25/10/2009

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Akito abre os olhos e tenta reconhecer onde estava. Sabia que havia algo de errado, mas era incapaz de dizer exatamente o que é que tava errado. O quarto era iluminado pela luz do sol que entrava pela janela, pois nem mesmo a fina cortina de tecido claro, era capaz de impedi-lo. A garota olha para o relógio e vê que eram 10 da manhã.

#Será que é essa hora que me levanto mesmo? Como será que é o meu quarto? Como será a minha vida?#

O patriarca se levanta e começa a descobrir o quarto da Tohru. Ela segura o porta-retrato com a foto da Dona Kyoko e logo deduz que aquela mulher era a falecida mãe da garota, ao seu lado havia um conjunto dos 12 signos do zodíaco que a garota mesma tinha feito, mas dois detalhes chamaram a atenção de Akito, no lugar do dragão tinha um pequeno cavalo marinho e no meio dos doze havia um gato.

#Por que será que a Tohru-chan fez esse conjunto assim?..... Tohru-chan..... Será que eu sempre a chamei assim? Eu acho isso tão estranho, me parece que nunca a tinha lhe chamado assim.#

Akito se olha no espelho e se vê de camisola de tecido de algodão na cor rosa com pequenas flores vermelhas desenhadas. A sua sensação era de que aquela pessoa refletida para os seus olhos não era ela. Ela rapidamente sai do quarto e corre para o quarto do Shigure, abrindo a porta sem ao menos ter batido e vê que o escritor ainda dormia. Ela começa a sacudi-lo e a chamá-lo para lhe acordar.

-Shigure... Eih Shigure.

Shigure abre os olhos e vê um pedaço de tecido rosa com flores vermelhas até a altura do joelho, quando olha para cima e vê que era o patriarca que estava com aquela roupa ele começa a ter um acesso de riso.

-AHAHAHAH AHAHAHAHHA

#Ele me respondeu o que eu queria saber. É claro que eu nunca usaria esse tipo de roupa na minha vida.#

-Me desculpe Akito, mas é que.... Ahahahahah..... é que..... ahahahah

-Eu já entendi. Nunca tinha me visto assim antes.

-Ahahahahah.... Exatamente isso.... Ahahahah

Akito se senta na cama e espera que o primo acabe de rir.

Após rir por mais alguns minutos, Shigure se senta na cama e olha para a garota.

-Pelo menos eu sei o que eu nunca usaria.

-A que pena... Já ia encomendar do Ayaa um monte de vestidos cheios de laçinhos para você.

-Isso é mais a cara da Tohru e não a minha..... Tohru?! Tohru-chan?!

-O que foi?

-Como eu a chamava antes?

Shigure já tinha entendido o que é que a Akito estava procurando, a garota queria saber quem ela era antes.

-Akito, desde que tinha oito anos, você é a líder de uma das famílias mais tradicionais do Japão. Acredita que a líder do clã Sohmas, um dos mais ricos desse país, a chamaria de Tohru-chan?

-Não.

-É claro que não. Você sempre chamou as pessoas pelos seus nomes. Então não precisa começar a fazer isso agora. Mas, as meninas sempre te chamaram daquela maneira.

- Então, o meu pai morreu quando eu tinha oito anos?

-Não. O Akira-sama morreu quando tinha sete anos.

-E que doença a minha mãe tem?

-A Ren é louca!

Ao escutar aquilo Akito não sente vontade de lhe perguntar mais nada.

-Akito, acha que alguém que é líder a tantos anos de uma família como a nossa, teve tempo para viver a sua própria vida? Acha que teve oportunidade para descobrir quem realmente é? Você sempre teve muita pressão e responsabilidades nas suas costas. Teve que crescer muito rápido e nem teve tempo de se descobrir. Foi por isso que o Haa-san achou melhor que ficasse longe da sede por esse tempo.

Shigure segura nas mãos de Akito. Ele também desejava que ela encontrasse a verdadeira Akito Sohma, não queria que ela começasse a fingir quem ela não era novamente.

-Pense sempre como a líder dos Sohmas, pois essa é você.

-Pensar como a líder dos Sohmas.

-Isso e também acredite em seus instintos ou na sua intuição.

Akito se lembra do que tinha acontecido entre ela e o médico na noite anterior.

by DonaKyon

Um comentário:

Unknown disse...

realmente compreender Shigure é um misterio...

bem não deixa de ser interessante