03/08/2008

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-Acha mesmo que esses pobres, que estão ao seu lado porque são obrigados, um dia serão capazes de lhe amar? Pobre senhor Akito Sohma, o patriarca desse clã tão maldito e amaldiçoado.... Se eu.... Eu, a mulher que te deu a luz, a mulher que é a sua mãe... Se até mesmo EU não fui capaz de te amar, acredita que realmente eles serão capazes de lhe amar algum dia?

“Akito olhava atordoada para aquela mulher parada a sua frente, mas o seu olhar era tão frio e distante que nem sentia vontade de chorar. Ren nunca tinha sido uma mãe muito presente, e agora ela sabia o porque, aquela mulher a odiava. Aquela era a primeira vez que as duas se encontravam após o falecimento do antigo patriarca.”

-Não se iluda. Uma criança como você não sabe o que é um verdadeiro amor e nunca saberá.


“Akito levanta a cabeça e encontra o olhar do Yuki.”

-Akito-san, eu te amo! E não tenho mais vergonha por admitir isso. Amo-te pelo simples fato de que você é Akito Sohma.

#Então isso era o verdadeiro amor?#

“O patriarca solta a mão direita que ainda segurava a camiseta do garoto, lhe passando delicadamente pelo rosto e depois fica contornando os seus lábios com o dedo.”

#Eu sempre te amei Yuki, mas aquela mulher fez com que eu acreditasse que nunca seria capaz de amar e nem de ser amada por ninguém. Por culpa dela..... eu comecei a te torturar.... tudo porque achava que estava ao meu lado apenas por causa da nossa maldição.#

“O toque de Akito em seus lábios faz com que o garoto sinta uma enorme vontade de lhe beijar. Queria sentir o sabor de seus beijos agora muito mais do que antes. Sabia que o desejava não apenas de uma forma carnal, mas que de fato o amava. Que para ele bastaria o ter para sempre daquela forma, preso em seus braços, que já seria feliz. Ele o amava como aquelas duas crianças, que já estavam felizes apenas por estarem de mãos dadas.”

-Permita-me ficar ao seu lado, Akito-san. Ficarei feliz, se poder apenas te abraçar e te beijar quando desejar.

“Akito fecha os olhos e uma lágrima escorre pelo canto do seu olho esquerdo. Parecia que toda aquela tristeza que guardava dentro de si tinha terminado. Após tantos anos, novamente sentia que o seu coração estava batendo no mesmo ritmo que bateu quando o garoto a conheceu. Yuki passa o dedo sob a pequena lágrima solitária e aproxima os seus lábios dos de Akito. O suave toque dos lábios de Yuki a faz com que fique alguns segundos sem respirar, sentia que o beijo do garoto era o beijo de um homem apaixonado e decidido. Sua língua agora invadia o interior de sua boca e a cada instante a beijava com mais paixão.”

#Eu também te amo Yuki. E amo-te não porque é o possuído pelo espírito do rato. Amo-te pelo fato de ser o Yuki Sohma. Amo-te desde de a primeira vez que te vi. Graças a você, voltei a ter um pouco de alegria depois da morte do meu pai. Mas, sua companhia foi enchendo o meu coração de amor e de medo. A sua saúde tão frágil enchia o meu coração de medo. Tinha medo de te perder, como tinha perdido o meu pai.#

“Yuki sentia que aos poucos Akito ia se entregando cada vez mais ao seu beijo. Desejava que aquele instante nunca mais terminasse. O beijava como se a sua vida dependesse daquele beijo, como se fosse um substituto para o oxigênio que respirava. Seu corpo agora não estava mais gelado, na verdade parecia que estava envolto a chamas de tanto calor que estava sentindo. Akito sempre o fez se sentir vivo, mesmo quando o fazia sentir dor, ele sabia que estava vivo apenas quando o Akito estava ao seu lado.”

Toc Toc

-Senhor patriarca, telefonema urgente da sede.

“A batidas na porta seguida pela voz da empregada, faz com que os dois se separassem num salto. Seus corações estavam muito acelerados e suas respirações ofegantes. Akito se levanta, abre a porta rapidamente apenas para pegar o aparelho da mão da empregada, fechando a porta novamente."

-Alô...

"Yuki foi vendo que a fisionomia de Akito ia mudando ao escutar o que a outra pessoa lhe dizia."

-Entendi. Já estou voltando para a sede.

“Akito desliga o aparelho, mas não olha para o Yuki. Continuava parada próxima da porta, e a cada segundo que passava, o seu coração ficava ainda mais dolorido e inseguro.”

-O que aconteceu, Akito-san?

“Yuki se aproxima e segura em sua mão que estava vazia ao lado do seu corpo, enquanto que a direita segurava o aparelho próximo ao seu coração.”

-Tenho que voltar agora para a sede.

“O garoto sente que aos poucos as mãos de Akito estavam ficando frias. E que seus olhos estavam cheio de medo e raiva. Sua vontade era de lhe pedir que não voltasse naquele momento, que ficasse ao seu lado, mas sabia que ele era o patriarca dos Sohmas. Yuki o abraça com um forte desejo de conseguir tirar aqueles sentimentos de seus olhos. O abraço do Yuki faz com que ela volte a se sentir amada, como ele conseguia com tão pouco fazer com que o seu mundo ficasse melhor?”

#Porque não posso ficar aqui para sempre? Porque não posso me exilar nesses braços? Meu Yuki.... Meu querido Yuki....#

“Akito procura pelos seus lábios para lhe dar um beijo de despedida. Nunca em toda a sua vida, tinha sentido tanto o peso de ser o patriarca dos Sohmas. Sua vontade era de ficar ali, o beijando para sempre, mas sabia que tinha que voltar. Na sede a esperavam dois problemas, a ida repentina de Kana para o hospital e a fuga de Ren Sohma.”

by Kyo

Um comentário:

Anônimo disse...

LINDO LINDO LINDO DEMAIS!!
AMEI!