor que lhe estendia a mão, foi sorrir timidamente.”

- Acho melhor voltarmos, os outros devem estar preocupados pela sua demora. Deve ter vindo comprar algo não é? Então vamos passar no mercado e voltar, você me prometeu um chá de maça!

“ Ela segurou na mão dele, foram assim até o mercado e compraram o que precisavam, na volta para casa ele carregou as compras enquanto ambos permaneciam em silêncio lado a lado, não mais de mãos dadas.”

by Leandra

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