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*Akito está caminhando pelo jardim que fica ao lado do seu quarto. Está com quimono preso de qualquer jeito e descalça. Havia dado ordens para que ninguém entrasse naquele quarto, nem mesmo a Yoko. Queria ficar sozinha. Queria não. Precisava ficar sozinha.*

#O que está acontecendo? Sinto um forte aberto no meu peito#

*Ela continua andando sem rumo pelo jardim. Começam a se formar algumas nuvens de chuvas no céu. E nem mesmo o frio vento a faz entrar para casa. Ela não estava se sentindo bem, desde que tinha ido até a Fonte Termal dos Sohmas. Apesar de estar com uma constante febre, ela sabia que aquilo não era um problema somente físico. Sentia que algo muito mais profundo lhe doía por dentro.*

#Gostaria de ficar alguns dias longe da sede. Sinto como se fosse ficar sufocada aqui dentro. Parece que alguma coisa está me expulsando daqui.#

*Vencida pelo frio, ela entra no quarto. Aquele ambiente estava ainda mais grande e vazio naquele instante*

#Na verdade, sou eu que estou vazia por dentro. Mas eu não sei o porque que estou sentindo esse vazio#

*O Patriarca se senta num canto. Aos poucos o quarto vai ficando sem iluminação a medida que as nuvens de chuva vão dominando o espaço que antes era azul. Ela abraça os joelhos e permanece em silencio por muitas horas, até que as batidas na porta a trazem de volta para a realidade*

-Entre.

-Fiquei preocupado. Passou o dia todo trancada aqui no quarto.

*Kureno senta-se a sua frente, e Akito lhe olha sem falar nada*

-O Hatori está lá na sala. Veio lhe examinar.

-Mande-o embora. Não preciso ser examinada.

#Nunca a vi tão triste assim. Alguma coisa está acontecendo com ela.#

*Kureno se levanta e a deixa novamente sozinha*

#De todos os possuídos o único com o qual gosto de estar junto quando fico triste é o Kureno. Desde pequena, ele era o único que conseguia me alegrar. #

by Kyo