07/01/2010
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Ren retira a sua mão do braço da velha governanta.
-O que tinha na carta da Eiko-chan?
-É por isso que está aqui? Pois, pode ir embora. Eu não sei de carta alguma.
Yoko volta a caminhar em direção da porta.
-Acabei de me recordar que a Eiko-chan se matou poucos dias depois que Akito retirou o bracelete do gato.
A governanta ao escutar aquilo para de andar, mas ainda se mantém de costas para a Ren, que agora estava parada em pé no meio do quarto, olhando atentamente para descobrir qual seria a reação da mulher.
-Não foi isso? Creio que ela se matou depois de três ou quatro dias.
-Não me lembro.
-É mesmo?! Creio que o possuído do gato deverá se lembrar. Afinal, aquela experiência deve ter lhe marcado.
#Maldita Ren. O que o Kazuma-kun está pretendendo com essa mulher aqui?#
Yoko volta a caminhar deixando a Ren sozinha em seu antigo quarto.
#Por que nunca me lembrei disso? Sempre achei estranho o fato de aquela menina ter se matado, a Eiko-chan não era o tipo de pessoa que faria isso. E se ela realmente o fez, certamente teve um forte motivo para isso. Mas qual seria?#
Yoko volta para o seu quarto e retira de dentro do armário o antigo livro que havia retirado da biblioteca na noite anterior.
#Malditos! Malditos! Mil vezes malditos!#
Yoko, devido a sua idade, não conseguia andar tão rápido como ela gostaria. As empregadas que a encontram entre o percurso realizado entre o quarto da Ren e o da velha governanta, mal se atreviam a olhar em seu rosto, sabiam que a mulher estava morrendo de ódio por alguém.
#Onde a idiota da Akito se meteu? Ela tem que voltar. Tem que tirar essa mulher daqui. O Kazuma-kun não pode ficar nem mais um dia aqui na mansão#
Ela entra e se tranca no quarto. Caminha até uma gaveta de sua cômoda retiramdo o antigo livro, que havia pegado da biblioteca na noite anterior.
#De uma maneira ou de outra, o Kazuma-kun irá sair daqui. #
A mulher esconde o livro dentro da manga de seu quimono e caminha até a biblioteca. Ela bate na porta e espera o professor responder e entra.
-Kazuma-sama, por favor, me diga onde Akito-sama está?
-Infelizmente não poderei lhe dizer.
-Entenda que sou uma mulher velha. Sempre cuidei do patriarca, ele deve estar sentindo a minha falta também. Preciso saber como está a saúde do patriarca.
-Akito nunca se sentiu tão bem como está agora.
Kazuma e Yoko olham em direção da porta e encontram o médico que entrava.
-Se o patriarca está bem de saúde, por que é que não está aqui?
Hatori fica um pouco desconcertado por ter cometido aquela gafe .
-Que ótima notícia Hatori. Acredita que Akito voltará dentre de quantos dias?
-Creio que até no próximo final de semana.
-É uma grande notícia mesmo. Mas não posso falar com Akito-sama, nem por telefone?
Hatori olha para Kazuma, a espera de mais uma ajuda, mas agora, tão pouco o professor, sabia o que falar.
-Já vai correr para falar ao Akito que estou aqui e ver se assim ele volta antes?
-Era exatamente isso. Não acho certo que você fique nessa casa. Akito-sama ainda é o patriarca oficial do clã dos Sohmas, e sabe o que ele sente por você!
-Ele me odeia, tanto quanto eu o odeio!
Hatori estava um pouco chocado ao ver que a Ren estava dentro da mansão, mas ao escutar aquilo, ele precisa se controlar para não lhe responder, afinal ela estava falando à respeito da mulher que ele amava.
-Se sabe disso, o que faz aqui? Essa casa é o local onde nunca deveria ter entrado.
-Por favor, senhoras...
-Kazuma-sama, pergunte ao filho da Eiko-chan, qual foi o dia em que o Akito tirou o seu bracelete e viu a sua forma monstruosa pela primeira vez.
Ao escutar aquilo, Yoko fica completamente branca e olha para o Kazuma com os olhos bem arregalados. Era impossível se controlar naquele instante. Sentia que a qualquer momento tudo poderia ser revelado.
by DonaKyon
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