15/07/2008

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“Shigure e Tohru já estavam no ponto onde a trilha se dividia em vários caminhos e ainda continuavam de mãos dadas. O escritor lembrasse de qual das trilhas levava até uma pequena cachoeira que ele, Hatori e Ayame encontraram quando crianças, sendo que justamente essa que nunca iria chegar ao templo. Ele olha para a garota, ela ainda não tinha lhe falado nada, mas conseguia perceber o quanto que ela estava aflita e nervosa.”

#Tenho que fazer isso agora.#

-Tohru, vamos por esse caminho aqui. “Ele aponta precisamente para a trilha que levava até a cachoeira.”

-Sim.

“Tohru não sabia como se comportar agora. Estava tentando ser a mais natural possível, mas sabia que não estava conseguindo, e ver o escritor tão calmo e tranqüilo como estava só a deixava ainda mais insegura.”

#Será que o Shigure está sim porque aquilo foi apenas uma coisa do momento? Ele já tinha me beijado antes, não tinha sido dessa mesma forma, mas já tinha me beijado e também agiu como se nada tivesse acontecido. Nhoo..... isso só está me deixando ainda mais nervosa.#

“A garota olha para a mão do rapaz que ainda segurava a dela enquanto caminhavam em silêncio pela pequena trilha. Shigure estava determinado a não soltar da sua pequena e delicada mão até que chegassem na cachoeira.”

#Me desculpe Haa-san, mas dessa vez não posso deixar que ela te escolha. Eu realmente a amo e a quero só para mim.#

“O barulho do mata é a trilha sonora daquele passeio, mas os dois estavam tão perdidos em seus pensamentos que nem conseguiam perceber aquela maravilhosa sinfonia. Em suas mentes os filmes da noite anterior passavam constantemente, e na do Shigure ainda vinha à imagem da Arisa lhe contando que o médico também a tinha beijado.”

“Tohru começa a se lembrar da tristeza do Hatori, de sua dor ao saber que na verdade a Kana nunca tinha o amado, de como estava sofrendo diante daquelas fotografias. Não entendia como aquela mulher não tinha sido capaz de ama-lo.”

-Tohru... você ama o Hatori?

“Assim que se lembra da pergunta que o Shigure lhe fez antes de beija-la, Tohru sente um forte aperto no peito. Shigure percebe que a mão da garota tinha ficado gelada e olha para trás. A jovem estava pálida e com os lábios um pouco arroxeados.”

-TOHRU?!

“Ele percebe que a jovem estava ficando cada vez mais pálida e lhe segura pelos ombros. Ela olha nos olhos dele muito perdida.”

#O que eu sinto por ele? Será que eu amo o Hatori?#

-O que está sentindo Tohru?

“A garota apenas continua lhe olhando sem falar nada e seu olhar começa a se encher de lágrimas.”

-TOHRU?!!

“Ela abaixa a cabeça e começa a chorar. Sentia uma grande angustia em seu coração. Estava perdida e sozinha. O que ela sentia pelo Hatori?”

-Eu.... eu não sei....

-Consegue andar mais um pouco? Já estamos chegando.

“A jovem balança a cabeça e eles voltam a caminhar de mãos dadas, mas com os passos mais lentos.”

#Por que está assim Tohru? O que está acontecendo? Eu não quero te ver assim. Por favor, Tohru, volte a ser aquela garota que eu amo. Alegre, forte e com um lindo sorriso que é capaz de curar qualquer dor.#

“Tohru sente que a mão do rapaz agora estava trêmula, e que a sua respiração estava um pouco alterada, e já não estava com aquele ar de tranqüilidade. Ela volta a olhar para as mãos deles e coloca a sua outra mão em cima da dele, sem parar de andar. Embora estivesse com a mão gelada, aquele contato aquece o coração do escritor. Ele continua andando sem olhar para a garota, por que sabia que se lhe olhasse não seria capaz de segurar a emoção que estava sentindo.”

“Após alguns minutos caminhando eles chegam a uma pequena mata fechada por onde entram e ao seu final surge a pequena cachoeira que estava cercada com diversos tipos de flores, era uma imagem que se encontrava apenas em sonhos. Os dois ficam parados diante da queda d`água por alguns segundos contemplando a beleza do local.”

by Kyo

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