16/12/2009
175
Ao escutar aquela informação, o médico desesperadamente desamarra o laço do avental e o joga sob a cabeça da órfã e dá um enorme passo para trás se afastando o máximo que podia da pia.
-Ah, estão aqui!
Shigure para na porta e percebe que o primo estava em atitude suspeita, o escritor lhe olha com a sobrancelha um pouco arqueada e de desconfiança, tinha certeza de que o médico estava fazendo algo até a poucos instantes, porque ainda estava com a respiração ofegante. Ele olha para as duas garotas paradas na frente da pia, a Akito com o pano e a louça em suas mãos e a Tohru que estava tirando um avental de cima da sua cabeça.
-AKKY!! Venha! Venha! Deixa que essa jovem vassala faça essas tarefas pequenas. Você precisa se livrar imediatamente desses trapos que está vestindo. Infelizmente, não havia nenhum motorista disponível para ir até o meu magnífico atelier para buscar e lhe trazer as minhas exclusivas e maravilhosa coleção. Todos os motoristas estavam ocupados com os membros do nosso clã por causa da reunião. Onde já se viu? São um bando de folgados! Deveriam ter ido a pé. Eles não sabem que andar faz bem? Mas agora o seu salvador está aqui. Vou lhe vestir divinamente. Tenho um vestido mais lindo do que o outro. Tem que ver um branco quase transparente que lhe fiz para que use no verão. Ah! E aquele preto então! Ficará muito sensual em você! Sem falar do...
Todos na cozinha agora escutavam a voz do possuído pela serpente que ia ficando cada vez mais distante. Ayame nem tinha dado à Akito a oportunidade dela os cumprimentar. Ele simplesmente entrou na cozinha, tirou as coisas que ela tinha nas mãos praticamente jogando em cima da Tohru, depois segurou em sua mão e a levou para o quarto, enquanto que puxava a enorme mala com a outra mão.
-Muitíssimo boa tarde, Shigure-san.
-Boa tarde, Tohru-kun. E me conte o que é que o Haa-san estava aprontando.
-Nada! O Hatori-san só est..
-SHIGUre! O que o Kazuma-san te falou? Não achou muito estranha a atitude da Yoko-san? Vamos lá para a biblioteca.
O escritor olha para a menina sorrindo e lhe fazendo um sinal para que ela lhe conta-se depois.
-Ahahaha... Só estou te seguindo porque isso é importante.
Shigure fecha a porta da biblioteca e se senta em sua cadeira de trabalho enquanto que o médico se senta no pequeno sofá de dois lugares ao lado da janela.
-Então achou suspeita a atitude da Yoko-san?
-Claro! A velha nunca desobedeceu a uma ordem dada pela Akito.
-Mas o que ela ganharia com isso?
-Isso ainda não sabemos, mas certamente deve ter uma forte razão.
-Espero que sim. Não quero levar a Akito para a sede sem antes descobrir isso.
-Ela se lembrou de alguma coisa?
-Sim. E foi de algo relacionado à Eiko-san.
-O que ela lembrou?
-Parece que foi de uma brincadeira que elas faziam.
-De ficar rodando com os pássaros?
-Eu não sei ao certo.
-Adorava ver o rostinho de felicidade da Akito quando ela ficava brincando disso com a Eiko-san. É uma pena que com o tempo a gente vá se esquecendo dessas pequenas coisas.
Hatori não consegue evitar que uma pitada de ciúmes doa em seu coração, ao perceber que o Shigure sempre esteve muito mais ao lado da Akito do que ele, e que talvez a conhece-se muito mais do que ele.
-Do que mais elas brincavam?
-De poucas coisas. A Yoko-san sempre estava por perto cuidando para que a Akito fosse sempre tratada como um homem.
-Cadê aqueles dois? Eles tinham que estar aqui para contemplarem a minha maravilhosa e sublime criação.
by DonaKyon
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
hahahahahhaha
hatori escondendo seu trabalho na cozinha, tambem não é de menos ter um Shigure e um Ayame no pé pode ser... problematico hehehehehehe
Postar um comentário