25/06/2008

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“ A lua cheia clareava completamente a noite, as lágrimas de Tohru brilhavam como diamantes melancólicos se jogando de seus olhos. Shigure pode perceber quando ela ficou vermelha ao abaixar a cabeça quando parou de falar.”

# O que o Hatori fez? Ele não teria coragem de machucá-la ou fazer qualquer coisa pra magoá-la, não é? Por favor Tohru... pare de chorar dessa forma antes que eu perca o controle.#

“ Shigure soltou a foto e ergueu o rosto dela e ficou encarando-a. O coração dela falhou uma vez, sentiu seu corpo tremer, suas mãos suarem. Parecia a mesma reação que teve com Hatori, mas não era assustador, não era como se tivesse medo ou quisesse evitar. Era um sentimento calmo e ao mesmo tempo desesperado, machucava e ao mesmo tempo parecia curar a dor. Seu coração disparou, sua respiração ficou pesada, mas ela não desejou que isso parasse.”

# Tanta tristeza... mesmo assim... é diferente do Hatori... o Shigure... não possui raiva... apenas... solidão... Porque Shigure... está tão triste?... por que essa solidão... eu não estou aqui? #

- Tão... sozinho...

“ Tohru sem perceber, soltou a mão direta da casaca e tocou com os dedos o canto do olho esquerdo de Shigure, sussurrando como se estivesse em transe. Esse simples toque fez todo o corpo dele estremecer e sentir perder as forças das pernas, como se somente aquele toque tivesse feito ele ser submisso à ela para sempre. Aquelas palavras pronunciadas num sussurro não para ele, ela estava falando com ela mesmo. Ela havia visto aquilo que ninguém havia percebido, somente ela com aqueles dedos pequenos a tocar seu rosto havia visto o seu pequeno segredo. Ele sentiu como se pudesse entregar-lhe sua vida, servi-la no que ela pedir, morrer se fosse necessário. Nesse momento ele teve a certeza.”

# Eu a amo... é isso... não importa... Eu a amo e pronto. Suave, inocente e pura... eu a amo... desculpe Haa-san... eu a amo... não como a Kana... não como se eu pudesse viver apenas vendo-a feliz, mesmo com outro...não... Eu a amo... a amo... apenas para mim... Eu não vou deixá-la para você... Eu a amo como se pudesse desistir de viver por ela... e eu não vou desistir até que ela me peça. #

- Tohru... o que o Haa-san fez? Preciso que me diga.

“ Tohru foi despertada de seu transe por essas palavras e retirou a mão do rosto de Shigure olhando-o assustado e vermelha. Lembrou-se do beijo que Hatori lhe deu e que ainda estava presente em sua memória como um filme que acabou de assistir. Ameaçou levantar, mas nem conseguiu retirar os joelhos do chão ficando tonta e voltando a ajoelhar, levando a mão a cabeça. Shigure se assustou e segurou seus ombros.”

- Tohru, você está bem?

- Sim... um pouco tonta, eu acho... minha cabeça está meio rodando... deve ser o sono, né?

“ Tohru tentava sorrir pra disfarçar a vergonha, mas não conseguiu convencê-lo. Segurando firme nos ombros dela, Shigure força-a a olhá-lo.”

- O Haa-san tentou ou fez alguma coisa com você, Tohru?

“ Ela ficou imediatamente vermelha tirando a mão da cabeça e encarando-o surpresa e assustada.”

# Eu não posso acreditar que ele tenha feito algo... perder a cabeça por estar desesperado... Haa-san eu irei matá-lo também. #

- Er... ele... não... não... aconteceu nada... ele... eu... não...

-Páre de gaguejar, isso só confirma o que eu perguntei. Tohru... você ama o Hatori?

“ A respiração falhou junto com o coração, sua cabeça rodou ainda mais. Tohru sentiu uma pontada dolorosa no peito. Aquilo parecia um absurdo. Está certo que fora beijada pelo médico mas isso não tinha nada a ver com o que ela sentia. E o que ela sentia? Sentiu-se confusa, perdida, triste, desesperada.”

- Eu... eu... nunca pensei... eu não... eu não sei... eu nunca pensei nisso... porque eu amaria o Hatori? Eu... eu não ache que... tudo isso... eu...

“ Sentiu sua cabeça rodando, voltou a colocar a mão sobre ela. Shigure fechou o cenho, sentiu raiva, frustração, desespero, medo. Segurou-a pelos braços pressionando-os ao lado do corpo dela, erguendo-a de pé. Ele olhou-a por um momento, amava-a, desejava-a e não suportaria perder à ela também para o primo. Não, ela seria dele, porque somente ela foi capaz de enxergá-lo e seria a única capaz de salvá-lo.
Ela olhou-o ainda mais confusa e tonta, sentia seu mundo rodar e suas pernas fraquejarem. Havia a pouco sido beijada como uma mulher de verdade por Hatori e agora sentia tão forte e tão perto o perfume do escritor que estranhamente ansiava ver-se afundada naquele perfume.

Sentiu sua boca ressecar e seu rosto queimar. Shigure viu-a molhar os lábios com a língua e não pode conter-se. Não suportava mais fingir indiferença, brincar com inocência ou continuar a tê-la como uma filha ou prima mais nova. Ela era uma mulher, uma mulher que ele queria ao seu lado sem se importar com idade, com diferenças, com o que o mundo fosse dizer.”

- Eu não irei perder você para ele...

“Levou sua boca à dela, sem pedir permissão invadiu-a com sua língua quente, firme, grossa e macia. Tohru estremeceu, seu corpo inteiro reagiu imediatamente aquele contato, não da forma como com Hatori. Agora ela sabia do que se tratava, e estranhamente percebeu que desejava aquilo desde o dia em que ele lhe deu um pequeno beijo sobre os lábios. Não encontrou resistência, sentiu-a corresponder aquele beijo com timidez e inocência, sua pequena língua fina e macia a enroscar na sua. Sentiu-se completamente entregue ao desejo, a felicidade e ao amor. Tohru mal sentia seus pés, o forte aperto em seu braço pelas mãos grandes do escritor apenas aumentava aquela sensação de êxtase.”

by Leandra

2 comentários:

Anônimo disse...

Kyaaa... q lindo... amei!!!
A fic tah mtu linda!!!^^

Anônimo disse...

Fogo na fogueira é pouco!!!!

uhuuuuullll!!

ameei!
quero mais
quero mais
quero mais!!!

por favor

:)
:)