28/08/2008

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“ Tohru sorriu ainda mais singelamente ao secar mais uma lágrima, enquanto Shigure a olhava surpreso, confuso e com o coração na boca.”

# O Shigure é como a mamãe era. Não queria que ninguém visse quem ele é e as feridas que carrega. E eu papai, sou como o papai. #

- Como são bonitas as suas lágrimas!

“ Disse olhando para mais uma lágrima que escorria, secando-a logo em seguida ainda sorrindo. Shigure quis abraçá-la, quis beijá-la, quis prende-la junto dele de uma forma que jamais alguém poderia levá-la para longe. Sentiu seu peito se aquecer e sua alma ser preenchida por um leve calor. Sentia feliz e desesperado ao mesmo tempo. Aquelas palavras, aquelas doces palavras seriam a esperança que ele desejava? Ele sorriu, segurou a mão que secava suas lágrimas e escorregou o corpo deitando a cabeça sobre as pernas da garota ainda segurando sua mão, passando o outro braço por suas pernas desejando abraçá-la sem se transformar.”

- Por favor... por favor Tohru, deixe-me ficar aqui apenas um pouco... deixe-me ficar assim, só mais um pouco.


“ Tohru sentiu a leve pressão em sua mão, sentiu se corpo se arrepiar. Percebeu o medo dele que ela fosse embora. Entrelaçou os dedos com os dele, fazendo carinho com a outra mão nos cabelos macios do escritor. Se inclinou e beijou de leve a testa dele em seu colo.”

- Tudo bem. Eu não irei a lugar nenhum agora. Pode ficar assim o tempo que for preciso, Shigure.

“ O coração do escritor se acalmava enquanto o da jovem parecia queimar. Ainda não estava certa do que sentia, se aquilo era o que chamam de paixão ou amor. Mas uma coisa ela tinha certeza, queria ficar ao lado dele para sempre e sempre que fosse preciso, deitá-lo em seu colo para ele não chorar mais. Passaram quase toda a manhã dessa forma em silêncio, sentindo a brisa e escutando o farfalhar das folhas, sem dizer mas nenhuma palavra.”

by Leandra

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