30/12/2009

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Ren se aproximava da porta principal da mansão do patriarca, com seus longos cabelos negros soltos balançando ao sabor do vento, que estava bem forte e gelado naquela manhã. Vestia o último presente que havia ganhado de seu falecido esposo, um belo quimono de seda preto com diversas flores bordadas. Certamente, aquele quimono era um dos mais ricos e delicados, e que poucos no mundo seriam capazes de fazê-lo. Aquele quimono era apenas usado pelas esposas dos patriarcas, e era passado de uma geração para outra.

A mulher mantém a sua cabeça erguida e olhava cheia de raiva e ódio em direção da mansão.

-R-ren-sama... A a se-senhora não pode...

A ex-mulher do antigo patriarca passa direto pela pobre empregada que estava na porta da casa, e a sua fiel empregada, que a acompanhava, também entra sem dizer nada. Ren entra na sala e olha para todos os lados. Finalmente ela colocava os seus pés na mansão, o local onde ela mais sentia a presença do seu amado esposo, e que estava proibida de entrar desde que o Akira tinha morrido.

-Onde está o Kazuma-sama?

-E-ele está na bibl...

-Não precisa responder nada a essa louca.

Yoko se aproximava com passos tranqüilos e seguros, seu olhar para Ren era igualmente cheio de ódio, não apenas por ela estar novamente dentro daquela casa, mas principalmente por estar vestindo exatamente aquele quimono. Ren a olha cheia de superioridade e percebe que a roupa havia chamado a sua atenção assim como ela queria.

-Bom dia Yoko. Vejo que ainda se lembra do quimono de minha sogra.

-Saia daqui imediatamente Ren.

-Bom dia Ren-sama.

As quatro mulheres olham para o Kazuma que chegava a sala.

-Bom dia Kazuma-sama. Estou aqui conforme me pediu.

-Yoko-san, peça as empregadas para deixarem o antigo quarto da Ren-sama arrumado. Ela irá voltar a morar aqui na mansão.

-O quee?

A velha mulher precisa se controlar ao máximo quando escuta aquilo, suas pernas começam a tremer e a sua respiração fica mais acelerada. Ren a princípio fica tão surpresa quanto a Yoko, mas depois de olhar um pouco mais atentamente para o Kazuma, ela percebe o que estava acontecendo.

#Será que ele já descobriu?#

-Ren-sama, vamos até a biblioteca enquanto o seu aposento não está pronto.

-Até quando ela ficará aqui, Kazuma-SAMA?

-Até o Akito-san retornar.

O homem percebe o quanto que aquela notícia havia desestabilizado a velha governanta. Ele começa a caminhar pelo longo corredor seguido pela Ren. Assim que entram na biblioteca, a mulher vê os vários livros que estavam espalhados pelo tatame.

-O Kazuma-sama já encontrou?

-Ainda não.

-Então, por que quer que eu fique aqui na mansão?

-Me desculpe, Ren-sama, os meus motivos são pessoais. Se importaria de ficar esse tempo aqui?

-De forma alguma.

Ren se aproxima da mesa e vê um livro muito antigo sobre a árvore genealógica dos Sohmas.

-O senhor deveria começar dos mais recentes.

Aquela informação deixa o professor muito surpreso.

#O que é que ela quer que eu encontre?#

A mulher começa a olhar os outros livros e percebe que o homem buscava informações sobre a maldição dos possuídos.

-Realmente deve amar muito o filho da Eiko-chan.

-A Ren-sama sabe algo sobre a carta de suicídio da Eiko-san?

-Carta de suicídio?! A Eiko-chan deixou uma carta? Por que é que ela se matou?

-Não encontramos a carta ainda.

-Nunca entendi o que levou aquela menina a se matar.

-Eu não sabia que a Eiko-san tinha tomado conta da Akito-san quando criança.

-A Yoko fez isso para me atingir. Ela sabia que eu gostava muito da Eiko-chan. Foi por isso que a chamou para ser bába do Akito, e também a fez se casar com o idiota do sobrinho dela.

#Gostaria de entender a razão do ódio dessas duas.#

By DonaKyon

Um comentário:

Unknown disse...

Ren tambem tinha simpatia com a mãe de Kyo...

nossa o trama ta cada vez mais envolvente