03/08/2008

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“ Arisa havia arrastado Hatori para o caminho mais longo, a qual Kagura lhe havia indicado, dizendo ter visto Shigure e Tohru indo naquela direção. Porém, quanto mais caminhavam mais irritada ela ficava e menos palavras ela encontrava para dizer. Queria afrontá-lo, insultá-lo, machucá-lo, sangrá-lo se fosse preciso com suas palavras, para só depois de ele pagar por sua estupidez, o abraçar e beijá-lo de uma forma que pudesse deixá-lo ainda pior.”

# Maldito médico desgraçado, ta tão desesperado em encontrá-la que nem me enxerga. Ah... como eu quero quebrar a tua cara na porrada, seu playboyzinho de uma figa. Faz a besteira e agora fica aí correndo e me arrastando pra poder tentar concertar? Agora, me beijar e deixar pra lá, ta tudo bem né?! Ah... maldito! #

“ Correram boa parte do caminho, pararam algumas vezes para respirar, sempre em silêncio. Hatori nem se atrevia a olhar para a garota ao seu lado, enquanto Uotani apenas desejava e imaginava a melhor maneira de faze-lo sofrer bastante.”

# Droga! Por que eu fui confiar nessa maluca. Estamos correndo esse tempo todo e não alcançamos ainda aqueles dois. Tenho certeza que eles pegaram outra trilha e essa louca sabia disso. Droga! Não posso deixar que a Tohru conte para o Shigure que eu a beijei também. Droga... o que ele vai pensar que eu sou? Droga, o que deu em mim pra ter feito aquilo! Não é como se eu tivesse me arrependido e fugido como um adolescente... eu não me arrependi... apesar de ter fugido como um adolescente!#

“ Hatori segurou novamente na mão da garota e voltou a puxá-la para correrem mais um pouco, ela até pensou em relutar, em ficar ali e despejar em cima daquele homem patético tudo o que estava engasgado, mas preferiu deixá-lo sofrer mais um pouco naquele desespero.”

# Ele merece essa agonia. Deixe-o perseguir em vão aqueles dois, deixe-o se culpar e se arrepender. Ah, Hatori Sohma, eu farei você desejar não ter nascido, seu doutorzinho de araque. #

# Droga, Tohru! Por que você não me segurou, por que não me impediu de sair correndo daquela forma tão patética? Eu não estaria aqui correndo atrás de você feito um louco pra tentar me justificar ao lado de uma doida que me agarrou logo após eu ter fugido... droga... eu sou mesmo amaldiçoado... além de burro! Justificar... me justificar... como eu vou justificar o que eu fiz? Como posso dizer que eu não queria ter feito aquilo? Que eu me arrependo? Que quero pedir desculpas? Se tudo isso são mentiras. Eu quis fazer aquilo, eu não me arrependo disso e pedir desculpas só vai piorar as coisas. Droga. Aonde vocês dois estão? #

“ Eles continuaram correndo por um bom tempo, parando de tempos em tempos para recobrar o fôlego. Até que alcançam finalmente o templo, mas o encontram vazio apenas com o recado e a fita das crianças que haviam chegado primeiro e ido embora. O tempo estava cada vez mais fechado, já era possível ouvir os trovões e alguns poucos relâmpagos já iluminavam o céu. Hatori largou a mão da jovem e correu pelo templo chamando pelo outro casal, mas nada encontrando. Uotani ficou parada apenas esperando, até que ele ofegante parou de frente para ela, olhando para as outras trilhas.”

- Eles já devem ter voltado. Por sua culpa pegamos o caminho mais longo e o perdemos. Ou talvez... não... ele não teria feito isso.

“ Enquanto Hatori falava mais para ele do que para ela, Uotani sem avisar dá um soco no rosto do médico que cai sentado no chão um pouco distante dela, com a mão sobre o local acertado.”

- Você ficou lou...

- Está feliz afora, doutorzinho? Já perseguiu o suficiente a oportunidade que você jogou fora na noite passada?

- Ora, sua..

- CALA A BOCA, SEU GRANDE IDIOTA! O QUE VOCÊ PRETENDIA FAZER SE OS ENCONTRASSEM? PEDIR DESCULPAS? SE EXPLICAR? BRIGAR COM O ESCRITORZINHO POR ELA? VÊ SE CRESCE, HATORI!

by Leandra

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