10/05/2009

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Elisa volta a ficar de pé e caminha até uma linda sala cheia de brinquedos, sendo seguida pela garota e a criança. Ela se senta no sofá e aponta para o local ao lado para que a Tohru se sentasse, ficando a Momo a brincar com as várias bonecas que estavam espalhadas pelo chão.

-Eu não entendo muito família do meu marido. Às vezes, tenho a sensação de que os Sohmas vivem em dois mundos totalmente separados. Eu não conheço quase a nenhum dos Sohmas que moram na parte que é conhecida como “dentro”. A nós que vivemos do lado de “fora” só nos é permitida a entrada uma vez por ano, justamente para comemorar o primeiro almoço do ano. A senhorita mora com alguns Sohmas, segundo o meu marido me contou.

-Sim. Gentilmente o senhor Shigure me deixou morar na casa com eles depois que a minha mãe faleceu.

-Então é por isso que se esforça tanto sendo tão jovem. Meus sentimentos pela sua mãe.

-Obrigada.

Tohru já não sentia aquela dor que parecia que iria lhe matar quando se lembrava da mãe. Aos poucos estava se acostumando com a idéia de viver sozinha no mundo.

-Ahh, Shigure Sohma, não é aquele jovem escritor?

-É ele sim. Moro com ele e mais dois primos dele, o Yuki-kun e o Kyo-kun que são meus colegas de classe.

-Humm, esses eu já não os conheço.

Tohru arregala um pouco os olhos, nunca tinha imaginado que a separação entre os Sohmas fosse tão grande assim.

-São todas excelentes pessoas.

A mulher aproveita aquela oportunidade para tentar entender um pouco mais sobre a família de seu marido.

-Não duvido. Os Sohmas é uma das famílias mais tradicionais do Japão. Quando me casei e vim para cá, estranhei muito as regras do clã. Acho que não conheço nem um terço dos Sohmas. O Momiji-kun o conheci alguns anos trás no prédio que o meu marido administra, e onde a senhorita trabalhava.

A senhora Sohma abaixa a cabeça e continua falando.

-O Momiji ficava todas as noites lá, brincando pelo saguão. Até que um dia tentei conversar com ele, mas não consegui, assim que cheguei perto dele, ele começou a chorar. Depois de uma semana o vi por lá, e aí sim, conseguiu conversar um pouco com ele. Mas o Momiji-kun me pareceu ser uma criança muito triste. Perguntei ao meu marido e ele me contou que os pais deles vivem fora do Japão.

Tohru se segurava para não ficar emocionada na frente da mulher, era muito difícil a ver falando daquela maneira do seu próprio filho.

#Ela não parece ser do tipo que preferiria esquecer o próprio filho, ela fala com tanto carinho do Momiji-kun. Mas por que será que ela preferiu ter a sua memória apagada pelo Hatori-san?#

-Quem cuida do Momiji-kun é o senhor Hatori.

-Hatori-san?

-Ele é o médico do clã dos Sohmas e é um Sohma também. Mora do lado de dentro da sede.

-Ahahha, a Honda-chan sabe muito mais sobre a família Sohma do que eu.... ahahahah

Tohru lhe dá um pequeno sorriso. Era evidente que ela sabia muito mais dos segredos do clã do que a mulher que estava sentada ao seu lado. Momo apesar de estar brincando, prestava atenção na conversa das duas e percebe que aquela era mais uma oportunidade para pedir um irmão.

- Eu queria muito ter um irmãozão como o Momi-kun. Mamãe porque que a gente não fala para o Momiji-kun morar aqui com a gente?

-Ahahahah.... A Momo-chan insiste na idéia de ter um irmão mais velho do que ela. A mamãe já falou que só poderia te dar um irmãozinho...

-Irmãozinho eu não quero! Quero um irmão como o Momiji-kun!

-Acho que os pais do Momiji-kun não iriam permitir isso. Você gostaria que a mamãe deixasse você morar com outra família?

-Só se a mamãe for junto.

A menina corre para abraçar a mãe com muita força. Honda fica olhando aquela cena tão meiga com os olhos cheios de lágrimas.

#Eu preciso fazer algo por essa família. Deve ter uma maneira de unir o Momiji com os seus pais e a sua irmã. Eu não posso mais ter o carinho da minha mãe, mas o Momiji-kun ainda pode. Vou fazer tudo o que posso para que ele também receba esse afeto materno que a Elisa-san tem.#

-Tohru-chan...

A Momo passa de leve a mão no rosto da garota, sem perceber ela havia deixado que algumas lágrimas caíssem.

-Nhaaa.... É que o carinho de vocês duas é tão lindo que fiquei emocionada.

-É que a Momo-chan é a minha vida. Acho que morreria se ela não existisse. Sinto que ela curou uma grande dor que sentia na alma, mas nunca descobri o que era. Às vezes sinto como se tivesse me esquecido de algo que foi muito importante em minha vida.

Tohru a olhava um pouco espantada.

#Seria o Momiji-kun? Será que algum dia a hipnose do senhor Hatori deixaria de existir? Será que o senhor Shigure saberia me responder isso? Assim que voltar para casa lhe perguntarei isso.#

by DonaKyon

3 comentários:

Menina disse...

ameeeei!


(L)(L)(L)(L)(L)(L)(L)(L)(L)


posta, posta, posta?

Unknown disse...

Tohru-chaaaaaan (L'

=D

Menina disse...

tá de brincadeira comigo né, DonaKyon?


cadÊ os caps?

posta, posta, posta!