25/06/2008

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“ Hatori apóia a mão direita na parede no primeiro degrau da escada, de cabeça baixa tentava respirar. Estava ofegante, vermelho, com o coração batendo rápido e dolorosamente. Levou a mão esquerda sobre a boca que ainda formigava.”

# O que eu fiz? O que... eu não posso acreditar que eu... eu... beijei a Tohru.. tão macio, tão calmo, tão... suave... Eu ainda posso sentir a macies da boca pequena dela, tão frágil, tão... gentil... O que eu to pensando? Eu sou um monstro! Ela é apenas uma criança... Céus ela nem deve saber o que aconteceu.. Espera!#

“ Hatori retirou a mão da boca e olhou para a parede a sua frente assustado e sentindo seu coração ainda mais disparado, colocando sua mão sobre o peito e lembrando da sensação da pele dela sobre seu peito, sentiu um arrepio por todo o seu corpo.”

# Aquele pode ter sido... o primeiro beijo dela. O que eu vou fazer agora? Como vou me responsabilizar por isso? O que eu fiz.... eu sou... um monstro... um monstro... #

Obrigada Akito, por ter me dado um marido.... que não é um monstro.

# Eu sou um monstro... a Kana estava certa... esse tempo todo... eu sempre fui um monstro contido... mas apenas um monstro... O que eu faço agora? O que eu vou fazer? Shigure me matará quando souber.... Akito!#

“ Hatori lembra-se de Akito, de tudo o que ela fez e de todas as vezes que ela não aceitou que um possuído possuísse uma namorada. Lembrou-se das palavras de agora a pouco, de como ela encontrava-se descontrolada e o quanto isso seria perigoso se ela cruzasse o caminho de algum deles, principalmente das meninas que não faziam parte do clã.”

# Tohru... #

“ Hatori virou-se em direção à porta com menção de ir atrás de Akito, mas deu de cara com Uotani que estava parada no primeiro degrau atrás dele o observando em silêncio. Precisou dar um passo para trás quando a viu para não esbarrá-la e se transformar. Estava ainda mais assustado do que antes, de todas as pessoas ela seria a última na face da Terra que gostaria de encontrar agora, descomposto, com os olhos vermelhos de chorar, trêmulo, nervoso, ansioso. Mas a penumbra que se encontrava o interior da casa naquele momento serviu como um singelo manto para esconder a sua vergonha.”

# Kamisama não permita que essa louca tenha visto o pecado que acabei de cometer. #

- Então era aqui que você tava se escondendo, Peter Zangado Pan?!

- Eu não tenho tempo para você agora, me dê licença?

- Ora, ora, aonde você pode querer ir com tanta pressa num lugar como esse?

- Não é da sua conta, agora com a sua licença...

“ Uotani segura a mão de Hatori quando ele desce o degrau para ir embora, ficando meio de lado um para o outro mas se encarando de frente.”

- Não com tanta pressa. Aonde está todo aquele cavalheirismo e pinta de maduro, largando uma mulher falando sozinha?

- Quem você pensa que é, pra querer me dar lição de moral?

- Eh... parece que o capitão zangado está mostrando as garrinhas de novo. Qual o seu problema heim, porque fica todo incomodadinho comigo?

“ Uotani puxa a mão do Hatori fazendo ele se aproximar dela ficando com os rostos próximos, o médico podia sentir a respiração da jovem percebendo o cheiro de saquê.”

- VOCÊ BEBEU? FICOU LOUCA, SUA IRRESPONSÁVEL.

- EI, NÃO VEM ME DANDO LIÇÃO DE MORAL NÃO. VOCÊ NÃO SABE NADA A MEU RESPEITO.

- E QUEM DISSE QUE EU PRETENDO SABER?

- Eh... então é assim? O Peter Zangado Pan não gosta de se divertir e nem de ver ninguém se divertindo?

by Leandra

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