01/11/2008

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O médico já estava no quase do meio do corredor quando escuta o barulho da porta do quarto se abrindo.

-YOKO... YOKO.... –Assim que ver o possuído parado no corredor Akito deixa de gritar. - O o que está fazendo ainda aí?

Hatori volta e fica parado na frente de Akito. Queria pensar em uma desculpa, mas nada lhe vinha a mente. O patriarca o olhava fixamente e com a mão direita fechada sob o seu coração, que batia freneticamente.

-Ele sempre faz isso, senhor patriarca. O Hatori-kun sempre fica por um tempo parado no corredor quando sai do seu quarto.

#Velha fofoqueira!#

O Médico olha para a Akito, mas não consegue ficar lhe olhando por muito tempo desviando logo o olhar.

-E por que você faz isso?

-É para ter certeza que o senhor patriarca está bem. O que deseja, Akito-sama?

Akito olha para a velha governanta e depois para o médico que não lhe olhava.

-Akito-sama??

-Quero que me traga um pouco de saquê quente. E vá logo.

-Sim, senhor.

A governanta faz uma referencia e sai para providenciar a bebida deixando os dois parados no corredor.

-Não sabia que o patriarca bebia sozinho.

-Hunf.. Não é assim que fico sempre? Estou o tempo todo sozinho, como quer que eu beba acompanhado?

Akito se vira e entra no quarto deixando o médico parado na porta.

-Se quer companhia basta chamar algum dos possuídos.

O sangue de Akito começa a ferver e ela fecha as duas mãos.

-Vocês só sabem vir assim mesmo. Nenhum é capaz de vir me ver se não for por obrigação.

#Eu não quero mais a companhia deles por obrigação. Chega. Não quero!#

-Eu vou te fazer companhia então.

-O que?

Akito fica o olhando toda espantada enquanto que o médico tirava a gravata e abria os quatro primeiros botões da camisa branca e se sentava no chão puxando a mesinha onde a Akito fazia as suas refeições no quarto.

-Eu ia tomar uma dose de saquê em casa mesmo.

#O que ele está fazendo?#

-Ou não quer a minha companhia?

-Hunf... por mim tanto faz.

Akito se senta na frente de Hatori, era obvio que para ela havia uma enorme diferença em beber sozinha e com a companhia dele, mas era muito orgulhosa para admitir que queria a sua companhia. O médico desabotoa mais um botão e abre um pouco mais a camisa, e se senta de uma maneira muito confortável. Akito o olha com o canto dos olhos, e tenta não olhar para o tórax do rapaz que estava aparecendo, mas o possuído nem percebe isso.

#É melhor não a deixar que beba sozinha. Mas eu não fazia a menor idéia que ela fazia isso.#

Hatori a olha, e vê que ela estava olhando para a mesa com uma cara bem fechada.

#Pelo visto o mau humor dela só vai piorar ainda mais. Gostaria de saber o que a deixa tão mal humorada assim.#

#Que droga. A minha vontade era de pular em cima dele e arrancar de vez aquela camisa.#

O som da batida na porta tira os dois de seus pensamentos e a empregada entra com a garrafa de saquê quente e a deixa sob a mesa, se retirando depois. O médico pega uma das tacas e serve ao patriarca e depois se serve.

-Eu não sabia que Akito-san bebia.

-Vocês não sabem de nada sobre mim. A única coisa que sabem é que eu sou o kamisama de vocês e o patriarca do clã.

Ela vira de uma vez a taça deixando-a vazia. Hatori só lhe olha e lhe serve uma outra dose.

#O que ela quer que a gente saiba?#

Akito pega a taça novamente e mais uma vez a deixa vazia com apenas um gole, enquanto que o rapaz ainda nem tinha bebido a sua primeira taça.

#Ela sempre bebe assim?#

A garota estava um pouco nervosa, nos últimos meses estava evitando ao máximo falar com o possuído. Odiava-se por ficar tão ansiosa só para vê-lo, e agora estava com ele a sua frente e bebendo em sua companhia.

-Por que não foi com os outros para as termas?

-São três horas de viagem até lá. Se precisar não conseguirei voltar imediatamente. Sua saúde está muito instável nos últimos tempos.

-Ainda bem que pensa. O seu dever é sempre comigo em primeiro lugar.

Ela vira mais uma taça de saquê.

-Eu sei.

A voz do rapaz pareceu ser muito indiferente para Akito o que a deixa muito irritada e se levanta da mesa e lhe falando com um tom bem áspero em sua voz.

-Pronto. Pode ir.

Hatori fica apenas a observando, mas sabe que de nada adianta falar com ela naquele momento, ele termina de beber o saquê de sua primeira taça e se levanta.

-Da próxima vez que quiser beber pode me chamar. Oyasumi Akito-san.

Akito nada lhe fala, enquanto ele sai do quarto.

#Essa indiferença dele é o que me machuca mais. Ele sempre agiu como se nada tivesse acontecido. Parece que apagou de sua mente no mesmo instante que apagou as memórias da Kana. Em sua voz não existe nenhuma emoção. Tudo está frio e distante para ele.#

Akito pega a garrafa a levando para a cama e começa a beber o que restava do saquê quente diretamente na garrafa.

by DonaKyon

4 comentários:

Anônimo disse...

Akki-Chan diz:
formoso ... XD
definitivamente não perder-me-ei lhe avance deles dois ...

Anônimo disse...

A Akki tá na mesma que eu... rs...

E aí, o que a gente faz?? Me dêem uma luz, rs,...

Muito bom, gente =)

Mais, mais, mais, mais, maaaaais

DonaKyon disse...

Ahahahahah XD

Esperem até o dia seguinte quando a Akky irá acordar após um belo porre de sake XDD

Unknown disse...

Gostei da previa desse casal

"#Que droga. A minha vontade era de pular em cima dele e arrancar de vez aquela camisa." realmente isso é muito interessante acontecer futuramente heeheheheheheh