20/06/2008

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“ Ayame percebe a reação de ambos e sente-se feliz. Não que gostaria que eles amassem a mesma mulher e dessa vez acabassem brigando de verdade, mas queria que ambos saíssem dos casulos em que guardaram seus corações. Queria muito que ambos sentissem aquele arrepio gelado na espinha, aquele suor nas mãos, aquele bambear nas pernas, aquele formigamento no estomago, quando eles olhassem para uma pessoa e desejassem estar ao lado dela pra sempre. Deseja ardentemente que os primos que tanto ama pudessem sentir novamente aquela insegurança de amar alguém e ter que confiar á ela o grande segredo, aquela sensação de desejar enfrentar o mundo e terminar com a maldição, o desejo de agarrar nos braços a mulher amada. Assim como ele sentia. Porque ele sabia, que por mais doloroso que fosse ser amaldiçoado e não poder viver livremente, sentir aquela paixão, ter aquele motivo extraordinário para lutar contra sua condição, o deixava vivo. A sensação de viver por alguém e lutar contra a maldição por alguém, não só por si mesmo. Ayame deseja que seus primos pudessem se sentir vivos outra vez e lutassem outra vez, que acreditassem que mereciam aquela felicidade e fosse em busca disso. Esse era o maior desejo de Aaya naquele momento, e ele faria o que fosse preciso para que eles apenas sentissem todos aqueles sentimentos bons ou desagradáveis, desde que eles voltassem a sentir alguma coisa que lhes incomodasse ao ponto de se moverem e buscarem algo.”

# Eu não preciso me preocupar, não é Tohru-chan? Não importa qual será a sua escolha, o importante é se mover! É se aventurar! Sentir-se vivo como nunca nos sentimos antes. Além do que... lutar por um amor e perdê-lo é melhor do que nunca ter amado alguém. Eu posso dizer... eu sei... nunca havia amado antes e posso dizer... queria ter amado-a muito antes disso.#

“ Ayame olha para Hatori e Shigure que se insultavam mutuamente por causa das fantasias e sorriu. Voltou a se vestir.”

# Tenho a impressão que isso vai ficar ainda mais emocionante! Não é mesmo, Uo-chan?! Hohohohoho#

“ Ayame vestia uma túnica longa de mangas compridas do mesmo linho branco que Mine.

Por cima usava uma toga praetexta extremamente volumosa com sua tradicional tira púrpura na borda.

Nos pés usava um sapato que imitava uma sandália grega, mas sem deixar os pés exposto ao tempo.

Passou uma parte da toga sobre a cabeça como era costume dos romanos usarem.

Olhou-se no espelho, não estava mais se considerando tão bonito ou magnânimo como gostaria.

Até o final ele não conseguiu decidir o que seria sua fantasia, Julio César, Zeus, Apolo, ou o que fosse. Queria apenas que sua fantasia fosse parecida com de sua amada, mas não fora capaz de pensar em algo como um par. Então desistiu de algum significado e apenas se vestiu numa toga grega ao estilo romano. O importante pensava ele, era estar ao lado dela.”

- Ei, Aaya, do que você está vestido?

“ Ayame olhou para Shigure e sorriu como somente ele e Mine conseguiam sorrir.”

- SE-GRE-DO!!!

“ Ayame pode ouviu uma voz descendo a escada e não pensou duas vezes para abrir a porta quando reconheceu de quem era a voz. Mas ele não saiu do quarto ou ficou de frente para a pessoa que agora estava parada na porta olhando para os três com cara espantada. Houve um minuto de silêncio até que a pessoa parou os olhos no médico olhando-o de cima a baixo. Levou a mão a boca tentando abafar o riso, mas realmente não adiantaria por muito tempo, Uotani apoiou a mão no umbral da porta e riu descaradamente e sem o menor pudor na frente de Hatori e o pior, riu dele.”

- HAUHAUAHUAHUAHUHAUHAUHUAHUAHAUHAUAHUAHAUHAUHAUAH

“ Todos da casa podiam ouvir as risadas de Uotani, assim todos saíram de onde estavam e foram até o corredor dos quartos aonde encontraram a jovem agachada com as mãos segurando o abdômen e roxa de tanto rir. Hatori que até então tentava se controlar olhou para fora do quarto e viu que todos estavam reunidos ali olhando para a garota agachado no chão e para ele vestido de Peter Pan. Ele tentou contar até dez, até vinte mas não adiantou muito."

By Leandra

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