11/06/2009

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A voz do patriarca vindo por detrás faz com que o médico sinta as suas pernas um pouco trêmulas e o seu coração bate mais rápido, mas o médico acreditou que isso era uma conseqüência direta do susto provocado pela voz de Akito.

-Apenas comentei por que isso não é muito comum.

-Eu sei que para vocês eu devo ser um ser que não possui qualquer sentimento, mas isso não é verdade.

Akito se sentia muito incomodada pelo comentário do médico. Agora estava mais claro do que nunca que o médico nunca iria imaginar que ela fosse apaixonada por ele.

#Para ele eu devo ser uma pessoa sem coração. Ele não consegue nem ao menos imaginar que eu posso gostar de uma pessoa.#

-Eu sei que possui vários sentimentos dentro de você. Ela está bem. Não é nada grave.

O patriarca se sente pouco aliviada com a notícia, vira as costas e começa a caminhar de volta para o seu quarto. Hatori ainda permanece parado apenas a observando.

#Por que que isso tinha que acontecer justamente agora? Parece que o destino gosta de me desafiar mesmo. Quando tinha me decidido a mudar, a tentar fazer de tudo para fazer o Hatori feliz, a tristeza e a solidão estão voltando a dominar o meu coração. É melhor parar com isso agora mesmo.#

Akito para de caminhar e fala com a Yoko sem olhar para trás.

-Quando essa empregada melhorar pode mandá-la para trabalhar em outro lugar. Mande-a para uma das residências dos Sohmas do interior.

#Eu sabia que ela ia fazer isso... Akito gosta de tirar de suas vistas tudo aquilo que a ameaça........ Eu não sabia que a conhecia tão bem assim.... Sempre achei que nenhum dos possuídos tinha o direito de tentar entender o kamisama. #

Akito volta a caminhar pelo longo corredor, deixando o médico parado na porta do quarto da empregada. Tudo o que ela não queria naquele momento era ficar sozinha, mas havia se prometido que para o Hatori ela não iria mais impor a sua vontade, que pelo menos ele, ficaria um pouco livre de sua tirania.

-Akito-san......

A voz do médico faz com que o coração de Akito pare de bater por alguns instantes. Ela para de caminhar, mas não olha para trás.

-...posso tomar uma xícara de chá com o senhor patriarca?

A garota sente um pequeno ponto luminoso em seu coração, mas ainda era tão fraca como a luz de uma pequena vela. O sentimento de esperança era para a Akito o pior dos sentimentos.

-.... faça o que quiser....

O tom da resposta de Akito era ao mesmo tempo de medo e de desespero. Tinha certeza que o médico voltaria para casa depois daquela resposta. Hatori sabia que ela não queria ficar sozinha naquele momento, mas ele fica por alguns segundos sem saber o que fazer, afinal pela primeira vez Akito tinha lhe dado realmente o poder da escolha. Sentia que aquela frase não era simplesmente uma frase vaga como ela já havia feito outras vezes.

-Yoko-san, traga as coisas para prepararmos um chá.

Aquela resposta de Hatori faz com que Akito sinta ao mesmo tempo mais amor pelo médico com também um pouco de ódio, pois aquela resposta aumentava ainda mais a sua esperança de ter algo que era impossível de possuir.

O patriarca volta a caminhar sem olhar para trás, mas sabia que o possuído caminhava atrás dela.

#Por que será que ele preferiu ficar comigo? Mesmo lhe dando a oportunidade de escolha, ele preferiu tomar o chá comigo...#

-Vai realmente mandar aquela empregada para outra casa?

Akito nada lhe responde, ela abre a porta do quarto e vai se sentar na kotatsu que estava ao lado da janela. Tudo o que ela não queria era lembrar-se da empregada que ela tinha se simpatizado, mas que nem sabia o seu nome. Havia se simpatizado com ela, simplesmente porque ela lembrava a Eiko-san.

by DonaKyon

Um comentário:

Cecii disse...

Akito está segurando uma serra elétrica na imagem?! O____O